Capítulo 18-Nanda

Desliguei o telefonema com Carol e senti um mal-estar horrível.

Corri para o banheiro do meu quarto e comecei a vomitar tudo que se encontrava em meu estômago.

Sinto alguém segurar meu cabelo,mas no momento não consigo identificar a pessoa.

Ao terminar de pôr tudo para fora percebo que é Vitor,meu irmão.

Escovo meus dentes e saio daquele banheiro. Deito em minha cama e digo:

"Não estou me sentindo nada bem,acho que terei que adiar minha viagem para o fim de semana."

"Me empresta seu celular que farei isso."

Começo a melhorar até que resolvo ir a cozinha pegar um copo com água e sinto um aroma da cozinheira afogando um tipo de comida.

Corro até o banheiro que tem no andar de baixo e começo a vomitar uma espécie de água amarga.

Vitor novamente está na porta quando eu termino.

"Você deveria ir ao médico Nandinha."

"Não precisa é só um mal estar que logo irá passar."

"Nanda eu sei que sou homem,mas serei obrigado a te fazer uma pergunta."

"Desembucha logo."

"Eu sei que você se faz de santa e tem uma carinha de anjo que não é brincadeira,mas não é nem um pouco de nada disso. Você se protegeu nas suas aventuras?"

"O que você quer dizer com isso Vitor?"

"Você não está grávida?"

É como se caísse um balde de água fria em mim,não pode ser verdade. O último cara que estive foi Carlos e a gente usou camisinha,pera aí,ela estourou e eu esqueci de tomar a pílula do dia seguinte.

Me sento no degrau da escada e começo a chorar.

"Eu estou certo né?" Apenas balanço a cabeça em afirmação em resposta.

"Quem é o pai?" Mesmo estando desesperada consigo resmungar:

"Carlos."

Meu irmão fecha os punhos e faz uma expressão de raiva.

"Não chora Nanda eu vou ajudar você e prometo ser um bom tio."

Não consigo responder,ele vem até mim e me abraça. Depois me ajuda me guiando de volta para meu quarto.

Me deito em minha cama e ele se deita ao meu lado. Faz uma ligação que não faço ideia de quem se trata e assim que desliga me abraça e faz carinho em minha cabeça até que adormeço.

Acordo no dia seguinte com a Carol em cima da minha cama me balançando e me chamando.

Não entendo como ela veio parar aqui se em nenhum momento a disse que não teria viajado.

Porém tudo se encaixa quando meu irmão entra com uma sacolinha de farmácia e me entrega um teste de gravidez e sai.

"Vai lá faz e tira a sua dúvida e a nossa." Carol disse pra mim.

"Eu não sei o que fazer."

"É simples,faça xixi e não dê descarga. Vou ler direito e levo pra você."

Entrei no banheiro e urinei,me levantei,me vesti e chamei a Carol.

Ela trouxe o teste pôs dentro do vaso e disse:

"É só esperar."

Minutos depois voltamos ao banheiro e retiro o exame de dentro do vaso. Nele marca dois tracinhos,mostro a Carol e ela diz:

"Nanda!!! Eu vou ser titia!"

Ela sai apressada e grita:

"Vitor!!! Vem aqui!"

Meu irmão chega e ela repete aquela terrível notícia.

"Vitor nós vamos ser titios." Ela olha pra mim e continua:" Também quero ser a madrinha,não aceito não como resposta."

"Se é assim eu quero ser o padrinho."

Deitei em minha cama e comecei a chorar.

"O que foi amiga? Calma,tudo vai dar certo."

"Eu vou ter que cuidar dessa criança sozinha,meus pais vão me matar quando descobrir e o pai desse bebê só quer brincar com meus sentimentos. Se ele não tem maturidade nem pra assumir um relacionamento imagina pra cuidar de um ser tão frágil. Vai ser um bebezao cuidando de outro bebê. Minha vida está arruinada,nem faculdade vou poder fazer."

"Sobre seus pais não posso fazer muita coisa,mas sobre meu irmão ele vai assumir esse bebê por bem e por mal,nem que eu e minha querida mamãe tivermos que dá umas porradas nele e sobre sua faculdade prometo que iremos morar juntas e é só trincar o horário de aula de nós duas,enquanto uma está em casa cuidando do bebê a outra vai pra aula."

"Se as duas mulheres da minha vida vão morar juntas,eu também vou e irei ajudar na parte financeira já que já sou formado e comecei a trabalhar."

"Já te disse que vocês são nota dez."

"Eu sei disso." Carol disse toda orgulhosa.

Eles me abraçam e afirmam:

"Você nunca vai estar sozinha."

Me sinto mais aliviada.

"Agora é hora da nossa gravidinha comer."

Carol sai e volta com uma bela bandeja de café da manhã.

Começo a comer as frutas que estavam ali,depois tomo o iogurte e como um pedaço de bolo. 

"Boa menina comeu tudo. Agora se arruma que vamos sair para comprar umas coisas para meu sobrinho. Você vai conosco viu Vitor."

"Está bom. Se arrumem e desçam logo que não tenho o dia todo."

"Que isso Vitor? Não quer sair com a gente?"

"Eu até quero,mas tenho que voltar cedo. Mais tarde tenho umas coisinhas pra resolver."

"Está bem. Então você leva a gente e depois volta e nos busca."

"Sim. Mas antes de ir quero comprar um macacãozinho para meu sobrinho."

Vitor diz e sai deixando eu e Carol sozinhas.

Nós nos produzimos toda e descemos para ir ao shopping.

Chegamos no shopping e fomos a uma loja de roupinhas,vejo cada uma mais linda que a outra.

Fico indecisa de qual escolher até que meu irmão me entrega o macacão prometido escrito"xodó do titio". Carol por sua vez me entrega alguns sapatinhos de crochê e eu fico ali admirando.

"Esses foram nossos primeiros presentes. Agora será os presentes que meu irmão vai dar sobre livre e espontânea pressão."

Vitor paga o macacão e sai. Carol paga o sapatinho e volta para perto de mim.

Vitor leva os primeiros pertences consigo para não confundir.

Nanda começa a comprar um monte de coisas. Ela paga com um cartão de crédito e vamos para a próxima loja. Lá compramos berço,carrinho e banheira.

Depois pagamos e voltamos para casa de táxi.

Levamos as roupinhas e o restante a loja irá entregar no dia seguinte.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***