Capítulo 13

...Alejandro Barletta ...

Cazzo!

Depois do que o Anthony disse eu só consigo pensar na mer'da do nome que ele disse, eu espero estar muito errado, ou esse problema vai ser bem maior que eu imagino.

Eu vou até um pequeno cômodo que tem no galpão, eu tiro minha camisa que está cheia de sangue, eu estou com ódio e com raiva, eu soco o armário, a parede, eu preciso quebrar algo, eu preciso extravasar essa raiva, então eu sinto os braços pequenos da minha Amara me envolvendo, e aos poucos eu vou me acalmando, está na hora de colocar as cartas na mesa, então eu me afasto dela, sem sequer olhar para ela, eu não demonstrar fraqueza agora, assim como não quero discutir com ela agora.

Eu vou até a garagem onde o pessoal está e chamo todos para ir ao escritório,  eu vou para o elevador sem esperar por ninguém,  assim que eu entro eu ligo para o Tio Giovanni que venha para minha casa agora, que eu estaria esperando no escritório. 

Eu entro no meu escritório e encho um copo com whisky, eu resolvo que eu vou falar a verdade sobre o Josh, já que a Soraya está envolvida nisso.

Um pouco depois estão todos no escritório me olhando e esperando que eu fale algo, eu completo mais um copo com a bebida que me acalma. E alguns minutos depois escutamos uma batida na porta. 

-O que aconteceu Alejandro? - Tio Giovanni pergunta exasperado. 

-Senta tio. - Eu falo calmo por fora e com um turbilhão de pensamentos e sentimentos por dentro. - O nome Soraya te lembra alguma coisa? - Eu pergunto e nesse momento meu tio fica pálido. 

-Ela está morta a muito tempo Alejandro, não tem porque revirar o passado. - Ele fica em silêncio. - porque isso agora? - Ele pergunta receoso.

-Tem certeza que ela está morta, tio? - Eu falo me aproximando dele. - Porque os mortos não levam informações  de dentro da minha casa para os russos. - Eu falo sarcástico.

-Como? - Ele pergunta surpreso. 

-Deixa eu esclarecer a todos. - Eu falo e olho para o pessoal. - O Josh está vivo, mas ele não só está vivo,  como está trabalhando com os russos e achando que pode nos ameaçar. Ele mandou uma mensagem criptografada em vários vídeos dele sendo falsamente torturado, dizendo para que eu entregasse o pequeno Dimitri… - Elle me interrompe. 

-Dimi é meu filho Alejandro. Eu não irei entregar ele a ninguém. - Elle fala. 

-Não Elleanor, ele é seu sobrinho, ele é filho do meu neto e da sua falecida irmã. - Meu tio fala.

Eu vejo que o Albert fecha o punho para bater no tio Giovanni, então me aproximo rápido dele e seguro seu braço. 

-O Dimi é filho da Elle sim, porque você o defende tio? - Eu falo em um tom mais alto do que deveria. - Giovanni qual o seu problema com falar  a verdade? Cazzo, Soraya é a mãe do Josh, foi pela suposta morte dela que o seu filho se matou, eu só quero que você diga algo que faça sentido, porque eu não quero novamente descobrir que você é  um mer'da. - Eu falo visivelmente alterado.

-Isso é um assunto de família. - Giovanni fala sério.

-Isso deixou de ser um assunto de família,  quando o Josh atirou na minha esposa, quando ele tentou me matar, quando ele maltratou e estru'pou a Elle por anos. E aqui estamos em família. Essa é minha família agora. - Eu falo sério. 

Tio Giovanni se levanta vai até o pequeno bar, se serve de whisky, depois ele se senta na minha cadeira. 

-Sentem-se todos por favor. - ele pede e nós fazemos.

Ele respira fundo, da um grande gole na bebida, ele olha para Amara, e depois para Bea, não sei por qual motivo, mas espero estar próximo de descobrir. É  horrível não poder confiar nele. Ele é um Don, ele devia ser leal a Famiglia e a nós, mas ele prefere sempre ficar do lado do Josh.

-Quanto a Soraya é filha do antigo Capo do México, eles na época eram donos do maior cartel de drogas na América Latina, ela foi obrigada a se casar com meu filho... ele estava no México em missão e eles passaram a noite juntos, as regras são claras, ou ele se casava com ela, ou ele seria morto, as regras não mudariam por ele ser meu filho, o conselho sempre foi rígido e na época eu não tinha tanta influência, quanto eu tenho agora. Mas infelizmente, por azar do destino, meu filho se apaixonou por ela. -Ele faz uma pausa e dá outro gole no whisky. - Eles se casaram e ela veio morar na minha casa. Ela não era apaixonada pelo meu filho, mas fazia bem o seu papel de esposa, mas eu sempre percebi que ela me olhava de uma maneira diferente, que me deixava constrangido de ficar sozinho com ela no mesmo ambiente, até que um dia depois de uma festa, ela veio até o meu quarto e nós fizemos aquilo. - Ele fala com a cabeça baixa. 

-Dio - Minha esposa fala. - Como você pode, trair seu próprio filho. ainda mais sabendo que ele era apaixonado por ela.

-Eu estava bêbado Amara. Mas ela estava bem consciente, pois já na manhã seguinte ela começou a me ameaçar, se eu não fizesse os gostos dela ela iria contar tudo ao meu filho. Eu fiquei na mão dela por meses, até que eu descobri alguns casos dela com soldados e resolvi internar ela no hospício como louca, eu me livraria da chantagem e meu filho da vergonha de ser corpo, até então eu não sabia que ela estava grávida.  Mas mesmo com ela "louca" meu filho a visitava com frequência, ele tinha muito amor por ela e quando ela descobriu que estava grávida, ela disse a ele que o filho era meu. - Ele faz outra pausa e ele tem lágrimas nos olhos. - Meu filho chegou em casa transtornado e me confrontou, nós brigamos, eu o ofendi e ele me ofendeu, mas me arrependo de cada palavra que eu disse a ele, se eu pudesse eu faria as coisas diferentes... Depois da briga ele quis sair de casa, e tirar ela da clínica, mas eu não permiti ela estava usando meu filho e meu neto, então depois de muita briga e discussão eu o prendi em seu próprio quarto, para que ele se acalmasse e também para que ele não a soltasse, como estava prometendo fazer. No dia seguinte quando eu fui falar com ele… Ele havia se enforcado com o lençol e deixou uma carta falando que não sabia viver sem a maldita Soraya. Eu fiquei com ódio da vagabun'da então eu esperei ela ter a criança, e mandei o médico dar uma injeção letal nela, e coloquei a criança no orfanato. 

-Era seu neto ou seu filho como você teve coragem Giovanni. De abandonar uma criança.  - Tatsuo fala. 

-Ele poderia ser filho de qualquer soldado que ela dormiu, eu só confirmei que ele era meu neto, dois anos depois e mesmo ele sendo um Barletta ele é  louco igual a mãe dele, olha todo o mal que ele nos causou. Mas eu não consigo desistir dele, ele é a única coisa do meu filho me restou, um pouco tarde para se arrepender, mas na época eu o abandonei por raiva, e quando me arrependi alguns anos depois, eu estava com vergonha da Famiglia descobrir, então eu pedi ao Benjamin que o adotasse e cuidasse dele. - Ele fala

-Ele não se considera seu neto, e na primeira oportunidade ele vai dar um tiro no seu peito e rir da sua morte. - Eu falo sério.

-Giovanni, eu preciso saber em qual clínica ela ficou internada, talvez eu consiga algo invadindo o sistema da clínica. - Tatsuo fala.

-Faça isso, Elliot procure pelos prostíbulo da Famiglia pela Soraya, tem fotos dela na casa do Tio Giovanni, o Tatsuo pode envelhecer a foto para que você tenha ideia de como ela deve estar atualmente.  - Eu falo.

-Eu duvido que ela esteja se escondendo aqui, ela estaria aonde nós queremos, e bem debaixo do meu nariz. - Tio Giovanni fala. 

-Aí que você se engana, dentro dos limites da Famiglia seria o último lugar em que você a procuraria. Então seria o mais seguro, as vezes o inimigo está mais perto do que imaginamos. - Amara fala e só então eu percebo que ela está mais quieta que o normal e mais séria que de costume. 

Eu olho para ela e ela desvia o olhar cazzo, ela está muito brava.

\=\=\=\=\=

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***