Capítulo 5

...Alejandro Barletta ...

O tempo parecia não passar quando finalmente chegamos  na empresa, aparentemente está tudo normal, até chegar no andar da presidência, nós entramos direto no elevador reservado que vai direto para a sala principal, e estava tudo revirado, eu olho a bolsa da Amara e o celular estão em cima da mesa, junto com alguns pastas e papéis. O andar tem três sala, um hall de entrada grande e banheiros e uma cozinha completa, a porta da cozinha está aberta, nós aproximamos em passos rápidos, eu vejo um homem caído no chão e quando me aproximo a porta eu escuto o barulho do disparo, que saiu um pouco antes de eu chegar na porta me dando tempo de desviar. 

Depois do susto ela corre para os meus braços e seu corpo inteiro começa a tremer, eu a beijo, seus lábios estão trêmulos, eu levo ela até a sala principal, para que ela possa se sentar e o Elliot entrega um copo de água para minha Rainha que aos poucos vai se acalmando, depois do acontecido, os seguranças leva o homem que ainda está vivo, para que possamos interrogá-lo. E eu levo minha Rainha e meus amigos para casa, ela nunca me decepciona, ela lutou contra dois caras do dobro do tamanho dela, matou um e ainda deixou o outro desacordado, ela é mesmo uma guerreira. 

Já em casa eu deixo ela se recompor, conversando com as amigas, enquanto vou ver meus filhos, que estão no jardim junto com a Lisa e Dimitri filhos do Albert e a babá  cuidando de todos eles, eu volto para sala e depois de uma conversa amigável, nós vamos ver o conteúdo do pen-drive. Em meio a isso tudo, eu me sinto mais seguro sabendo que a Amara aprendeu a se defender, mas eu preciso descobrir de uma vez quem está por trás disso tudo. Depois de horas olhando todo o conteúdo do pen-drive, -Essa foi toda a informação que estava no computador do Czar Rurik. - Elliot fala. 

-Aqui tem a data e hora de todos os carregamentos dessa semana, e tem quatro marcados com um X os dois primeiros já foram interceptados, por isso não achávamos nossa carga, ela está na Rússia. E que mer'da os Russell estão trabalhando com o Bratva, eles são loucos, isso tudo para destruir nossas empresas. - Eu falo indignado. 

-O Bratva realmente existe? Eu achava que fosse só na série. - A Amara fala. 

-Sim amor, existe e eles são 100x piores  que na série. - Eu falo com um pequeno sorriso, me lembrando que assistimos quando ela estava para ter o Theo.

-Como você conseguiu esse tiro, Elliot. - Meu tio, que até agora estava quieto, pergunta.

-Então Titio… - Ele faz uma breve pausa. - Digamos que eu tive que brigar, para ganhar tempo para o Eric passar esses documentos. -Ele leva o braço bom até os cabelos. - Com o cão de guarda do Orlov. - Ele fala essa última parte sussurrando. 

-Cazzo - Meu tio xinga. - Per Dio, Elliot.

-Não foi nada sério, e eu aceitei levar um tiro como pedido de desculpas. - Elliot fala.

-Tio, esse é o menor dos nossos problemas Agora, eles têm acesso às nossas informações através dos Russell, mas como os Russell tem acesso a nossas informações? Quem daqui está informando eles? - Eu falo e todos me olham.

-Eu sei quem pode ajudar. -Amara fala calmamente. Nós olhamos para ela, esperando ela falar. 

-Quem Amor? - Eu pergunto nervoso. 

-David Burcker. - Ela fala e eu arqueio a sobrancelha. - O menino da informática que trabalha com o Lucas. Ele invade os documentos do FBI, claro que ele pode nos ajudar a rastrear nosso culpado. Essa informação sai daqui de alguma forma, mas ninguém se arriscaria a ser visto com os Russell, como não foram visto, então provavelmente essa informação sai, pelo computador ou pelo celular e isso ele consegue rastrear.  - Ela fala tomando um gole do vinho que ela havia se servido. 

-Albert… - Eu falo e sou interrompido.

-Já estou mandando mensagem para ele. - Ele fala.

Depois da conversa, as mulheres saem  e ficamos, eu, Giovanni, Albert e Elliot na sala.

-Porque você está tão calado Tio? - Eu pergunto. E ele aponta para a tela do computador. 

-Não quis mostrar isso na frente delas, principalmente da Elleanor que foi quem mais sofreu nas mãos do Josh.

Uma pasta com mais de 700 vídeos, do Josh sendo torturado diariamente durante esses dois anos. E os últimos datam os dias atuais, ou seja ele ainda está vivo. 

Em todos os vídeos eles perguntam as mesmas coisas. Sobre nossos pontos fracos, sobre como nos pegar de surpresa, e principalmente, sobre a Amara e o Zac. 

-Eu não tive coragem de ver nenhum completo, nós torturamos pessoas, mas esses caras são desumanos. -Giovanni fala. - Nós temos que trazer ele de volta, antes que ele fale algo realmente importante para eles. Eu não sei como ele aguentou todo esse tempo.- Ele dá um gole e toma toda a sua bebida de uma vez.

- A real pergunta  é. Porque ele foi torturado por dois anos, diariamente e nunca disse nada? Ele nos odeia, ele tentou matar você, porque ele está do nosso lado? Não faz sentido. - o Albert fala.

-Eu não sei, mas uma coisa o seu Tio tem razão Alejandro. Por mais que todos nós queremos ele morto, temos que resgatar ele, antes que ele fale algo realmente importante. - Elliot fala. 

Eu pego outra dose de whisky.  

-Antes de qualquer coisa eu vou analisar esses vídeos. Algo não se encaixa. - Eu falo e tomo o líquido em apenas um gole, que desce quente em minha garganta. 

-Tudo bem chefe. - Tio Giovanni fala e sai da sala. - O que ele quer que eu faça entre numa missão suicida para resgatar o netinho dele. Tem algo muito errado nessa história. - Eu falo olhando para o Albert. 

-Então, vamos começar o trabalho, isso vai render uns bons dias sem dormir. - Albert fala.

-Elliot, chame minha esposa e companhia aqui por favor. - Eu falo e ele sai.

-O que você vai fazer? - Albert pergunta.

-Não posso cuidar de tudo ao mesmo tempo, e temos que agir rápido com os Russell, antes que eles tentem algo contra minha mulher de novo. - Eu falo.

-E quanto ao Josh? - Albert pergunta.

-O que eu mais quero é esse cara morto, você sabe disso. Mas se ele realmente estiver com a Bratva, vamos ter que resgatá-lo, o Orlov vem sendo um pé no saco desde de que assumiu o controle. Se ele descobre algo que não deve, seriam todas as nossas famílias e pessoas que amamos em risco. - eu falo.

-Ele não seria louco de invadir a Roma, e tentar entrar aqui a força. Mas você tem razão. - Ele fala e a porta é aberta. Elas entram.

-Diga Chefe. - Minha esposa diz, me encarando, ela passa a língua pelos lábios,  de forma provocadora, que eu levo um tempo até raciocinar o que eu falar. 

-Você está responsável pelo caso dos Russell, vocês três podem solucionar isso sozinhas, mas se precisarem de uma equipe, bom minha esposa sabe bem o processo. - Eu falo.

-Tem certeza disso? Hoje mais cedo, você não parecia confiar tanto em mim, agora me dá uma missão importante como essa.

-Está contestando minhas ordens, Sra. Barletta? Acho que você provou ser capacitada para missão. Considere como a sua primeira missão de Iniciação. - Eu falo e ela se aproxima de mim, se não tivesse ninguém nessa sala eu a jogaria nessa mesa e a faria gritar meu nome entre gem'idos.

-As suas ordens chefe. - Ela fala e me dá um beijo casto. - O jantar está servido, estou aguardando vocês na mesa. E isso foi uma ordem, Sr. Barletta. 

Nós levantamos todos jantamos e tivemos uma conversa agradável, já era bem tarde quando o Elliot foi levar Bea e a Giulia. E o Albert foi levar a Elle.  Nós combinamos de começar a analisar os vídeos amanhã. Eu e a Amara colocamos nossos filhos para dormir, como fazemos diariamente. E eu fui até o quarto do Zac para checar como ele estava, ele estava lendo um Gibi da Marvel, ele adora, tem a coleção completa de todos os super-heróis.

-Está na hora de dormir filho. - Eu falo chamando a atenção dele para mim.

-Estou indo papai, estou nas últimas páginas. - Ele fala empolgado. 

-Você pode terminar de ler amanhã filho. - Eu falo me aproximando da cama.

-Tudo bem. - Ele fecha o Gibi e coloca na cabeceira, eu dou um beijo na testa dele e arrumei a coberta. - Eu te amo papai, obrigado por cuidar de mim, dos meus irmãos e da mamãe.   

-Eu também te amo meu filho. E um dia vai ser você cuidando da gente.- Eu falo e desligo a luz do abajur e saio do quarto. 

Vou para o meu quarto, e vejo que a minha Rainha está no banho, ela está com  os olhos fechados, as mãos encostada na parede, deixando a água cair pelo seu corpo maravilhoso, que ficou ainda mais gostoso depois de ter nossos bebês. 

-Está tudo bem? - Eu pergunto e ela concorda com a cabeça. 

Eu tiro minhas roupas colocando no cesto, abro o box e passo meus braços pelo seu corpo, ela se vira para mim, e me abraça pousando a cabeça em meu peito.

-Eu achei que esse dia não fosse acabar. - Ela fala calma.

-Ele ainda não acabou. - Eu falo e beijo seus lábios com cumplicidade. 

-Eu não me sinto culpada pelo o que eu fiz, e estou horrível com isso. - Ela fala quando paramos o beijo.

-Você não se sente culpada, por que você não tem culpa amor. - Eu falo acariciando seus cabelos. - Você mostrou ser uma mulher muito forte hoje, me deixou muito orgulhoso, você é a minha Rainha, e é digna para esse cargo, você sempre foi, eu que estava inseguro demais para admitir. - Eu falo e ela me encara.

-Eu te amo. - Ela fala. 

-Eu também te amo. - Eu falo.

Eu inicio um beijo necessitado, ela é minha força, eu necessito dela mais e mais a cada dia. O beijo se intensifica, e logo estamos jogados na cama, molhados e fazendo amor.

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Depois da tempestade vem uma boa dose de amor. (Eu iria escrever uma palavra mais suja, mas o horário não permite.)

Beijos pessoal.

Bratva: Máfia Russa. (No meu livro eu tirei referência na série Arrow se existe ou não, eu não sei.)

Cazzo: Por'ra

Per dio: Por Deus 

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