O jogo estava chegando ao fim. A quadra de basquete, que já havia sido palco de tantos momentos de rivalidade, agora estava silenciosa, com os jogadores exaustos, mas determinados a conquistar a vitória. O relógio marcava os últimos segundos de uma partida intensa entre Sn e Aaron, ambos já com as roupas suadas e os corpos pesados, mas a tensão ainda pairava no ar. Cada movimento parecia crucial, cada jogada tinha o peso de uma final.
Sn olhou para o placar. Estava empatado, e só havia um minuto restante. Ela sabia que aquela última cesta definiria tudo. A rivalidade, a história, tudo culminaria naquele momento. Ela respirou fundo, suas mãos firmes na bola. Ela olhou brevemente para a sua avó, que estava na mesma posição de sempre, sentada em sua cadeira de rodas à beira da quadra, observando com olhos atentos e cheios de orgulho.
A avó de Sn sempre esteve ali, uma constante na vida da neta, incentivando-a a nunca desistir, não importa o quão difícil fosse. O olhar da velha senhora era tudo o que Sn precisava para se sentir mais forte, mais determinada.
Aaron, do outro lado da quadra, estava pronto para fazer o seu movimento final. Ele sabia que essa era a chance dele, a chance de mostrar quem mandava. Mas, quando ele viu o olhar de Sn, viu também uma mudança. Havia uma calma nela, uma confiança silenciosa que ele não conseguia ignorar. Ela sabia o que estava fazendo.
O jogo continuou, e Aaron tentou pressioná-la, tentando tirar a bola de suas mãos. Mas Sn se manteve firme. Ela desviou rapidamente de um movimento de Aaron e deu um drible perfeito. Sentindo a pressão, ela se lançou para o ar com uma confiança inabalável e, no último segundo, fez o arremesso.
A bola voou pela quadra, passando por cima da cabeça de Aaron. O tempo parecia desacelerar enquanto ela viajava em direção à cesta. Quando ela finalmente tocou a borda e entrou com um som suave, o estrondo da vitória encheu a quadra. A última cesta era dela. Sn não podia conter o sorriso triunfante que se espalhou por seu rosto.
Ela havia feito a cesta, e a vitória era sua. Mas, mais do que a vitória, ela sabia que aquele momento tinha muito mais significado. Era o simbolismo de todos os anos de luta, da superação, da dedicação. Ela se virou para sua avó, que a observava com um sorriso orgulhoso e uma expressão que dizia tudo. Sn fez um gesto de vitória, levantando os braços e mandando um beijo para a avó.
"Essa é pra você, vovó!" ela gritou com um sorriso radiante.
A avó, com um brilho nos olhos, aplaudiu suavemente, seu coração transbordando de orgulho. "Você é maravilhosa, minha filha", ela murmurou para si mesma, embora Sn não pudesse ouvir.
Após o jogo, a quadra finalmente estava em silêncio, exceto pelo som de respirações pesadas e passos lentos. Aaron se aproximou de Sn, ainda com o semblante sério, mas, dessa vez, sem o orgulho que normalmente carregava. Ele sabia que, naquele dia, Sn havia superado todas as expectativas, até as dele.
"Boa jogada", Aaron disse, meio relutante, mas com um tom genuíno de respeito. "Você ganhou, dessa vez."
Sn apenas sorriu, sem dizer nada. Não havia necessidade de palavras para ela; a vitória falava por si mesma.
Mais tarde, ao voltar para casa, Sn se sentia realizada, mas sabia que a verdadeira recompensa viria em outro momento. Na cozinha, a avó estava esperando, como sempre, com o sorriso acolhedor que a fazia sentir-se em casa. Sn preparou o almoço com carinho, como sempre fazia. Era um dos seus momentos favoritos do dia: cozinhar para a avó, depois de um jogo de basquete ou um longo dia de trabalho. Enquanto cortava os vegetais e mexia as panelas, ela sentia que a comida era uma forma de expressar sua gratidão por tudo o que a avó havia feito por ela.
"O que você quer de almoço, vovó?" Sn perguntou, olhando para a avó com um sorriso.
A avó, com um olhar tranquilo e contente, respondeu: "Qualquer coisa que você prepare, meu amor. Só quero estar aqui com você."
Sn então se dedicou a preparar um prato simples, mas cheio de afeto — arroz, feijão, e um pedaço de carne que ela sabia que a avó adorava. Enquanto cozinhava, Sn refletia sobre o quanto aquela relação era importante para ela. A avó, com seu apoio constante e inabalável, havia sido a base de tudo o que ela conquistara. Cada vitória na quadra, cada erro, cada superação, tinha sido impulsionada pela força silenciosa da avó.
Quando o almoço ficou pronto, Sn colocou a mesa, e as duas se sentaram para comer juntas. Era uma refeição simples, mas cheia de significado. O cheiro da comida misturava-se com a satisfação de um dia bem vivido. Enquanto comiam, Sn olhou para sua avó e, com um sorriso, disse: "Eu venci, vovó. E essa vitória foi nossa."
A avó olhou para ela, o sorriso suave, mas com os olhos brilhando de amor e orgulho. "Eu sempre soube que você iria longe, minha menina. Continue assim. A vida é sua para conquistar."
E naquele momento, Sn soube que a verdadeira vitória não estava apenas na cesta final, mas nos pequenos momentos de amor e apoio que compartilhava com sua avó. Essas vitórias eram as mais importantes de todas.
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Atualizado até capítulo 53
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