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Capítulo 7 – O Beijo Rouba a Cena

O salão inteiro ficou em silêncio.

Os olhares dos convidados se fixaram na pista de dança, onde Darian Wolfram e Elora Vancourt estavam entregues a um beijo intenso e proibido. Era um momento de pura eletricidade, uma fusão de desejo, impulso e algo mais perigoso — algo que ninguém ali ousava nomear.

Darian não hesitou. Seus lábios se moldaram aos de Elora com uma posse feroz, e suas mãos seguraram sua cintura, puxando-a para ainda mais perto. Ele não queria apenas sentir sua boca contra a dele. Ele queria senti-la inteira.

Elora, por sua vez, correspondeu sem reservas. Seus dedos deslizaram pelo peito forte de Darian, sentindo a batida acelerada do coração dele sob o tecido refinado do smoking. Seu corpo se curvou ao dele como se sempre tivesse pertencido àquele momento.

Ela podia ouvir os sussurros ao redor. O murmúrio chocado dos convidados. O tilintar de taças sendo baixadas lentamente.

Mas nada disso importava.

Por um instante, só existiam eles dois.

Até que um grito furioso rasgou o ar.

— Darian!

O nome dele foi cuspido com indignação, e a ilusão se quebrou.

Darian afastou-se num sobressalto, como se despertasse de um transe. O olhar azul-acinzentado estava enevoado, confuso, e Elora sentiu um arrepio percorrer sua pele quando o calor do corpo dele se afastou.

Mas o impacto do momento ainda permanecia.

E a mulher que agora avançava furiosa pelo salão sabia disso.

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A Tempestade Antes da Queda

Sienna Rowen atravessou o salão com os olhos faiscando, seus saltos ecoando contra o mármore polido. O vestido dourado que ela usava brilhava sob a iluminação refinada, mas nada ofuscava o veneno em seu olhar.

Todos os olhares estavam nela agora.

— O que foi isso?! — sua voz tremeu, um misto de descrença e fúria.

Darian abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu. Ele ainda estava processando o que havia feito.

Foi Elora quem respondeu primeiro.

Com um leve sorriso nos lábios, inclinou a cabeça e disse calmamente:

— Um beijo.

A simplicidade da resposta fez o salão prender a respiração.

Sienna arquejou, como se tivesse levado um tapa. Seu rosto corou de indignação, os dedos se fechando em punhos.

— Você acha que isso é algum tipo de jogo?! — disparou, a voz ganhando um tom mais agudo. — Você realmente pensa que pode simplesmente roubar meu noivo assim, na frente de todos?!

Elora piscou lentamente, absorvendo a acusação com uma expressão quase serena.

Então, sem perder o tom tranquilo, respondeu:

— Roubar?

Ela riu baixinho, o som carregado de ironia.

— Sienna, querida, ninguém pode roubar aquilo que não está trancado.

A frase caiu como uma bomba.

O salão ficou ainda mais silencioso.

Darian olhou para Elora, seus olhos brilhando com algo intenso. Admiração? Raiva? Desejo? Talvez uma mistura dos três.

Os convidados observavam com uma fascinação mórbida, esperando o desenrolar do escândalo.

Sienna, por outro lado, parecia prestes a explodir. Seus olhos ardiam com uma mistura de ódio e incredulidade.

— Você… você é ridícula! — cuspiu. — Uma sombra tentando se passar por algo grandioso! Você nunca será mais do que isso!

Elora não piscou.

Ela deu um passo à frente, diminuindo a distância entre elas, e sorriu levemente.

— Então por que você está tão assustada?

O rosto de Sienna se contraiu, e por um instante, parecia que ela iria avançar sobre Elora ali mesmo. Mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, uma voz firme interrompeu.

— Sienna, basta.

A autoridade no tom de Darian foi como um golpe.

Sienna se virou para ele, atordoada.

— O quê?!

Darian passou a mão pelos cabelos, exalando pesadamente. Ele olhou ao redor e, por fim, pousou os olhos em Elora.

— Eu preciso conversar com você — disse, a voz grave.

A tensão se condensou no ar.

Elora sentiu um arrepio subir por sua espinha.

As coisas estavam prestes a ficar ainda mais perigosas.

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