*Diara Lambert*
Ponto pra Diaba aqui!
Eu de cara iria aceitar sua proposta, mas eu tinha que ser mais esperta. Agora Devon me deve um favor e eu tenho que saber a hora de usar.
O que eu não esperava era ele me agarrar daquela forma e praticamente me engolir. E eu, descarada que sou, retribuí direitinho. Devon é simplesmente irresistível, não deu pra não retribuir.
Uma mulher apareceu bem na hora da pegação e estranhei a forma como ela me olhou. Ela parecia furiosa. Devon me dispensa e eu saio rapidamente. Ela deve ser mais uma apaixonada por ele. Pela cara eu que ela fez ao me ver eu nem preciso ser um Einstein pra deduzir isso.
Encontro Tatto no caminho e ele não parece com uma cara muito boa. Passo por ele e sigo para o quarto. Ainda com o corpo quente e o gosto do beijo de Devon nos lábios, me jogo na cama. As meninas estavam numa conversa animadora e eu estava pensativa. Ele vai me levar pra celebração da festa do pai dele. Uma oportunidade perfeita para estudar o oponente.
Anoiteceu rapidamente e mesmo hoje não tendo show, a boate funciona para consumo alcoólico e diversão dos caras. Eu precisava me distrair; então deixei Baby e Morgana conversando no quarto e fui dar uma volta. Não somos tão livres, mas também não somos prisioneiras. Eu não queria ficar tão trancafiada assim... É sufocante.
-Psiu!-Alguém me chama e eu viro procurando a voz. Era a garota que entrou no escritório de Devon mais cedo.-Vem aqui!
Ela não me pediu por favor e nem foi cuidadosa com o tom de voz. Na verdade, ela quis soar superior. E por dentro eu estava debochando do desespero dela. Essas garotas parecem ser tudo problemáticas...
-Algum problema?-Digo ao me aproximar.
-Me trate como senhora.-Mais uma vez a dureza se fez notar em sua voz.-O que você estava fazendo no escritório com Devon?
-Ele me pediu para ir lá tratar de assuntos pessoais, senhora.-Agora eu quis usar de um tom debochado.-Nada demais.
-E que assuntos seriam esses?-Ela tenta me intimidar.
-Como falei, senhora, assuntos pessoais.-Tento ir embora, mas ela segura forte em meu braço.-Está me machucando.
-Eu posso fazer doer muito mais se você ficar de conversinha com Devon.-Ela sussurra em meu ouvido.-Você é só uma prostituta que eu sei muito bem colocar no lugar. Mandy já avisou e eu vou tornar a avisar: fique longe de Devon.
Ela me empurra e sai pisando duro cumprimentando cinicamente algumas pessoas. Olho para meu braço e ele está bastante vermelho. Vadi@!
Esfrego um pouco o lugar na tentativa de amenizar a dor ou até o provável inchaço, mas não adianta. Logo alguém oferece uma bolsa de gelo em minha direção. Meu olhar percorre o braço até chegar no rosto de quem estava me fazendo essa gentileza.
-Obrigada, Tatto.-Agradeço e pego a bolsa de gelo.
-A Mia age como uma devota a Devon.-Ele soa incomodado com isso.-Ela realmente faz coisas sem pensar. Acho melhor ficar longe dele.
-Só há apenas um problema: não sou eu que estou atrás de Devon.
Agradeço mais uma vez e volto para o quarto. Narro tudo para Morgana e Baby; elas também concordam comigo que essa Mia é doida.
-Diaba, a Mia tem o aval do Ettore pra muita coisa nessa máfia. Ele realmente acha ela uma boa e obediente integrante.-Baby me oferece café e eu aceito.-E acredito que ele ache ela uma boa mulher pro filho. Fique longe dela. Soube que ela sabe bem como torturar pessoas.
Assinto e tomo meu café. Houve ensaio mais tarde; dessa vez Mandy só ficava me olhando e de sorrisinhos. Entendi tudo. Mandy não gosta de Devon, ela é o cachorrinho da Mia. Na verdade, ela é os olhos de Mia quando a mesma não está. Eu tenho mais é o que me preocupar. Picuinhas femininas não está na minha lista de coisas a dar atenção. Mia e Mandy que se ferrem!
Abro meus olhos calmamente estranhando o fato de tudo estar muito silencioso. Olho em volta e vejo que as meninas ainda dormem. Olho no relógio e percebo que ainda é muito cedo. Levanto e vou escovar os dentes. Ajeito o cabelo e saio em busca de alimento. Preciso muito comer. Me arrasto esfregando os olhos com as mãos e bocejando. Não sei o que me deu pra acordar cedo. Não tem ninguém na cozinha, então faço café e me sirvo já sentindo minha alma retornar pro corpo.
-Pulou da cama?
A voz dele me faz saltar e fazer o café entornar do copo um pouco. Ouço sua risada e me recomponho.
-Acho que não fui a única premiada pra acordar cedo hoje.-Limpo minha mão e volto a beber meu café.-Bom dia, chefe.
-Bom dia.-Ele passa por mim e vai no armário.-O café do escritório acabou. Como Tatto ainda não acordou, vim eu mesmo buscar. Atrapalho?
-Não, já estou de saída.-Coloco o copo na pia, mas quando eu ia recolher meu braço ele segura no mesmo.
-Que marca é essa, garota?-Sua voz agora é forte e sua expressão muito descontente.-Anda, estou te perguntando. Que marca horrível é essa?
-Nada demais, Devon. Bati o braço na porta.-Puxo meu braço.-Esqueça.
-Isso tem marcas de dedos, Diaba.-Ele cruza os braços e levanta a sobrancelha esquerda.-Se não me contar, vou demitir o Tatto porque é ele o responsável por você. O que me diz?
Droga de homem teimoso!
Ele não podia só ignorar e ficar de boa? Ou fingir que acreditou? Por que ele se importa? Mafiosos não se importam com o bem-estar de ninguém... Pelo menos é nisso que eu acredito.
-Aquela garota que... nos atrapalhou no escritório...-Começo meio atrapalhada, mas me esforço pra manter a seriedade e não lembrar da nossa pegação.-Ela me procurou e fez isso no meu braço. Contente, chefe?
-Merda!-Ele pragueja.-Você entende por que quero que você me acompanhe domingo? Ela está ficando cada vez mais maluca. Quero a Mia longe daqui depois de domingo. Isso está doendo?
-Não, o Tatto me deu gelo e falou da devoção que Mia sente por você. Isso é doentio!
Ele concorda, suspira e se retira. Eu estou me metendo numa roubada, mas preciso acompanhá-lo ou não terei algo pendente com ele. Seja o que Deus quiser!
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Atualizado até capítulo 61
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