*Devon Mantovani*
Eu estou sedento por essa Diaba. Meu Deus, desde quando eu virei um adolescente emocionado por um rabo de saia?
A resposta está na minha cara e eu continuo me negando a aceitar. Nunca desejei tanto uma mulher na minha cama como agora.
Hoje é quarta e eu resolvo ir mais cedo para assistir o ensaio das garotas. Fico escondido enquanto observo a Diaba ensinando as meninas passos mais ousados do que os que Mandy costuma ensinar. Depois que o ensaio da apresentação de domingo acabou, eu não consegui ir embora. Fiquei assistindo o ensaio do show de amanhã. A cara de tédio da Diaba me fez soltar um risinho. Ela realmente tem asco da Mandy.
Ao final da apresentação, vi que Mandy impediu que a Diaba se retirasse e isso aguçou minha curiosidade. Me aproximo à espreita para ouvir a conversa das duas.
E me recuso a acreditar na quantidade de asneiras que ouvi. Mandy mais uma vez se prestando a ser cachorrinho da Mia...
Ouvi quando Diaba disse que não tem intenção alguma em dormir comigo, que só quer ganhar o seu dinheiro e pronto. Isso não me magoou, de jeito nenhum. Mostrou que ela não almeja fisgar ninguém importante pra ser melhor do que ninguém aqui na Dannazione. Ela só quer fazer o dela.
Me retiro dali indo diretamente para meu escritório almoçar. Meu pai avisou que chega de viagem sexta-feira e enquanto isso quer que eu cuide dos preparativos da festa. Minha cabeça não consegue pensar na porcaria de festa nenhuma. Que p0rra de controle Mia acha que tem sobre a minha vida? Preciso ser mais claro com a Mia. Muito mais claro ou não vou conseguir viver a minha vida.
-Tatto!-Grito pelo responsável pelas garotas. Um cara de muita confiança aqui na máfia.-Quero a Diaba aqui e agora.
Ele assente e sai. Vou juntar o útil ao agradável. Quero ela e quero que Mia se toque que não a quero. Minutos depois ouço alguém bater na porta e autorizo a entrada. Lá está ela, short de tecido colado e um top de academia. Minha boca chega a salivar.
-Sente.-Ordeno apontando para a cadeira na minha frente.-Quero te fazer um convite.
-Hum... Um convite... E o que seria?-Ela cruza as pernas e eu quase perco o foco.-Estou atenta.
-Quero que me acompanhe na celebração que meu pai fará no salão, antes da sua apresentação na boate.-Sou direto.-É apenas um coquetel com algumas pessoas importantes pra ele onde há alguns divertimentos. O que acha?
-Algo me diz que esse convite está incompleto, chefe.-Ela sorri de canto de boca.-Não estou interessada.
-Eu preciso provar você.-Levanto da cadeira me apoiando por cima da mesa.-E não seria nada mal ir ao evento antes da sua apresentação. As únicas que conseguiram ir foi a Mandy e a Baby. Você seria uma privilegiada.
-Existem tipos de privilégios que valem a pena rejeitar.-Ela levanta e eu fico louco. Me ponho na sua frente antes dela ir.-Não insista, chefe.
Observo sua boca desenhada e o quanto ela parece convidativa. Seus olhos são tão familiares e seu cheiro é tão agradável. Coloco minhas mãos do lado dos seus ombros e aproximo seu corpo do meu.
-Eu lhe concedo um desejo se topar.
-Um desejo...-Ela parece refletir.-Gostei. Eu topo!
-E qual seria ele?
-Eu digo quando chegar a hora.-Ela se aproxima de mim.-Só precisa me dizer onde terei que esperar por você e a hora, chefe.
Não aguentei e puxei seu corpo agarrando seus lábios com os meus. Minha mão esquerda estava enterrado em seus cabelos e a direita pousada em sua cintura. Ela retribuiu com a mesma intensidade que eu e disso eu gostei. Suspendo seu corpo fazendo com que suas pernas cruzem na minha cintura e jogo seu corpo em cima da mesa. Ela arfa e separa nossos lábios. Afasto um pouco seu top e agarro com a boca um de seus sei0s. Ela segura minha cabeça enquanto me delicio. Volto a beijar sua boca e de repente somos interrompidos por batidas insistentes. Ela sai da mesa, ajeita o top e o cabelo. Ela está vermelha e isso me deixou três vezes mais sedento.
-Quem é?-Grito perguntando.
-Mia. Posso entrar?
-Claro.
Ela entra sorridente e logo seu sorriso morre ao ver a Diaba. Estou encostado na mesa passando os dedos nos cantos da boca enquanto olho pra Diaba.
-Pode ir, Diaba. Depois nos falamos com mais... calma.
Ela assente e sai. Mia encara a porta agora fechada e depois seu olhar cai em mim. Desencosto da mesa e sigo para sentar no meu lugar.
-Você e ela...
-O que veio fazer aqui, Mia?
-Bom... É que seu pai solicitou uma caixa de armas há um mês atrás, só que as mesmas não chegaram. Provavelmente teremos que fazer uma viagem depois de domingo para vermos o porquê dela não ter chegado até nossas mãos.-Ela me fita de olhos semicerrados.-Odeio fazer negócios com os turcos. O que acha da minha proposta?
-Ótima! Veremos isso depois da festa do meu pai. Obrigada, Mia. Pode ir.
Ela assente e sai do meu escritório à passos largos. Não sei onde Mia mudou tanto...
Não me lembrava desse jeito controlador e ciumento antes. Enfim, foco nas atividades do dia e esqueço de todo o resto. Mentira, o gosto da Diaba ainda paira em meus lábios e isso eu me recuso a esquecer. Ela vai ser minha e espero não pagar um preço muito alto por isso.
Quase anoitecendo, saio do escritório indo diretamente para casa. Essa solidão que as vezes sinto é tão esquisita. Eu tenho um pai, uma máfia que devo considerar minha família, dinheiro, amigos...
Mas falta alguma coisa. Não sei bem o nome, mas falta. E é estranho que eu sinta tanto isso. Não sou sentimental. Nunca fui.
Chego em casa encontrando a diarista terminando de ajeitar o jantar. Cumprimento-a e sigo para o banho. É sempre desse jeito. Se não estou em casa, estou bebendo com Augusto ou na máfia resolvendo coisas. Será que essa sensação de solidão é normal?
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Atualizado até capítulo 61
Comments
Lyla Andrade
Essa Mia ainda vai dar muita dor de cabeça pra esses dois.
2020-10-07
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