Capítulo 12

...Amara Barletta ...

Estamos no galpão, esperando a Elle e o Albert, Alejandro resolveu que ele ia conduzir o "interrogatório" eu concordei já que minha missão era apenas trazer o Anthony. 

Assim que a Elle e o Albert chegam, nós sete entramos no galpão, o Anthony está suspenso por correntes amarradas em seus pulsos, ele está apenas com uma bermuda e todo molhado.

Meu marido pega a mangueira e joga um jato de água na cara do Anthony. Que acorda tossindo. Ele nos olha e dá um sorriso cínico. 

-Finalmente chegou a cavalaria, já estava me sentindo menosprezado sendo torturado por soldados. - Anthony fala.

Alejandro puxa a cadeira e se senta de frente para Anthony. 

-Quanto antes você falar o que sabe, mas rápido eu te mato e acabamos com isso logo, imagino que essa posição não está nada confortável para você, olha como seus pulsos estão marcados. - Meu marido fala. 

-Eu só saio daqui morto, e se eu sair vivo eu serei morto, então porque eu falaria alguma coisa? - Anthony fala sorrindo.

-Oh sim… - Alejandro faz uma falsa surpresa. - Você realmente é um homem morto. - Ele se levanta e pega um conjunto com 5 adagas douradas, e se aproxima do Anthony. - A questão meu caro Anthony, é se você vai querer isso do jeito rápido ou do jeito lento e doloroso. - Ele encrava a adaga abaixo da escápula direita do Anthony e grita de dor. 

Nos treinamentos aprendemos a anatomia do corpo humano, lugares que causam mais dor quando atingidos por tiros ou com armas brancas, onde sangram mais e os lugares letais. Onde o Alejandro acertou causa muita dor e pouco sangue e não é letal, é uma tortura leve, porém é um incômodo bastante dolorido.

-Eu não tenho nada para falar. - Anthony fala. 

-Quem te dava informações de dentro da minha casa e da empresa? - Meu marido pergunta e encrava outra adaga abaixo da escápula esquerda. Anthony grita novamente.

-Desgraçado… - Anthony fala.

-Você parece uma moça xingando Anthony, responda minha pergunta. - Meu marido fala enchendo um copo de whisky e se sentando novamente na cadeira. 

O Anthony grita, mas não se mexe, todo e qualquer movimento que ele faz deve doer muito, por causa das adagas.

-Eu sei que você não é importante para eles, e você também. Você foi apenas um peão, que eles entregaram você, para mim de bandeja. Então você não deve saber nada útil ou nada que eu já não saiba. - Alejandro fala e dá uma golada no whisky. - Mas a minha ex-secretária passava as informações da minha empresa diretamente para você, mas quem passou as informações se dentro da minha casa? - Ele pergunta bebendo o resto do whisky. 

-Eu recebia as informações do contato. - Anthony fala e meu marido balança a cabeça se levantando da cadeira novamente pegando outra adaga, ele dá a volta e  coloca a mesma abaixo das costelas dele no lado direito, Anthony grita novamente e segura firme nas correntes com lágrimas nos olhos. 

-O contato já foi interrogado, e não é  ele quem trazia informações a você e sim você quem entregava a Ele. - meu marido fala calmo. 

Mas ele estava comigo todo esse tempo, como ele interrogou outra pessoa, eu dormi, por poucas horas e acordei com ele ao meu lado. Eu nem sabia que ele tinha pego o outro cara.

-Eu não posso falar, me mata logo, acaba com essa dor. - Anthony fala chorando. 

-Você só precisa dizer um nome, Anthony, e a dor acaba. - Alejandro fala enfiando a outra adaga embaixo das costelas do Anthony porém do lado esquerdo dessa vez eu nem vi quando ele a pegou, eu só vi o rugido de dor do Anthony. - Se está doendo agora Anthony, você não sabe o que está por vir. - Meu marido fala com um sorriso maléfico e um brilho diferente no olhar, eu nunca tinha visto ele dessa maneira. Eu não devia ficar excitada com isso, mas estou, eu gosto de jogar com o perigo, ainda mais quando ele é  o meu marido. 

Eu sou tirada dos meus pensamentos pelos gritos do Anthony, o Alejandro enfiou mais a primeira adaga que colocou no Anthony e está mexendo nela. 

-Chega!... Por favor… chega!... Eu não sei… de nada. - Anthony fala com dificuldade e chorando. 

-Sabe Anthony, para um playboyzinho até que você aguentou bastante dor. - Alejandro fala, amarrando as quatro adagas em um mesmo fio.

No momento que ele puxar o Anthony vai sangrar até morrer,  e vai ser bem dolorido quando as quatro adagas saírem de uma vez. 

-Eu vou contar até cinco e puxar… um… - Anthony grita de dor quando o Alejandro enfia a primeira adaga mais para dentro em seu corpo. - Dois. - Ele faz o mesmo com a segunda.

-Prostíbulo… - Anthony sussurra. - As informações… vêm do prostíbulo. 

-Três. - Alejandro enfia a terceira adaga mais fundo. - NOMES…Quatro…  - Alejandro enfia mais a quarta adaga e depois dá um murro no meio das costas do Anthony, e segura a corda da adaga e isso faz com que todas as adagas saiam um pouco do corpo do Anthony, ele não vai aguentar muito mais tempo.

O Anthony grita muito, e chora.

-Soraya… Soraya … - Anthony sussurra  e o Alejandro dá um tiro na cabeça dele.

Meu marido sai como um tiro do galpão,  vai até a outra sala e tira a camisa que estava suja de sangue e joga no chão, ele soca o armário, a parede, ele está com raiva, eu me aproximo e o abraço por trás. Eu acaricio o corpo dele para que ele se acalme.

Ele não fala nada, e nem eu. Apenas ficamos assim e eu sinto a respiração dele normalizar. Ela vai em direção a garagem todos estão lá.

-Vamos para o meu escritório nós precisamos conversar. - Ele diz e vai em direção ao escritório, em nenhum momento ele olhou  no meu rosto.

Logo todos seguimos o mesmo caminho. Eu espero que todos saiam e por último eu vou andando calma e observando eles, a Bea está tensa, com o corpo rígido, e um olhar temeroso. A Elle está um pouco afastada do Albert e tensa. Por mais que o interrogatório  tenha sido tenso, parece que as preocupações aqui são outras.

O Alejandro subiu no elevador sozinho, o resto do pessoal, estava no elevador me esperando.

-Vou de escadas. - Eu falo, e o Tatsuo sai da porta e o mesmo se fecha.

Quando eu chego no escritório,  estão todos sentados, eu fico em pé encostada na porta. O meu marido me olha, por alguns segundos, e depois encara o teto.

-Eu tenho algo para contar a vocês. - Ele fala. E todos olham para ele.

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