Capítulo 3-Carlos

Bom eu sou um bom garoto só não gosto que os caras abusados tiram proveito da minha irmã. Quando vejo que algum babaca se aproxima dela eu meto porrada mesmo. Os meus amigos já sabem que se bobiarem vou me esquecer totalmente da amizade e vou proteger minha irmã.

Muitas vezes não estou muito afim de sair,mas quando vejo minha irmã toda arrumada eu sempre vou junto..

Vocês devem se perguntar se eu não namoro,eu não sou muito de me relacionar mas às vezes tenho meus casos. A maioria das vezes que estou com alguma garota a minha irmã aproveita e fica com algum cara. O pior é que não sei o que a minha irmã pensa ela só arruma caras babacas e que estão afim só de uma noite. Por esse motivo prefiro ficar sozinho e espantar os gaviões que rodeiam ela.

Depois dos acontecimentos de sexta a noite ou sábado de madrugada,minha mãe anda super estranha. Geralmente ela dá uma dura na gente e nos faz prometer que vamos aprender a comportar como adultos.

Hoje é domingo e ela nos levantou de manhã e nos fez esperar em uma fila enorme que nem sei pra quê que serve. 

Enquanto estávamos na fila minha mãe explicou que íamos visitar um preso,eu não entendi nada pois nunca soube que eu tinha nenhum parente preso.

Depois de meia hora em uma fila vem um policial e me leva pra uma sala enquanto  policiais mulheres levam minha mãe e minha irmã para outra sala.

O policial me manda tirar a minha roupa fico bastante constrangido mas faço o que é ordenado.

Depois que me revistam eu sou liberado e fico do lado de fora esperando minha mãe e a minha irmã. Depois de alguns minutos elas saem.

Um outro policial nos direciona até uma sala até que entra um homem algemado. Eu não entendo nada até que minha mãe explica:

"Esse é Jonathan,um antigo amigo e cliente meu. Quero que vocês sentem e escutem a história dele."

"Bom Carol e Carlos vocês não me conhecem mas eu conheço vocês desde bebês. Eu era um cara jovem e tinha um futuro lindo pela frente. Eu entrei na faculdade junto com a Laura,mãe de vocês. Eu não queria nada com a vida somente curtição,bebidas,drogas e mulheres. Até que um dia foi a hora de pagar as consequências,fui em uma festa enchi a cara e fiquei com uma garota que eu nem conhecia. Horas mais tarde eu descobri que ela tinha um namorado e nós brigamos feio. Naquele dia meus amigos me tiraram de lá e saí dirigindo meu carro em alta velocidade. No caminho,atropelei um casal. O cara morreu na hora e a garota ficou presa em uma cadeira de rodas. 

Eu fugi da cena do crime e sumi do mapa por anos. Ninguém nunca soube do meu paradeiro. O que eu só descobri anos depois sobre aquele dia é que o cara era um dos meus melhores amigos e a garota era minha prima. Ninguém soube de mim até que um dia me meti em outra briga e o eu dei um empurrão em no cara que eu estava brigando ele ficou inconsciente e depois de algumas horas morreu. Eu até tentei fugir mas fui amarrado por outras pessoas que estavam ali presentes. Fui preso e estou pagando pelo meu crime. A vida aqui não é fácil,tem dias que durmo com fome porque os outros presos sismam que querem comer a minha comida. Tomo banho frio quase todo dia e tudo de bom que a minha família trás pra mim eles me tomam. Eu sou obrigado a concordar porque senão sou morto como muitos que já passaram por aqui. A minha prima que está deficiente por minha causa às vezes vem me ver,ela tem um coração enorme mas saber que ela está naquele estado por minha culpa é dolorido demais. Ela perdeu o amor da vida dela e agora tudo que restou foi ida e mais idas a hospitais. Depois de quase dez anos preso cumprindo minha pena eu vou sair mês que vem  e a única que está disposta a me receber é a minha prima deficiente. Agora sou um homem velho e vou ter que começar do zero. Vou ter que lidar com o preconceito e a falta de confiança da sociedade. Nesse tempo que passei aqui nunca recebi nem uma visita dos que se diziam meus amigos,eles só estavam do meu lado na hora da farra. Essa minha vida não me trouxe nada de bom além de tristeza e culpa."

"Fim da visita." O policial anuncia.

"Tchau Laura espero que tenha ajudado."

"Tchau Jonathan até semana que vem."

Nós saímos dali e minha mãe diz:

"Espero que tenham refletido sobre suas ações."

Minha mãe dirige até um bairro distante da nossa casa e busca uma mulher que deve ter uns trinta e cinco anos. Ela está em uma cadeira de rodas.

"Bom dia Clarice."

Com muita dificuldade nós a colocamos no carro e vamos até um restaurante. Nós a tiramos do carro e ela se senta em sua cadeira. A cadeira dela é motorizada só que na calçada encontramos lugares que é impossível ela subir com a cadeira e nós temos que ajudá-la.

Nós almoçamos e Clarice mostrou que é muito legal e nos contou que nunca se casou porque perdeu o amor da sua vida e a possibilidade de andar num acidente e que desde que está em uma cadeira os caras não a chamam pra sair. Geralmente eles preferem garotas sem nenhuma deficiência.

Ela diz que já perdeu as esperanças é que está feliz sozinha.

Minha mãe leva Clarice para casa e nós vamos para a nossa. Passo o caminho todo a pensar naquelas histórias e fico imaginando se uma das minhas primas,filhas do tio Felipe e da tia Natally estivesse em uma situação dessas por minha culpa. Eu não sei se algum dia eu me perdoaria. 

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Comments

Sonia Maria

Sonia Maria

Que triste espero realmente que a mãe deles consiga botar juízo nas cabeças ovos dos dois sempre e bom lembrar que vai e mãe não são pra vida toda 😢😢😢

2024-04-16

0

Iza B C

Iza B C

Excelente exemplos 🙂

2023-09-23

1

Soraia Arboleda

Soraia Arboleda

parabéns

2021-06-02

2

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