Bom eu não sei o que minha mãe quis nos mostrar nos levando na cadeia pra conversar com aquele homem ou no almoço com aquela mulher que aparentemente é sua prima deficiente.
Chegamos na nossa casa entramos e eu já vou logo para meu quarto. Me deito e durmo um pouco estamos em período de festas aqui na cidade e esta semana não teremos aula eu até planejava ir a umas baladas por aí com minhas amigas,dá a volta no meu irmão e pegar uns gatinhos. Só que o jeito que meus pais estão é melhor não provocar,vou tentar me fazer de santinha até eles se acalmarem.
A noite me levanto e vou jantar meus pais conversam felizes da vida na sala. Ao me ver eles param com o assunto e me olham por um bom tempo em silêncio e o sorriso e a alegria antes presentes desaparecem como fumaça no ar. Eu fico super pensativa será que enquanto eu dormia cresceu em mim mais uma cabeça? Ou será que estou suja? Ou eu morri e não estou sabendo?...
Dúvidas inundavam minha cabeça como se fosse um oceano. Chego até perto deles e pergunto:
"Está tudo bem?"
"Está." Meu pai respondeu. "Cadê seu irmão? Eu preciso conversar com vocês." Meu pai continuou falando comigo.
"Não sei. Desde que chegamos subi para meu quarto,tomei um banho e dormi. E desde então eu não o vi mais."
"Então vai chamá-lo. Iremos jantar e eu vou conversar com vocês."
Subi as escadas novamente e bati na porta do quarto do meu irmão. Ele mandou entrar.
"Carlos o papai e a mamãe está chamando pra jantar."
Ele levanta o olhar que até então estava em seu celular e me responde:
"Eu estou indo."
Retorno para a sala de jantar e falo para meus pais que Carlos já vai descer.
Ele desce e se senta. Todos comemos em silêncio e depois que todos terminam Carlos faz menção de se retirar mas meu pai diz:
"Ainda não Carlos. Preciso conversar com você e com a Carol."
Ele se senta novamente e meu pai continua.
"Hoje vocês deram um passeio com a mãe de vocês. Espero que estejam descansados que agora é a vez de saírem comigo. Estejam prontos em meia hora."
Subi para meu quarto e me arrumei e encontrei meu pai e Carlos na sala.
No caminho vimos um carro totalmente destruído e que tinha batido na traseira de uma carreta. Ouvi a ambulância com a sirene ligada e ganhando espaço de todos os carros que estavam na frente.
Meu pai continuou a dirigir com dificuldade por causa da movimentação que estava por causa do acidente.
Depois de um tempo chegamos no hospital e eu achei normal por um lado pois meu pai trabalhava e era dono de tudo isso,por outro lado achei estranho pois não tinha o porque de mim e o Carlis estarmos aqui.
Descemos e meu pai foi para sua sala e vestiu seu jaleco e mandou uma enfermeira trazer mais dois,um pra mim e outro para Carlos.
Depois saímos da sala e fomos até a sala de emergência. Lá ouvi uma pessoa chorando muito,resolvi me aproximar. Era uma senhora e vê-la naquele estado mecheu com meu coração. Fui até lá e lhe dei um abraço. Ela chorou por uns cinco minutos com a cabeça apoiada em meu ombro enquanto isso meu irmão nos observava com muita atenção. Depois que aquela mulher me soltou fui até uma enfermeira ali presente e perguntei o porque daquele choro ela me contou que aquela pobre mulher estava com seu único filho entre a vida e a morte e que sua sobrinha tinha já tinha chegado no hospital sem vida. Eu quis saber mais sobre aquele terrível acidente e nisso ela me disse que tinha ouvido que o motorista estava embriagado e em alta velocidade além de também não estarem usando cinto de segurança.
Ouvi aquele relato me faz lembrar de sexta-feira à noite quando meu irmão saiu dirigindo em alta velocidade e pra ajudar estava bêbado. Foi Deus quem nos guardou e de todas hipóteses uma das melhores foi nós sermos presos sem nem um arranhão.
Saio dali atrás do meu pai e ele vai até o quarto da maternidade e lá examina uma garota de dezoito anos. A garota grita,bate o pé na parede,geme,morde a beirada do travesseiro e não tem como ninguém fazer nada por ela. Meu pai diz que daqui a pouco o bebê nascerá e logo sai.
No caminho até sua sala ele me explica que ela está em trabalho de parto.
Depois de uns vinte minutos meu pai é chamado às pressas para fazer o parto daquela mulher meu pai pede para Carlos esperar na sala dele e que eu o acompanhe. Nós corremos e entramos na sala de parto e lá a garota faz força e respira apressadamente como se estivesse soprando um fogo. Depois de uns cinco minutos o bebê chora e a garota abre um sorriso enorme no rosto e pede para pegar a criança. Porém ela não pode porque meu pai ainda está fazendo os últimos procedimentos pós-parto. Depois uma enfermeira vai até a porta e entrega o bebê para alguém e logo volta para ajudar a outra enfermeira a levar a paciente para o quarto.
Eu acompanho e vejo uma mulher de meia idade com o bebê no colo andando atrás da maca onde estava aquela jovem que acabou de ter o bebê.
Vejo que elas são levadas de volta para a mesma sala. Minutos depois as enfermeiras saem e as deixam descansar.
Uma curiosidade me consome,mas infelizmente não posso ir até lá perguntar. Por que será que não é a pessoa que engravidou essa moça não está ao seu lado? E sim uma senhora que aparentemente é sua mãe?
Não sei as respostas mas assim que servirem o café da manhã vou lá e tentar descobrir tudo. Pelo tanto que aquela garota parece jovem tenho a impressão que ela virou mãe solteira. Espero que eu esteja errada.
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Atualizado até capítulo 48
Comments
User59630002
Eles falaram tanto e não adiantou, agora eles estão mostrando com exemplos da vida real.
2023-09-23
1
Soraia Arboleda
esses pais estão certos
2021-06-02
3