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Capítulo 9 – A Primeira Noite

A porta do quarto se fechou atrás deles com um clique suave, selando-os dentro de um mundo à parte, onde apenas Elora e Darian existiam. O silêncio que se seguiu era denso, carregado de uma expectativa febril, como se cada molécula do ar vibrasse com algo prestes a explodir.

Elora sentia seu coração batendo tão forte que parecia ecoar em seus ouvidos. O sangue pulsava em suas veias, acelerado, quente. Ela sabia que aquele momento mudaria tudo. Para sempre.

Darian estava parado à sua frente, alto e imponente, o olhar cravado nela com uma intensidade esmagadora. O terno escuro ainda envolvia seu corpo, mas a gravata frouxa e a forma como sua respiração se tornava irregular denunciavam o turbilhão dentro dele.

Ele deslizou os dedos pelos cabelos, bagunçando-os, como se tentasse recuperar algum resquício de controle. Mas quando seus olhos se prenderam aos de Elora, todo autocontrole ruiu.

— Você tem certeza? — Sua voz saiu baixa, rouca, um pedido e uma advertência ao mesmo tempo.

Elora respirou fundo. Ela nunca havia feito aquilo antes. Nunca havia permitido que alguém chegasse tão perto, que tocasse sua pele com a promessa de pertencimento. Mas ela não queria ninguém além dele.

Seus olhos escuros brilharam sob a luz suave do abajur, determinados, cheios de coragem e desejo.

— Tenho.

Darian soltou o ar lentamente, como se absorvesse aquela resposta. E então, avançou.

Seus dedos deslizaram pela pele macia do rosto dela, segurando-a com reverência. Os polegares traçaram um caminho suave pelas maçãs de seu rosto, descendo até os lábios entreabertos.

O primeiro beijo foi delicado, quase hesitante, como se Darian estivesse saboreando cada segundo, absorvendo cada detalhe daquele momento. Mas quando Elora correspondeu, quando suas mãos deslizaram pelo peito forte dele, algo dentro de Darian se partiu.

A intensidade explodiu.

Ele aprofundou o beijo, os lábios pressionando-se contra os dela com uma fome que não podia mais ser contida. As mãos grandes deslizaram por suas costas, puxando-a para perto, colando seus corpos.

Elora sentiu o calor dele, o cheiro amadeirado e masculino que a envolvia por completo. Ela tremia, mas não de medo — era excitação, uma emoção avassaladora que a consumia de dentro para fora.

Com gestos hesitantes, mas decididos, seus dedos começaram a desabotoar a camisa dele, revelando centímetro por centímetro da pele quente e firme. Seus olhos admiraram cada detalhe: os músculos definidos, a respiração acelerada, a forma como Darian fechava os olhos brevemente ao sentir seus toques.

Quando ele deslizou os dedos pelos ombros de Elora, empurrando lentamente o tecido fino de seu vestido para baixo, a respiração dela se tornou entrecortada. O tecido caiu suavemente ao chão, deixando-a apenas com a delicadeza de sua lingerie.

Darian parou. Seu olhar percorreu cada centímetro do corpo dela, devorando-a com os olhos, mas sem pressa, como se quisesse memorizar cada detalhe.

— Você é linda... — murmurou, quase sem fôlego.

Elora sentiu as bochechas corarem, mas não desviou o olhar.

Ele a puxou suavemente, guiando-a até a cama. Seus corpos se tocaram novamente quando ele a deitou nos lençóis macios. Seus dedos traçaram um caminho pelo braço dela, pelo colo, descendo devagar pela cintura, enquanto seus lábios continuavam a explorar os dela, o pescoço, os ombros.

Elora arfou, sentindo uma onda de calor tomar conta de si. Seu corpo ansiava por mais, cada toque dele despertava algo novo, uma sensação desconhecida, mas viciante.

Darian deslizou os lábios até seu ouvido, sussurrando:

— Eu quero que essa noite seja inesquecível.

E, naquela noite, foi.

Elora nunca havia se sentido tão completa, tão entregue, tão amada.

E Darian, pela primeira vez em sua vida, soube o que era perder o controle completamente.

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