Capítulo 7

No dia seguinte, o príncipe foi informado que sua esposa não havia chegado ao palácio, o que o irritou bastante, pois se isso fosse divulgado, ele seria motivo de piada em toda a cidade; ele bateu o punho na mesa, decidido a não permitir que a mulher continuasse a se permitir liberdades que não lhe pertencem e ordenou que, assim que a princesa chegasse, ela fosse presa e levada ao pátio principal para receber seu castigo, da mesma forma que a última vez, queria que lhe dessem 20 chibatadas nas costas. Não demorou muito para que Aya soubesse dessa ordem, a qual a deixou feliz, já que estará na primeira fila quando a mulher receber sua punição. As outras concubinas também comentavam e concordavam que ela merecia esse castigo.

As horas passaram e não havia sinal da princesa, ao longe só se conseguiu ver que uma carruagem vinha, os guardas da porta a detiveram assim que chegou, para saber de quem se tratava, dali somente desceu a dama de companhia da imperatriz, que entregou uma carta e mencionou aos guardas que fizessem chegar imediatamente ao terceiro príncipe; foi o único que disse e subiu de novo na carruagem para partir. Um dos guardas entrega a carta ao mordomo principal do príncipe e este a faz chegar, ia deixá-la de lado quando o mordomo lhe menciona que é da imperatriz, coisa que o deixa alerta, porque não pode ser nada bom vindo dessa mulher, espera que ela não peça para ver a princesa porque não saberia como dizer que ela não está em casa; lê e aparentemente a imperatriz só quer vê-lo a ele, talvez seja algum assunto político, então pede que preparem uma troca de roupa, deve ir imediatamente e assim, pode aproveitar para informar o mau comportamento da princesa, agora sim, a imperatriz não poderá defendê-la, uma vez que não chegou para dormir em seu palácio e tem todos os serventes como testemunhas.

- Alteza\, ouvi que vai ao palácio\, posso ir com você? Faz muito tempo que não vejo sua mãe e a imperatriz.

Como sempre, Aya não poderia deixar de tentar conquistar o favor da imperatriz, aproveitando para ir vê-la e falar sobre a inutilidade da princesa como esposa, já que nem mesmo conseguiu passar uma única noite com o príncipe.

Claro, embora eu tema que a imperatriz queira apenas me ver, mas não se preocupe, minha mãe ficará feliz em vê-la.

Tudo bem, ficarei feliz em ver a mãe, ela foi tão bondosa com todas nós.

Maldiz por não poder ver a imperatriz, desde que se tornou concubina, ela só a viu e conversou com ela uma vez; desde então, todas as suas solicitações para se encontrar com ela foram rejeitadas, mas ela não está disposta a desistir. Quando o príncipe estava prestes a sair, foi com Aya para ajudá-la a entrar na carruagem e também subiu para ficar ao lado dela. A viagem era longa, então ela aproveitou para dormir no colo de sua amada concubina.

No palácio, o mordomo da imperatriz os recebe, mas pede ao príncipe que apenas ele pode passar, o que irrita ambos, mas eles não têm escolha. Então, Aya pede a sua empregada que a siga para ir ver a concubina Inoue, mãe do terceiro príncipe. O príncipe entrou na sala da imperatriz e fez sua reverência; ao levantar, ele notou que sua esposa estava parada ao lado do assento da imperatriz, fazendo-o apertar os punhos de raiva.

- Terceiro príncipe\, pedi que viesse porque preciso de uma explicação do porquê ninguém me informou que a princesa foi envenenada em sua própria casa.

- Sua alteza\, o ocorrido não justificava que incomodássemos a imperatriz com esse pequeno assunto.

A imperatriz bateu a mão sobre o braço da cadeira diante dessa resposta.

- Pequeno assunto? Tentaram contra a princesa e você chama isso de pequeno assunto? Ouça\, terceiro príncipe\, tenho tolerado muito de sua parte\, mas isso é inaceitável. Só espero que\, pelo menos\, o culpado tenha sido castigado.

- Desculpe sua alteza\, mas ainda não encontramos o culpado.

- Nem mesmo está procurando? O que dirá o imperador se souber que seu filho é um inútil que não pode encontrar o culpado que tentou contra a vida de sua esposa?

- Peço desculpas por minha inutilidade\, emperatriz. Garanto que farei tudo para encontrar o culpado e trazê-lo até vós para que receba seu devido castigo.

A imperatriz fez um som com a língua. Esse garoto era um inútil. Se não fosse porque a pequena Saya insistiu em se casar com ele, jamais o teria entregado a um homem como ele.

- Espero que seja mesmo assim\, ou então informarei ao imperador. Minha pobre menina teve uma vida injusta. Em nome de sua mãe\, não permitirei que continue a ser prejudicada. Entendido?