Ficar com a Nanda foi incrível,foi a realização de um grande desejo.
A Carol chegou umas duas horas depois de mim em casa e veio com uma desculpa muito suspeita de que o Vitor não conhecia o caminho de volta e o GPS os jogou num caminho totalmente diferente.
Naquela noite eu não consegui pregar o olho de tão feliz que eu me encontrava. Porém uma coisa perturbava meu cérebro,eu não achava que era o momento exato para assumir um relacionamento.
Na minha idade o que é moda e descolado é pegar e não se apegar,e até então esse era meu lema.
Passei o dia todo pensando naquela questão,pedir a Nanda em namoro e acabar com essa bagunça no meu peito,mas ser careta ou continuar minha vida normalmente como se nada tivesse acontecido e ser o popular,o descolado.
Três dias se passaram e eu não saí de casa e muito menos liguei para Nanda.
Diversas vezes,nesses dias, minhas mãos coçaram pra ligar ou mandar uma mensagem,mas era hora de agir com a cabeça e não com o coração.
Agir com o coração é para os fracos ou então para as mulheres,homens inteligentes agem com a cabeça e não se ferra com essa história de sentimento.
Fui para o Colégio e meus fantasmas internos me assombravam.
Cheguei na escola e avistei Nanda na porta da sala em que ela estuda. Não era a hora certa de falar com ela,eu precisava de um tempo pra mim,minha cabeça precisava voltar ao eixo.
Passei as aulas que antecede o intervalo sem prestar nada de atenção,depois eu teria que procurar sobre as matérias no Google e assistir umas explicações no YouTube.
No intervalo foi inevitável evitar Nanda,ele me pôs contra a parede e a única saída que avistei naquele momento foi dizer que tinha sido um erro e que eu estava namorando.
Vi a mágoa em seus olhos,mas o que eu podia fazer? Não estava preparado para receber tantos olhares e comentários de críticas. Queria curtir meu último ano antes da faculdade.
Segui meu dia e no fim das aulas a minha irmã e a Bárbara,amiga dela e da Nanda,vieram conversar comigo e eu afirmei o mesmo que falei pra Nanda para as duas.
Elas ficaram revoltadas e a Carol até pegou o livro que estava em suas mãos e bateu em mim.
Fomos pra casa e ela não falou comigo o caminho todo.
Ao chegar em casa ela se trancou no quarto e só apareceu horas depois toda arrumada. Passou por mim como se eu nem estivesse ali.
Perguntei:
"Você vai sair Carolzinha?"
"Não. Imagina? Me arrumei toda pra ir nadar na piscina do quintal."
"Ignorante."
Ela saiu e eu não perdi tempo e a segui.
Ela entrou em um táxi e eu peguei minha moto que estava parada perto da minha casa e a segui.
Ela foi direto para a casa da Nanda e o táxi seguiu seu caminho.
Fiquei observando a saída da casa.
Depois de dez minutos a minha irmã sai acompanhada do irmão da Nanda e entram no carro dele.
Eu os sigo. Eles vão até uma sorveteria e eu entro atrás,os dois conversam e riem animadamente. Dá pra ver a quilômetros de distância o clima que está entre eles.
Quando eles começam a se beijar,eu vou até lá e surpreendo os dois.
Brigo com a minha irmã e com o Vitor e saio puxando a Carol pela mão.
Ela chora e fica brava comigo dizendo que eu a fiz passar vergonha,como se a vergonha não fosse o que estava acontecendo lá dentro.
Eu não quero minha irmã com o nome na boca de todo mundo do bairro.
Chego em casa e ela fez o mesmo que costuma fazer,sobe para o quarto e se tranca.
Uma meia hora depois a campainha toca,vou atender e encontro Bárbara na porta ela nem olha pra mim direito e sobe para o quarto da Carol.
Se passa uma,duas,três horas e as meninas continuam no quarto. Fico pensando o que será que elas conversam mas é inútil tentar ouvir.
Quando a Bárbara sai,a Nanda também sai com uma bolsa de roupa.
"Onde você pensa que vai Carol?"
"Não te interessa. Você não manda em mim."
"Vou ligar para o nossos pais e falar o que você tá fazendo e vou dizer que você estava no maior amasso com um cara,e pior,em público."
"Quer saber Carlos? Vai cuidar da sua vida."
As duas saem e eu ligo para meu pai:
"Alô Carlos,tudo bem?"
"Não pai. A Carol saiu e não quis me dizer pra onde estava indo. E mais cedo ela estava no maior amasso com um cara na sorveteria. Na sorveteria pai."
"Calma Carlos,ela só vai dormir na casa da Bárbara hoje."
"Duvido. Ela vai é se encontrar com aquele vira lata."
"Vai procurar uma namorada pra você e deixa sua irmã ser feliz."
"Quer saber pai,ela só faz isso porque o senhor a apoia demais."
"Me respeita moleque."
Eu desligo o celular e vou para meu quarto. Peço umas bebidas e tomo um banho,enquanto não chega.
Saio do banheiro e ouço a campainha.
Vou até lá recebo a mercadoria e faço o pagamento.
Começo a beber uma atrás da outra,meu dia estava péssimo.
Minha irmã e a garota dona do meu coração me odeiam.
Minha vida não tem sentido sou apenas um ser que vaga por aí.
Não sou um cara que chora mas com a bebida na cabeça eu chorei como uma criança de colo.
No fim da noite eu estava agarrado com uma boneca antiga da Carol,a beijando,a abraçando e a chamando de Nanda. Aquela garota realmente mexeu com a minha cabeça.
Acordo no outro dia,com a cozinheira me chamando. Sua voz que sempre foi doce e suave,parecia que era bem alta e insuportável. Igual a voz da Ana Beatriz que apesar de ser muito g*stosa tem uma voz horrível.
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Atualizado até capítulo 48
Comments
Andreia Oliver
ta apaixonado e não quer admitir
2022-11-22
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