Saímos da casa do lago e voltamos para dentro do palácio, de onde seguimos para ir para o meu quarto quando ela abre a porta para me dar a visão de um quarto digno de uma princesa. Ali, fico estagnada, parada na porta do quarto, vejo ela dando um sorriso para mim, saio do meu pensamento quando escuto a sua voz.
Zara — venha conhecer o seu quarto e me diga se gosta, se quiser, podemos mudar algo que não goste.
Rapidamente, eu entro no quarto sem deixar de admirar tudo ao meu redor.
Safira — Obrigada, dona Zara, não precisa mudar nada, tudo é tão lindo que acho que nem mereço nada que está aqui.
Zara — Você merece, sim, tudo que está aqui e muito mais, minha querida. Enquanto eu estiver aqui, eu farei tudo para ver em seu sorriso que sua sempre me descrevia nas cartas que ela me enviava.
Ela fala, me abraçando com carinho. Eu já não consigo mais evitar, as lágrimas saem dos meus olhos molhados, o ombro da dona Zara. Mas a mesma não se importa, só me consola.
Depois de algum tempo chorando, ela me afasta um pouco, leva a mão no meu rosto, limpando os resquícios das lágrimas que recentemente caíram do meu rosto.
Samira — Muito obrigada, eu serei grata à senhora o resto da minha vida.
Zara — Vou deixar você descansar se precisar de mim, o meu quarto é o do final do corredor.
Ela fala, saindo do meu quarto, me deixando ali no meu quarto novo. A única coisa que eu podia fazer era agradecer à minha mãe por colocar a dona Zara em minha vida.
Os anos foram se passando, eu fui crescendo e aprendendo tudo que a minha tia Zara me ensinava. Ela me trata como da família dela, eu tinha liberdade para ir e vir e usufruir de tudo, mas eu só tinha uma regra para cumprir: eu não poderia sair do meu. Quarto quando tivesse homens aqui além do seu motorista. Que era o único homem que trabalhava nessa casa.
Eu nunca me importei com essa regra, então sempre que tinha um homem diferente na casa ou até o próprio filho dela, eu ficava no quarto trancado lendo os meus livros, só saía quando ela vinha em meu quarto e dizia que já poderia sair.
Mas confesso que, a primeira vez que o Sheik Samir veio visitar a tia Zara, fiquei curiosa em saber como o filho da tia Zara era. Então fiquei espiando pela janela, quando vi pela primeira vez seu rosto, a distância era lindo. Não consegui ver a cor dos seus olhos, mas se fosse azul cristalino igual ao da mãe dele, tenho certeza que combinaram perfeitamente com o seu rosto.
Sempre que ele vinha, eu ficava esperando ele chegar e, na hora dele ir embora, ver ele pela minha janela. e a cada vez que eu o via com o meu pequeno coração disparava mais e mais.
Hoje eu estava no meu lugar favorito em todo esse palácio quando a minha tia Zara vem se aproximando com seu sorriso que radiava, mas já dava para perceber o quanto ela estava cansada, coisa que tem sido recorrente esses dias.
Rapidamente largo o livro que estava lendo e vou ao seu encontro para ajudar para que não se canse.
Safira — tia Zara, sempre teimosa? Por que não mandou me chamar?
Zara — e perder a terceira visão mais maravilhosa que já vi em minha vida.
Safira — Nem vou perguntar quais seriam os outros dois porque já sei que não vai me responder.
Falo a ela a sentar na poltrona em que eu estava sentada, me sento ao seu lado.
Zara — O dia está tão lindo hoje! Não acha?
Safira — sim, realmente o dia está esplêndido.
Zara — Esses dias assim me trazem tantas lembranças dos piqueniques que fazia com meu esposo e com meu pequeno Samir ali no jardim.
Ela fala, olhando para o jardim com um leve sorriso.
Safira — a senhora sente falta dele, não é? Do seu esposo.
Zara — com todo o meu ser, quando o Zayan se foi, levou com ele uma parte do meu coração.
Vejo em seus olhos a tristeza e a dor da perda.
Safira — tia Zara! Posso te perguntar uma coisa?
Zara — Sim, minha querida.
Safira — como a senhora soube que amava o seu marido.
Zara — Eu me apaixonei pelo meu marido assim que o vi pela primeira vez, mas o amor veio da conveniência, logo percebi o quanto ele me completava.
Ela fala sorrindo, eu seguro em sua mão e ficamos ali conversando admirando a vista.
Zara — Estou cansada, você me acompanha para dentro, minha filha?
Safira — com todo prazer, tia.
Minha tia a cada dia demonstra mais cansaço, mas se recusa a procurar um médico. Já tentei conhecê-la várias vezes, mas a mesma é muito cabeça dura. Eu já até pensei em ligar para o Sheik Samir para ver se ele a conseguia a conversar, mas ela proibiu qualquer de avisar ele.
Tenho medo de que algo de aconteça com ela, acho que não estaria preparada para perder a única pessoa que cuidou de mim depois que a minha mãe se foi.
Estava tão perdida nos meus pensamentos quando escuto tia Zara rindo.
Safira — desculpe, tia, eu acabei me perdendo em meus pensamentos.
Zara — Não se preocupe, minha filha e só havia falado que iria subir para o meu quarto, descansarei.
Safira — não quer ajuda para subir as escadas?
Zara — Não precisa, eu estou bem.
Fico ali a observar ela subir as escadas e logo depois sumir pelo corredor, então depois vou em direção à cozinha para ajudar com o jantar da minha tia.
Mira — ela já foi se deitar, minha filha?
Safira — sim, ela está cada dia mais fraca! Ainda acho que devemos avisar o Sheik, eu acho que ele consegue a fazer ver um médico.
Mira — Tenho a mesma opinião, mas se fizermos isso, ela ficaria muito brava conosco.
Safira — vamos preparar algo para ela comer?
Mira me dá um sorriso e fazemos o jantar dela. Na verdade, a Mira prepara o jantar dela, eu farei a sua sobremesa, isso sempre anima.
Mira-marzipã, eu também quero safira!
Safira — Fiz bastante, pode chamar os outros para comer e irei levar um pouco com o jantar para a tia Zara, ela sempre se anima quando come marzipã.
Falo, saindo da cozinha, vejo Mira se deliciando com os marzipã que havia deixado para todos.
Saio dali rindo e vou em direção ao quarto da tia Zara, mas quando chego lá e abro a porta, a vejo caída no chão, corro até ela, meus olhos já estão embasados por lágrimas, mas ainda consigo ver que ela está respirando.
Safira — ALGUÉM AJUDA!
Grito o mais alto que posso, logo vejo algumas das servas aqui do palácio entrando rapidamente pelo quarto mira e a última a entrar no quarto.
Safira — alguém busque um médico, Mira, por favor avise o Sheik Samir.
Mira — mais, safira, a senhora Zara proibiu.
Safira — AGORA MIRA!
Eu sabia que ficaria brava por avisar o Sheik, mas ele e o seu filho deve saber o que está acontecendo com a sua mãe, se fosse eu também iria querer saber.
O meu medo de perde a tia Zara só aumentava a cada segundo que a via ali naquele chão desmaiada.
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Neide Landowski
Gostando muito de ler!
2025-02-25
0
Andreza Cristina Cunha
gostando muito da história 😍😍
2025-03-30
1
Lívia Maria Esf
Ela precisa de ajuda e urgente.
2025-02-20
1