Capítulo 11

Yuna estava furiosa e não podia sair do seu quarto, mas sua criada rapidamente a avisou que o príncipe havia chegado, então a concubina a mandou informá-lo sobre o que havia acontecido e dizer que estava muito mal pelos golpes que a princesa lhe deu, e estava certa de que ele estaria do seu lado e juntos conseguiriam punir a princesa. Não demorou muito para que o príncipe a visitasse e ela lhe contasse o que havia acontecido, que a princesa se recusou a cumprir a punição que ele havia ordenado que ela recebesse. Aya imediatamente mostrou preocupação com Yuna, uma vez que isso poderia servir para irritar a princesa.

"Alteza, deve fazer justiça pela sua concubina, a princesa é a senhora da casa, mas isso não lhe dá o direito de nos prejudicar."

"Tragam a princesa", ordenou aos seus servos. Em questão de minutos, Saya já estava na sala do príncipe, com suas duas concubinas ao seu lado.

"Parece que já vieram chorar para você. Em primeiro lugar, esta mulher tentou fazer com que os servos me batessem, a mim, a senhora desta casa."

"Silêncio! Na verdade, eu mesmo dei essa ordem. É uma punição por ter saído sem a minha permissão."

"Príncipe Yuu, parece que está ansioso por outra bronca da imperatriz", disse Aya, e Yuna olhou surpresa para ela, mas ela assentiu. Muito a contragosto, a princesa estava certa e ela havia sido a causa do príncipe ser repreendido pela imperatriz.

Essas coisas e o que aconteceu agora são diferentes. Você acha que vou permitir que você vá chorar novamente aos pés da imperatriz?

Você está dizendo que devo me ajoelhar e receber um castigo injusto? Se falamos em castigos, não deveria ser a concubina Aya quem deveria recebê-lo?

O que você está dizendo? A concubina Aya sempre cumpre com seus deveres e não foge de casa como você.

Então, é mais sério fugir de casa do que envenenar a senhora da casa?

O príncipe bateu na mesa que estava em sua frente diante dessa acusação, sua concubina não seria capaz de uma trama tão vil. Aya, por sua vez, explodiu em lágrimas por tal acusação.

Alteza, a princesa é injusta, eu sei que ela tem ciúmes porque você me ama, mas tal calúnia é das piores.

Agora sim, a tola princesa está conseguindo um castigo.

Então é mentira, príncipe Yuu, espero que você faça o que a imperatriz lhe disse e encontre o culpado, caso contrário, informarei sobre seu desempenho inútil.

Saya!!! Só porque você tem a imperatriz não lhe dá o direito de me insultar a mim e às minhas concubinas, você me deve total respeito como seu esposo.

O respeito é conquistado, alteza, e você só acumula mais ódio de mim para com você.

Sem dizer mais nada, ele deu meia volta para sair, mas o príncipe furioso mandou seus guardas detê-la e fazê-la se ajoelhar diante dele. Ainda não estava forte o suficiente para se libertar, então foi espancada com golpes que destruíram seu rosto, até que seus lábios sangrarem. No entanto, ela não se queixou ou pediu desculpas, o que só deixou o príncipe mais furioso. Depois disso, ele voltou a se sentar com suas concubinas, satisfeito pelo castigo que ela recebeu. Mas logo seus rostos mudaram ao ver Saya levantando a cabeça com um olhar irritado e um sorriso ameaçador no rosto.

Lembre-se disso, príncipe Yuu, porque é a principal razão pela qual vou garantir a sua cabeça e das mulheres que o rodeiam.

Os guardas a soltaram e ela se levantou, limpando o fio de sangue que percorreu o canto de seus lábios.

Você não teve o suficiente e agora se atreve a me ameaçar. Coloque-a em um depósito e não deem comida por dez dias.

Sem responder, ela seguiu os guardas, pois tinha concordado com a imperatriz para ir à residência do general para começar seu treinamento. Estava certa de que o general informaria à imperatriz sobre sua ausência, porque o príncipe era tão estúpido que não percebia que ele mesmo estava arruinando sua reputação diante dos imperadores.

Já no depósito, ela procura um bom lugar para sentar, está tranquila porque sabe que, após aquele pequeno castigo, o que espera pelo príncipe e por aquelas duas harpias não se compara. Por outro lado, o príncipe pediu para ficar sozinho e agora reflete sobre as coisas: bater na princesa não foi bom, dessa forma ele não pode seguir o plano de sua mãe. Engolindo o orgulho, ele vai para o depósito acompanhado de uma serva, ordena que a porta seja aberta e fica no batente. Ele pensou que a princesa estaria chorando e implorando para que ele a retirasse, mas é o contrário: a princesa estava sentada tranquilamente. Ela abriu os olhos quando o ouviu entrar, mas logo desviou o olhar.

Se você se desculpar com as concubinas pelo seu comportamento, posso tirá-la daqui.

Alteza, não posso me desculpar se não fiz nada de errado. Na verdade, são aquelas duas mulheres que devem pedir meu perdão.

Ouvir isso apenas o deixa furioso, especialmente ao se referir às suas concubinas, especialmente Aya.

Estou te dando uma chance, você deveria aproveitá-la.

Pelo contrário, Alteza, você deveria aproveitar e respeitar meus direitos como a senhora desta casa. Mas só está apertando mais a corda em volta do seu pescoço. Você pode sair se só veio aqui para falar besteiras. No final das contas, não estarei aqui por muito tempo.

Ele virou as costas e fechou os olhos para continuar meditando. Não havia melhor maneira de lidar com um homem como o príncipe do que ignorá-lo e ferir seu orgulho. Irritado com sua reação, bateu a porta ao sair e pediu para que a trancassem bem para que ele não saísse.

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