Capítulo 2

Desde que acordou em seu novo corpo, pediu à sua jovem serva, Lili, que não dissesse que havia acordado. Anteriormente, havia planejado sair, mas no último momento preferiu não fazê-lo. Primeiro, queria se adaptar a essa nova vida. No entanto, o que realmente o surpreendeu foi o fato de o príncipe não ter o visitado nenhuma vez. Isso demonstra o pouco que Saya, o nome de sua nova vida, importava para ele. Mas isso não importava, pois seria mais fácil conseguir se livrar do incômodo casamento dessa forma. No entanto, ele precisa encontrar uma maneira de fazer isso. Duvida muito que o imperador conceda o divórcio, e ainda mais que a família de Saya concorde. Assim como o príncipe, sua família não parece estar interessada nela.

- Lili\, me diga\, Sua Majestade o príncipe perguntou sobre o meu estado?

- Não\, princesa. Desculpa minha audácia\, mas a senhora sabe mais do que ninguém que Sua Alteza só tem olhos para a concubina Aya.

- Eu sei. Ela foi a que causou as minhas cicatrizes horríveis no corpo.

- Ele levou a mão sobre o ombro\, ainda sentia as cicatrizes nas costas. Não via a hora de poder causar mais dor a essa mulher.

- É hora\, Lili. Vá e conte ao príncipe que eu acordei\, mas que eu não quero ver ninguém. Se alguém tentar entrar na minha residência\, será castigado.

- M-mas princesa... Isso é...

- Eu sei\, é um aviso. Quero ver o que esses pássaros rastejantes farão aos pés do meu marido.

Seu sorriso carrega um certo ar de malícia, pois sabe que caso ela tenha coragem de ir, o príncipe estará ciente do que pode acontecer e não poderá culpá-lo caso algo aconteça. Se ela se dá ao respeito, ninguém poderá fazer muito a menos que queiram que ela vá ao imperador para pedir justiça. Todo o sofrimento, durante todo esse ano, ela está disposta a cobrar de todos - incluindo seu detestável marido. Tal como sua ama havia lhe dito, um dos criados do príncipe já havia sido informado de que a princesa havia despertado. Imediatamente, o criado informou o príncipe, que ao ouvir que não receberia ninguém, causa alguma irritação nele. Como Aya estava ali, não hesitou em fazê-la ver que a mulher está sendo muito impertinente ao negar-lhe a entrada. Como um homem orgulhoso, ele se preparou para visitar sua esposa e, é claro, Aya não hesitou em o acompanhar, uma vez que não foi impedida.

Ele esteve esperando na porta do seu palácio, como esperava, o príncipe viria, era exatamente como a lembrança do seu corpo atual, aquele homem de cabelos longos e negros, com olhos castanhos, sua vestimenta era elegante, digna de um príncipe, uma túnica negra de seda que ocultava suas outras roupas, mas ela supunha que era igual a dos homens da época. Como era de se esperar, ele foi acompanhado de sua inseparável amante, Aya, uma mulher de pele branca, cabelos castanhos e olhos da mesma cor. Sua vestimenta era como a de uma típica femme fatale, com um vestido longo, mas pronunciado decote, e não podia faltar a joia em seu pescoço e mãos, com certeza dadas pelo príncipe. Pronta para enfrentá-los, ela desceu um degrau para impedir que dessem um passo a mais.

- Eu ordenei que ninguém viesse me ver. Ou vocês vieram conferir se meus planos foram por água abaixo e ainda estou viva?

- O príncipe se sentiu ofendido com essa acusação\, mas também ficou surpreso ao ouvir sua esposa falar assim com ele. Antes que pudesse dizer alguma coisa\, sua amante falou.

- Ousa me culpar por algo assim\, sua majestade? Castigue-a novamente. Parece que ainda não aprendeu.

- Eu mencionei seu nome\, concubina Aya? Eu nunca disse a qual dos dois estou acusando\, mas o autor se delatou.

- Ela sorriu com uma certa ironia e\, claro\, o príncipe não aguentou mais a ofensa à sua amada amante.

- Silêncio! Não satisfeito em fazê-la abortar\, agora acusa-a de ter envenenado você. Isso foi apenas uma tentativa de suicídio para chamar minha atenção e ter minha compaixão\, mas isso nunca vai funcionar.

Saya não pôde deixar de rir diante da calúnia do príncipe.

-Alteza, você se acha demais, por que eu iria querer sua atenção? Só de pensar em tê-la, me dá náuseas. Eu não preciso de um homem que dorme apenas com prostitutas, quem sabe que doenças ele tem.

-Majestade, ouviu o que ela disse? Acabou de ofender você e o harém.

-Saya! Ajoelhe-se e peça desculpas se não quiser um castigo mais severo.

-Não me ajoelho diante de nenhum homem, exceto o imperador. Se vocês vêm apenas para perturbar meu descanso, voltem pelo caminho que vieram. E se aquela mulher pisar novamente em meu palácio, escute bem, alteza, eu mesma vou quebrar essa linda cara dela.

-Você! Está procurando ser presa por desrespeitar a realeza.

-Majestade, não a perdoe, ela o ofendeu.

Sem esperar que pudessem protestar mais, ela mesma subiu as escadas da entrada e fechou as portas, colocando o trinco para que não entrassem.

Claro que isso só enfureceu mais o príncipe, que mandou chamar seus guardas para derrubar aquela porta, ele estava pronto para punir sua esposa desrespeitosa.

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Comments

Lit Vandom

Lit Vandom

Autora, crítica construtiva: tome cuidado com os pronomes, nesse capítulo você trocou feminino por masculino o tempo todo. Fica parecendo que copiou de outra história e esqueceu de corrigir.

2025-01-14

2

Ezanira Rodrigues

Ezanira Rodrigues

Amando esta personagem.👏👏👏👏

2025-01-23

0

Frederica Ribeiro

Frederica Ribeiro

príncipe idiota

2024-06-21

0

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