Depois da guerra de tomates, Sn voltou para casa rindo sozinha, ainda sentindo a adrenalina do momento. Seu cabelo estava bagunçado, suas roupas tinham algumas manchas vermelhas, mas nada disso importava. Ela tinha vencido mais uma vez na eterna disputa contra Aaron.
Porém, assim que abriu a porta de casa, seu sorriso desapareceu instantaneamente.
O coração de Sn quase parou quando viu sua avó caída no chão da sala.
"Vovó!" Ela correu até a idosa, seus joelhos bateram no chão enquanto segurava a mão dela. "Vovó, fala comigo!"
A avó de Sn respirava com dificuldade, sua expressão mostrava dor. Sua pele parecia mais pálida do que o normal, e Sn sentiu o desespero tomar conta.
Sem hesitar, pegou o celular e discou para a ambulância com as mãos tremendo.
"Alô? Eu preciso de uma ambulância! Minha avó caiu e não está bem! Por favor, venham rápido!"
A atendente fez algumas perguntas enquanto enviava a emergência. Sn tentava responder com calma, mas a cada segundo que passava, sua ansiedade aumentava.
"Vai ficar tudo bem, vovó..." ela murmurou, segurando a mão dela com força. "Você vai ficar bem."
O tempo parecia se arrastar. Cada segundo esperando a ambulância parecia uma eternidade. Sn não conseguia segurar as lágrimas, mas se recusava a entrar em pânico.
Ela olhou ao redor, tentando entender o que poderia ter acontecido. O tapete estava dobrado, como se sua avó tivesse tropeçado. Será que foi isso? Ou será que era algo mais sério?
Os pensamentos dela foram interrompidos pelo som da sirene se aproximando.
A ambulância parou em frente à casa, e os paramédicos entraram rapidamente. Sn se afastou, deixando-os trabalhar, mas não tirava os olhos da avó nem por um segundo.
"Vamos levá-la para o hospital", disse um dos socorristas. "Você é a neta dela?"
Sn assentiu rapidamente. "Sim, eu vou com ela."
Com o coração apertado, ela subiu na ambulância, segurando a mão da avó o tempo todo.
A rivalidade com Aaron, os jogos de basquete, as provocações... nada mais importava naquele momento.
A única coisa que importava era que sua avó ficasse bem.
A ambulância seguia em alta velocidade pelas ruas da cidade. Sn estava sentada ao lado da maca, segurando a mão da avó com força, como se seu toque pudesse mantê-la ali, segura, ao seu lado. O coração dela batia rápido, a respiração descompassada.
"Vovó, fica comigo, tá? Você vai ficar bem…"
A idosa abriu os olhos com dificuldade e tentou dar um sorriso fraco. "Não precisa se preocupar, minha menina…"
Mas era impossível não se preocupar. O que teria acontecido? Sn se culpava por não ter chegado antes. Será que sua avó estava sentindo algo e não disse nada? Será que estava doente e ela não percebeu?
Os paramédicos monitoravam os sinais vitais enquanto falavam entre si. Sn tentava entender, mas tudo parecia confuso em sua mente.
Quando chegaram ao hospital, a equipe médica imediatamente levou sua avó para dentro. Sn tentou segui-los, mas uma enfermeira a segurou.
"Vamos cuidar dela agora, querida. Você precisa esperar aqui."
Sn assentiu, mesmo sentindo o peito apertado. Ela ficou parada no corredor, sozinha, sem saber o que fazer.
Pegou o celular, sem pensar direito, e digitou uma mensagem para a única pessoa que, por mais irritante que fosse, parecia entender os momentos importantes da sua vida.
Sn: Aaron… minha avó tá no hospital.
Ela não sabia por que enviou aquela mensagem. Talvez só precisasse contar para alguém. Talvez só precisasse sentir que não estava sozinha.
Minutos depois, o telefone vibrou.
Aaron: Tô indo praí.
Sn encarou a tela por um momento.
Ela não esperava por isso.
Mas, de alguma forma, sentiu-se um pouco menos sozinha.
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Atualizado até capítulo 53
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