Estava no quarto da tia Zara tentando convencer, ela a deixar, ser examinada pelo médico, mas não retrocedia numa decisão.
Mas quando foi aberta e passou aquele homem com seus olhos castanhos escuros quase em tom preto, me prenderam de uma forma tão intensa. Fico hipnotizada pelo seu olhar, só saio do transe quando escuto a voz da tia Zara a falar com ele.
Mas não consigo ficar muito tempo sem olhar novamente para ele. Estava ali tão perto eu, tantas vezes eu o admirei à distância, mas com ele ali, só alguns passos de mim, sinto o meu coração acelerado, ele consegue ser ainda mais bonito pessoalmente.
Só saio dos meus pensamentos novamente quando ouço novamente a tia Zara falar para que eu vá arrumar um quarto para ele. Eu não queria sair, mas faço o que ela manda. Quando estou para sair, pergunto se tenho que arrumar para a sua esposa também, ele diz que não.
Confesso que fiquei aliviada ao ouvir isso, apesar de também nunca ter visto a esposa dele. Quando estou fechando a porta do quarto, escuto a tia Zara perguntando se ele ficaria o final de semana e ele confirmou.
Quase dei pulos de alegria, saí do quarto com sorriso enorme no rosto, vejo Mira mais adiante quando me ver sorrir também.
Mira — viu um passarinho verde?
Safira — não, Mira! Me ajuda a arrumar um dos quartos para o Sheik?
Mira — claro, a senhora como está?
Safira — ela já acordou teimosa como sempre, acredita que não queria deixar o médico a examinar?
Mira — Eu ainda não sei por que ela não gosta de médico.
Safira — acho que por medo?
Mira — Não acho que ela tenha medo de médico.
Safira — o medo dela é mais de descobrir que está doente.
Saímos dali e fomos arrumar o quarto para o Sheik, trocamos os lençóis, verifiquei se tinha toalhas limpas.
Após verificar tudo duas vezes, saímos do quarto. Vejo o médico saindo do quarto, tia Zara, então vou ele.
Médico — uma de vocês pode me levar até o Sheik.
Olhei para Mira com aquele meu olhar pidão, sei que ela não resistiria.
Mira — me acompanhe, senhor.
O médico segue-a, eu dou duas batidas na porta, escuto a voz da tia Zara do outro lado da mesma.
Zara — Entre, minha menina!
Safira — tia Zara, o que foi que o médico falou?
Falo, me sentando ao seu lado, ela segura na minha dando um beijo.
Zara — Não se preocupem, minha filha foi somente um mal-estar e só eu tomar minhas vitaminas que estarei bem.
Safira — Que bom, tia. Tá vendo, se a senhora não tivesse se consultado hoje, todos iríamos ficar achando que a senhora tinha algo mais sério.
Zara — Você é tão especial, minha menina.
Ela fala acariciando a minha cabeça e acaba tirando o meu hijab e os meus cabelos se soltando, mas tia Zara continua a passar as mãos em meus cabelos.
Zara — seus cabelos estão tão sedosos. Se parece muito com os cabelos da sua mãe!
Ela fala, eu dou um sorriso ao lembrar da minha mãe, ela tinha os cabelos negros iguais ao meu, a única diferença é que o dela era mais curto que o meu.
Saio dos meus pensamentos com a porta do quarto sendo aberta e por ela entra o Sheik Samir. Nós dois nos encaramos hipnotizados, mas escuto um grito da tia Zara.
Zara — vire-se agora, Samir! O mesmo faz isso rápido, só então eu me dou conta de que estou sem o Hijab.
Estou morrendo de vergonha, agora tento rapidamente arrumar o Hijab com a ajuda da tia Zara.
Zara — Desculpe, filho, eu havia esquecido de estar aqui e acabei tirando o Hijab da safira.
Fico (perecer) de vergonha, nem consegui encarar o Sheik, mas consigo ver um sorriso travesso no rosto da tia Zara, será que ela fez isso deliberadamente?
Samir — Está tudo bem, mãe, eu que peço desculpas à senhora e à senhorita safira.
Eu só fico de cabeça baixa, não consigo olhar para cima agora.
Samir — Precisamos conversar, mãe?
Zara — Claro, meu filho, safira poderia ir preparar algo para mim e Samir jantarmos?
Safira — agora mesmo, tia com licença Sheik.
Falo saindo do quarto e trancando a porta e pegando distância. Quando estou um pouco afastada, colocou a mão em meu peito, acho que ele está prestes a sair pela boca.
Vou para a cozinha preparar a comida para os dois. Mira está lá tomando um chá.
Mira — aceita? E de camomila!
Safira — acho que adivinhou o que eu precisava!
Mira — Hoje o dia foi uma loucura, não acha?
Safira — com toda certeza vai entrar para a história do palácio de verão.
Fui enchendo uma xícara de chá e tomando ela.
Safira — precisamos fazer algo leve para os dois comerem.
Mira — deixa que faço, você deve estar cansada no meio desse turbilhão de acontecimentos, você não descansa um minuto se quer.
Ela fala, tomando o seu último gole de chá que estava na sua xícara e depois se levanta da cadeira em que estava sentada.
Safira — Obrigado, mira.
Fico ali vendo Mira cozinhando, eu descanso um pouco e converso com ela, assunto aleatório. Até que ela termine o jantar.
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Atualizado até capítulo 58
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