O coração de Sn batia acelerado enquanto ela seguia a enfermeira pelos corredores brancos e frios do hospital. A tensão em seus ombros era quase insuportável, mas agora havia algo diferente. Não estava mais sozinha.
Aaron caminhava atrás dela, sem dizer uma palavra, mas sua presença era forte. Mesmo sem olhar para ele, Sn sabia que ele estava ali. Pela primeira vez, não era apenas uma competição, uma provocação ou um jogo de basquete. Ele estava ali porque queria estar.
A enfermeira parou em frente a uma porta e sorriu de leve.
"Ela está acordada. Pode entrar."
Sn assentiu e empurrou a porta com cautela. Assim que entrou no quarto, sentiu um alívio imediato ao ver sua avó deitada na cama, com uma expressão cansada, mas um sorriso gentil no rosto.
"Minha menina..." a avó sussurrou, abrindo os braços.
Sn correu até ela e segurou sua mão com força, sentindo as lágrimas se acumularem em seus olhos.
"Vovó, você me assustou tanto!" Sua voz saiu embargada.
A idosa riu baixinho, acariciando a mão da neta. "Não foi nada, querida. Só um pequeno susto."
Sn respirou fundo, tentando conter o choro. "Você não pode fazer isso comigo, entendeu? Eu preciso de você."
A avó sorriu e assentiu. "E eu sempre estarei aqui para você, minha menina."
Aaron permaneceu na porta, observando a cena em silêncio. Ele nunca foi bom em lidar com momentos sentimentais, mas ver Sn tão vulnerável o fez sentir algo diferente.
A avó de Sn então notou sua presença e arqueou uma sobrancelha.
"Ah, e quem é esse jovem bonito parado aí?"
Sn se virou e cruzou os braços, sem graça. "É só o Aaron, vovó. O cara irritante que joga basquete comigo desde criança."
A avó olhou para ele com interesse e depois para Sn, um brilho travesso nos olhos. "Ah, então é o Aaron?"
Aaron coçou a nuca, desconfortável. "Prazer em conhecê-la, senhora."
A avó riu baixinho. "Então você é o menino que sempre puxei a orelha?"
Sn riu pela primeira vez naquela noite. "O próprio!"
Aaron suspirou. "Sim, senhora. Mas, por favor, sem puxões de orelha hoje. Acho que já paguei todos os meus pecados."
A avó sorriu e estendeu a mão. "Venha cá, garoto. Não mordo."
Aaron hesitou, mas se aproximou e apertou a mão dela com respeito.
"Obrigado por ter vindo." Ela olhou nos olhos dele. "Significa muito para minha neta."
Aaron piscou, surpreso. Ele olhou para Sn, que imediatamente desviou o olhar, levemente corada.
"Não foi nada," ele disse, tentando soar despreocupado. "Eu só... queria ter certeza de que ela estava bem."
A avó de Sn sorriu, mas não disse nada.
Depois de algum tempo, a enfermeira voltou ao quarto.
"Vamos mantê-la em observação por mais algumas horas, mas, se tudo estiver bem, poderá voltar para casa amanhã."
Sn suspirou de alívio e agradeceu.
Aaron olhou para o relógio e percebeu que já era tarde. Ele se virou para Sn. "Bom, já que ela está bem, acho que vou indo."
Antes que Sn pudesse responder, sua avó segurou a mão dele.
"Por que não fica mais um pouco, querido?"
Aaron congelou. Sn arregalou os olhos.
"Vovó!"
A idosa riu. "Ah, deixe-me me divertir um pouco. É a primeira vez que vejo minha neta com um amigo rapaz que não quer apenas derrotá-la no basquete."
Aaron sorriu de canto. "Bom, na verdade, eu quero derrotá-la no basquete."
Sn revirou os olhos. "E eu sempre vou te vencer."
A avó de Sn apenas observou os dois e sorriu para si mesma.
Mesmo que eles não percebessem ainda, algo entre eles estava mudando. E talvez, apenas talvez, essa rivalidade fosse apenas o começo de algo muito maior.
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Atualizado até capítulo 53
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