16 chegada em casa

Samir.

Feliz e assim que me sinto. A partir do momento em que Safira disse que aceitaria ser a minha esposa, meu coração se despediu da tristeza que vinha sentindo.

Não achei que pudesse sentir um sentimento tão forte, então, pouco tempo depois, a safira veio trazendo a alegria para a minha vida.

Não consigo ficar perto dela sem sorrir, um simples olhar ou em uma conversa banal como ela, eu sou só sorrisos.

Outra pessoa que não consegue esconder a sua felicidade é minha mãe. Hoje estou voltando para Dubai levando a minha rainha e o meu raio de luz. É isso que safira é para mim.

Estávamos já dentro do jatinho. Safira está sentada na poltrona de frente para mim, que estava sentado ao lado da minha mãe.

Safira estava tão concentrada desenhando algo em um caderno.

Zara — ela tem o mesmo talento que a mãe dela.

Samir — a mãe dela também gostava de desenhar.

Minha mãe dá um sorriso lindo e fala.

Zara — Sim, a mãe dela era uma verdadeira artista e a safira tem o mesmo talento que a mãe dela tinha.

Samir — Como a senhora conheceu a mãe dela?

Zara — Éramos amigas de infância, meu filho confidente uma da outra, mas depois que me casei tivemos que nos afastar porque o seu pai também assumiu o lugar do seu avô e tivemos que vir para Dubai.

Então, só nos víamos quando vínhamos passar as férias.

Ela fala triste, noto que as suas últimas palavras sairão cansadas, olho para ela que já está respirando um pouco com dificuldade, meus olhos transparecem a minha preocupação com a minha mãe.

Samir — mãe!

Ela tenta me tranquilizar.

Zara — Não se preocupem, meu filho, eu estou bem, só preciso descansar um pouco.

Samir — Tem certeza?

Zara — Sim, meu príncipe.

Auxilio a se levantar da poltrona e a ir para o quarto, volto e safira ainda estava tão focada no desenho.

Vejo ser um desenho meu e da minha mãe momentos atrás, quando estávamos conversando, dou sorriso ao ver o quão talentosa ela é.

Ficamos ali conversando sobre assuntos leves que nem vejo a hora passar, logo o piloto avisa que vamos aterrissar.

Mas, para a minha surpresa, assim que desço com a minha mãe, avisto o senhor Amir vindo em nossa direção com aquela falsa cortesia.

Minha mãe já reclama, pois ela nunca gostou de ninguém da família da Hadassa. Ele chega nos cumprimentando, mas ignora totalmente a minha safira.

Tanto eu e minha mãe não gostamos da sua atitude, minha mãe logo vai para o carro arrastando a Safira, só agora o meu sogro olha para a Safira, mas acho que preferia quando ele a tinha ignorado.

Amir — uma bela moça, essa acompanhante da sua mãe.

Ele fala olhando para Safira com um olhar de desejo, o que me faz ficar com vontade de arrancar os seus olhos.

Entro na sua frente para impedir que ele não continue a direcionar aquele olhar desprezível para ela.

Samir — Safira, sim, é uma bela moça, não é à toa que escolhi ela como minha noiva. Então, faça-me o favor e pare de desejar o que é meu.

Vejo ele me olhar surpreso e rapidamente o seu olhar desvia da minha safira.

Amir — A Hadassa já sabe disso? Acho que ela não vai gostar.

Ele fala com um sorriso falso nos lábios. Minha vontade é de rir, até parece que eu teria que pedir permissão a Hadassa para algo.

Samir — Senhor Amir, vou fingir que não escutei a merda que acabou de falar. Se sumir da minha frente, passe na empresa e assine a promissória que meu assistente irá fazer a transferência do dinheiro.

Vejo que o mesmo abre o sorriso enorme no momento em que falo do dinheiro, mas esse sorriso vai sumir rápido.

Samir — essa será a última vez que lhe emprestarei dinheiro, está me ouvindo, senhor Amir.

Amir — Como assim?

Vejo a surpresa no seu olhar, eu dou um sorriso a ele, mostrando os meus dentes.

Samir — Simples, eu cansei de todo mês ter que lhe bancar, então hoje é o último vez que lhe emprestarei dinheiro. Acabou a sua mordomia.

Amir — Irei falar com minha filha sobre isso!

Samir — faça o que quiser, nada me fará mudar de ideia. Afinal, o dinheiro é meu e não da sua filha.

Ele simplesmente saiu, pisando alto e praguejando algo, mas não dei nem moral, fui em direção ao carro onde minha mãe e Safira me esperavam, entrei no carro.

Só em ver a Safira toda a raiva que eu estava sentindo do meu sogro se foi, dou um sorriso para ela, que retribui logo. O carro começa a andar. Safira vai olhando toda a vista que vai passando pela janela, os seus olhos brilham com tudo, eu e a minha mãe sorrimos um para o outro com a empolgação dela.

Logo chegamos ao palácio, ela também estava igual a uma criança descobrindo o mundo.

Assim que adentramos na casa, a Hadassa vem descendo as escadas, vejo o safira a olhando com admiração. Mau sabendo ela que Hadassa não merece nenhuma admiração.

Hadassa — vejo que a minha paz acabou!

Samir — Hadassa não começa! Quero lhe apresentar.

Antes que eu possa terminar a frase, ela me interrompe.

Hadassa — eu não ligo para apresentação de ninguém, se me derem licença, tenho mais o que fazer.

Olho para Safira que estava sem expressão nenhuma, minha mãe está com uma cara de reprovação.

Samir — vou chamar uma das meninas para levar vocês aos seus quartos.

Zara — esqueça isso, meu filho.

Samir — Não se preocupe, mamãe, eu sei me resolver com a Hadassa.

Safira está perdida na conversa, chamo uma das meninas para as auxiliarem a se acomodar na casa, elas vão só indo às escadas.

E eu vou em direção à procura da Hadassa. A encontro na biblioteca lendo um livro.

Samir — Você poderia ao menos fingir ser simpática com a minha mãe e a Safira.

Falo, tomando o livro da sua mão com raiva, a mesma me olha com aquele olhar de deboche. Que é típico dela.

Hadassa — Não é segredo que sua mãe não gosta de mim, então só fiz o favor de não impor a minha presença a ela.

Ela fala, tomando o seu livro de volta e me deixando ali e vai saindo, mas quando chega na porta da biblioteca, ela se vira para mim e pela primeira vez na vida vejo um sorriso sincero em seus lábios.

Hadassa — escolheu finalmente a mulher certa para ser a sua esposa.

Ela fala e saí dali sem dizer mais nada, me deixando ali feito um besta sem entender o que acabou de acontecer aqui.

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