Leonidas

O primeiro almoço do dia com o russo foi... interessante. Ele se chama Viktor e tem um humor peculiar, para dizer o mínimo. Desde o momento em que ele chegou, eu soube que não era como os outros sócios que eu já tive.

Ele começou a fazer piadas sórdidas sobre a vida em Moscou e como ele "resolvia problemas" de forma... criativa. Eu tentei manter um sorriso no rosto, mas foi difícil. Ilias, meu subchefe, parecia ainda mais desconfortável do que eu.

Enquanto Viktor continuava a falar, eu continuava numa chamada com a Shandra, a chefe da segurança. Ela está cuidando das minhas irmãs, Kat e Chrysa, e da minha “noiva”, Tessa. Eu ajustei o fone de ouvido para ouvir melhor a conversa delas.

Shandra me informou que as meninas estavam almoçando em um restaurante luxuoso e que Tessa estava se adaptando bem à sua nova vida em Santorini. Eu também ouvi Kat e Chrysa conversando sobre os vestidos que elas haviam comprado na loja Galatea. Tessa parecia um pouco mais reservada, mas ainda assim estava se divertindo.

Enquanto eu ouvia a conversa delas, Viktor continuou a falar sobre seus negócios e como ele queria expandir sua operação para a Grécia. Eu tentei manter a atenção nele, mas era difícil. Eu estava mais interessado em saber o que estava acontecendo com as meninas.

Depois de um tempo, Viktor finalmente terminou de falar. Eu me voltei para Viktor e disse:

— Então, você quer uma parceria comigo? — Ele sorriu e respondeu:

— Sim, eu quero que nós trabalhemos juntos para construir um império. — Eu sorri de volta e disse:

— Vamos ver o que podemos fazer.

A proposta que eu fiz à Viktor foi uma parceria para expandir nossas operações de produtos ilícitos.

— Viktor, eu estou interessado em ouvir mais sobre sua proposta de parceria. — Eu disse, olhando para ele com atenção.

—Sim, Leonidas. — Viktor respondeu — Eu estou procurando por uma parceria para expandir minha operação de produtos ilícitos. Eu sei que sua máfia tem uma grande influência na Grécia e eu gostaria de trabalhar juntos para aumentar nossos lucros.

— Eu estou ouvindo… — eu disse — inclinando-me para frente. — O que você tem em mente?

— Bem, eu estava pensando que nós poderíamos trabalhar juntos para importar e exportar os produtos. — Viktor explicou — Sua máfia tem uma grande rede de contatos na Grécia e eu tenho uma grande rede de contatos na Rússia. Juntos, nós poderíamos dominar o mercado.

— Eu gosto da sua ideia. — eu disse, sorrindo. — Mas eu preciso saber mais sobre como você planeja fazer isso. Qual é o seu plano para evitar a detecção pelas autoridades?

— Ah, isso é a melhor parte. — Viktor disse, rindo — Eu tenho um plano para criar uma rede de empresas fantasmas que irão nos permitir lavar o dinheiro e evitar a detecção. Além disso, eu tenho contatos com alguns funcionários corruptos que irão nos ajudar a evitar problemas.

— Eu estou impressionado. — eu disse, inclinando-me para trás — Eu acho que nós podemos trabalhar juntos. Mas preciso de uma garantia de que você irá cumprir com sua parte do acordo.

— Eu dou-lhe minha palavra. — Viktor disse, estendendo a mão — Nós vamos trabalhar juntos e vamos fazer uma fortuna.

Eu apertei a mão dele, selando o acordo. Agora, nós vamos trabalhar juntos para construir um império de produtos ilícitos nos dois países. Viktor vai embora e Ilias me olha apreensivo.

— Qual é o problema?

— Esse cara é uma piada, vamos mesmo fechar com ele?

— Sim, ele é uma piada. Não vejo problema em fechar uma parceria com ele.

— Dá para levar a sério o Mister Beans, esse Viktor não.

— Ilias, por mais que ele seja um homem de humor duvidoso e falas horrenda todos temos o direito ao benefício da dúvida. Ele pode ser o melhor no que faz e só saberemos disso se dermos o benefício da dúvida.

A chamada continuava em curso, mas o sinal começou a oscilar e eu acabei desligando e pedindo a Shandra para me manter informado de tudo o que estava acontecendo na minha ausência.

Seguimos nosso dia, fechei mais dois acordos e decidi terminar meu dia para ir pra casa. Eu ainda tinha alguns emails para enviar e poderia fazer isso do meu escritório em casa.

Quando dei por mim já passava das sete da noite, uma funcionária da casa me perguntou se todos iriam jantar e eu disse que sim. Subi para o meu quarto e tomei um banho demorado.

Quando desci novamente já passava das oito da noite. Eu estava sentado no sofá, bebendo um copo de uísque, quando Tessa entrou pela porta perdi o raciocínio. Eu não a reconheci a princípio. Ela estava usando um vestido caro na cor vinho, sapatos de saltos, estava maquiada e com o cabelo feito. Eu me senti como se tivesse levado um golpe no estômago.

— Meu Deus… — eu disse, sem poder evitar — Você está... incrível.

Tessa sorriu e se aproximou de mim.

—Obrigada! — ela disse — As suas irmãs me ajudaram a escolher o vestido.

Eu não consegui tirar os olhos dela. Eu me sentia como se estivesse hipnotizado. Meu coração estava batendo mais rápido e meu corpo estava reagindo de uma forma que eu não podia controlar.

— Você está muito bonita. — eu disse, tentando manter a calma.

Tessa riu um pouco sem jeito.

— Você está apenas dizendo isso porque eu estou usando um vestido caro. — Ela disse.

Eu neguei com a cabeça.

— Não, eu estou dizendo isso porque é verdade. — eu disse, mas minhas irmãs estão olhando para mim como se eu tivesse algum problema, então preciso seguir com o elogio — Você está sempre bonita, mas hoje você está... diferente.

Tessa me olhou com curiosidade.

— Diferente como? — Ela perguntou, olhando para mim e depois para as minhas irmãs.

Eu hesitei por um momento antes de responder. O que estou fazendo? Pareço um adolescente se embolando nas palavras.

— Você está mais... feminina. — eu respondi — Mais... atraente.

Tessa corou e desviou o olhar. E minhas irmãs pareciam líderes de torcida de um time campeão de tão sorridentes e animadas.

— Obrigada! — Ela disse, baixinho.

Eu me senti como se tivesse ido longe demais. Eu não queria que Tessa se sentisse desconfortável ou entendesse errado minhas palavras impulsivas. Eu tentei mudar de assunto, mas era tarde demais. A tensão entre nós era palpável.

— Vamos jantar. — Eu disse, tentando quebrar o silêncio.

Tessa concordou e nós nos sentamos à mesa junto com as minhas irmãs. Mas a tensão entre nós permaneceu, e eu sabia que não ia ser fácil ignorá-la.

— Então, como foi o seu dia? — Eu perguntei, tentando manter a conversa leve e continuar com a farsa de noivo apaixonado.

Tessa me contou sobre as compras que ela havia feito com as minhas irmãs, e eu ouvi atentamente, tentando não me deixar levar pela atração que eu sentia por ela.

Mas era difícil. Eu me sentia como se estivesse lutando contra mim mesmo, tentando não ceder à tentação de tocá-la, de beijá-la.

Eu sabia que não era uma boa ideia. Eu sabia que Tessa era apenas uma parte do meu plano, que ela não era realmente minha noiva.

Mas, nesse momento, eu não me importava. Eu apenas queria estar perto dela, sentir o seu cheiro, o seu toque.

E eu sabia que isso era um problema.

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