Capítulo 18 – A Reviravolta Médica
O dia seguinte ao pedido de casamento deveria ter sido de pura felicidade para Elora, mas, em vez disso, o peso do segredo que carregava parecia sufocá-la.
Ela acordou com o olhar de Darian sobre ela, seus olhos cheios de carinho e admiração.
— Bom dia, minha futura esposa. — Ele sussurrou, deslizando os dedos pelo rosto dela.
Elora forçou um sorriso, mas a culpa latejava em seu peito. Ela sabia que não poderia adiar mais. Precisava contar a ele sobre a gravidez.
Mas, antes que pudesse encontrar coragem para falar, seu telefone vibrou na mesa de cabeceira.
Ela pegou o aparelho e viu o nome de seu médico na tela. Seu estômago se revirou.
— Preciso atender. — Murmurou, levantando-se rapidamente e indo para a varanda.
Darian a observou com curiosidade, mas não insistiu.
Assim que atendeu, o coração de Elora martelava em expectativa.
— Doutor Martin?
A voz do médico era firme, mas carregava uma estranha urgência.
— Elora, preciso que venha ao hospital o quanto antes. Recebi os resultados de novos exames e tenho algo importante para te contar.
O mundo pareceu girar.
— É sobre o câncer?
— Sim, mas há mais do que isso. Não posso falar por telefone. Pode vir agora?
Elora olhou para dentro do quarto, onde Darian ainda estava deitado, olhando para ela com um sorriso tranquilo. Ela não queria preocupá-lo.
— Eu... sim, estou indo.
No Hospital
Elora chegou ao hospital com um nó no estômago. O medo era um peso esmagador em seu peito. Ela não sabia o que esperar, mas, pela urgência na voz do médico, não parecia ser uma simples consulta.
Assim que entrou no consultório, o olhar de Dr. Martin foi intenso e sério.
— Elora, tenho notícias que podem mudar tudo.
— O que é? — Sua voz saiu quase um sussurro.
O médico pegou uma pasta com exames e respirou fundo antes de dizer:
— Encontramos algo inesperado. O tumor está regredindo.
Elora arregalou os olhos, incapaz de acreditar.
— O quê?
— Seus últimos exames mostraram uma redução considerável no tamanho do tumor. É algo raro, mas não impossível. E isso pode estar diretamente ligado à sua gravidez.
Elora levou a mão à boca, sentindo as lágrimas se acumularem.
— Como assim?
— Em alguns casos raros, a gestação pode provocar reações no organismo que ajudam a combater o crescimento de células cancerígenas. Não posso garantir nada, mas seu corpo está reagindo de forma surpreendente.
Elora estava em choque.
Uma esperança que ela não ousava ter agora estava diante dela.
Mas, antes que pudesse processar totalmente, o médico continuou:
— Ainda há riscos. Seu corpo pode não aguentar a gravidez por completo, e há chances do câncer voltar a se desenvolver se não tomarmos medidas agressivas. Por isso, quero discutir um tratamento experimental que pode aumentar suas chances de cura definitiva.
O coração de Elora disparou.
Ela tinha uma chance real de viver.
Mas, para isso, teria que lutar com todas as forças.
O Momento da Verdade
Quando Elora voltou para casa, suas pernas tremiam. Ela entrou e encontrou Darian na sala, folheando alguns papéis, mas assim que a viu, ele se levantou imediatamente.
— Onde você estava? Eu fiquei preocupado.
Ela engoliu em seco. Não podia mais adiar.
— Fui ao hospital.
Darian franziu a testa, sua expressão se tornando sombria em um instante.
— O quê? Por quê? Você está piorando?
Elora respirou fundo e finalmente disse as palavras que temia:
— Darian, eu estou grávida.
O silêncio que se seguiu foi esmagador.
Ela viu os olhos dele se arregalarem, os lábios se entreabrirem em choque. Ele parecia ter perdido o chão.
— O quê...? — Ele sussurrou, como se não acreditasse no que ouvira.
Elora sentiu as lágrimas escorrerem.
— Eu descobri há poucos dias e estava com medo de contar. Mas... há mais uma coisa.
Darian deu um passo à frente, ainda tentando processar tudo.
— Mais o quê, Elora?
Ela enxugou os olhos e então revelou a verdade que mudaria tudo:
— Meu câncer... está regredindo. O médico acha que a gravidez pode estar ajudando meu corpo a combater a doença. E há um tratamento que pode aumentar minhas chances de sobrevivência.
Os olhos de Darian se encheram de emoção. Ele parecia incapaz de decidir entre o choque, o alívio e a felicidade esmagadora.
Então, sem dizer nada, ele a puxou para um abraço apertado.
— Nós vamos lutar juntos, Elora. Você não vai passar por isso sozinha.
Ela se agarrou a ele, permitindo-se finalmente acreditar.
Talvez houvesse um futuro para eles.
Talvez, contra todas as probabilidades... ela pudesse viver.
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