Samir Ali.
Quando saí do quarto da minha, fui esperar o médico no escritório para saber o que tinha realmente acontecido com minha mãe.
Mas dos meus pensamentos não saí dos olhos de âmbar, ela realmente é jovem, formidável, como a minha mãe a manteve longe dos meus olhos.
Me sento na cadeira do escritório quando o meu telefone toca, olho a tela e vejo ser a minha digníssima esposa.
Samir — Hadassa, o que foi agora?
Hadassa — mande preparar quartos para nós. Eu e a minha família também estamos indo ver a sua mãe.
Samir — Desde quando você se importa com alguém, Hadassa. E você aqui não ajudaria em nada.
Hadassa — sua mãe está falecendo, como sua esposa, temos que estar aí para lhe dar apoio.
Quando ela fala que minha mãe está perecendo, me dá vontade de estrangular aquela mulher, mas é muito sem noção. Mesmo tendo toda certeza de que ela não deseja nem um pouco a recuperação da minha mãe.
Passo a mão pela cabeça, tirando o meu turbante.
Samir — Faça um favor para mim e para você mesma, não apareça na minha frente ou não responderei por mim, Hadassa.
Não deixo ela terminar de falar, desligo o telefone na cara dela.
Essa mulher consegue me tirar do sério somente em abrir a boca.
Escuto batidas na porta, então mando entrar, era o médico da minha mãe.
Samir — Então, como a minha mãe está?
Falo fazendo sinal para que ele se sente na cadeira que tinha frente à mesa. O médico me olha só pelo seu olhar, já sei que não gostarei do que ele tem a falar.
Médico — Senhor Sheik, eu creio que não poderei lhe dar boas notícias!
Samir — O que a minha mãe tem, doutor?
Pergunto já um pouco, alterando minha, tentando manter o controle dos meus nervos.
Médico — veja bem. Sheik, não tem como esconder, mas já tem um ano que a sua mãe foi ao meu consultório, nesse dia ela descobriu um câncer no pulmão.
Samir — A minha mãe sabia que tinha câncer há um ano! E não me falou nada?
Médico — Sua mãe é uma mulher muito teimosa, senhor Sheik, eu aconselhei muito, mas ela não me deu ouvidos.
Samir — Sei disso, doutor, mas comigo aqui ela não terá argumento. Me diga qual é o melhor tratamento para ela?
O médico me olha com pesar, me fazendo cair em mim. Minha mãe não fez tratamento porque não queria mais, sim, porque não teria.
Médico — Sinto muito Sheik, mas o câncer dela não tem tratamento, ele já estava muito avançado.
Samir — Primeiro o meu pai, agora a minha mãe, essa doença está levando todos que eu amo.
Médico — sei que sou só um simples médico, mas posso te dar um conselho?
Balanço a cabeça, concordando, ele se ajeita na cadeira e me olha dentro dos meus olhos.
Médico — aproveita o tempo que você ainda tem com ela, seja o filho que ela sempre se orgulha em falar no meu consultório.
Samir — Quanto tempo ela tem?
Médico — impossível dizer isso, meu sheik.
Samir — Obrigada por vir, doutor.
Falo me levantando e estendendo a mão para ele, que rapidamente se levanta e segura minha mão antes de sair, ele fala.
Médico — Senhor Samir, aqui não temos os recursos para que ela não sinta tanta dor, e melhor levá-la para a capital onde tem mais recursos.
Balanço a cabeça concordando com ele e o mesmo sai do escritório fechado a porta atrás de si.
Meu rosto agora está banhado em lágrimas, não consigo parar ela, eu não acredito que perderei minha mãe para o câncer, foi tão dolorido a perda do meu pai, mas eu tinha a minha mãe para me apoiar.
Mesmo ela também estando arrasada pela perda do meu pai.
Me sento no chão do escritório e permito as lágrimas caírem por um tempo sozinho. Após me recomponho, vou até o banheiro que tinha ali no escritório, passo uma água no rosto para tirar os vestígios das lágrimas que caíram pelo meu rosto.
Depois, subo as escadas novamente, indo em direção ao quarto da minha mãe. Assim que cheguei na porta, nem se quer bater, simplesmente abrir.
Minha mãe fazia carinho nos longos cabelos daquela bela mulher, seus cabelos longos e pretos combinavam perfeitamente com o seu olhar que me encantou assim que os vi.
Não sei por quanto tempo fiquei ali admirando e querendo ser eu a estar tocando, mas saí dos meus devaneios com a minha mãe, dando-me uma bronca para que eu me virei de costas. Antes de me virar, vejo a minha mãe pegando o Hijab da Safira e a entregando. Dava para ver o quanto a moça ficou sem jeito.
Me viro de costas com um sorriso no rosto e pensando que tudo nela me encanta de uma maneira que nunca imaginei na minha vida inteira que poderia acontecer.
Samir — peço desculpas por entrar assim sem bater.
Zara — Eu que tenho que pedir desculpas, meu filho, eu tinha me esquecido de que você estava em casa e tirei o Hijab da Safira. Pode se virar agora.
Ela fala, eu me viro em sua direção, vejo a minha mãe com aquele sorriso travesso no rosto, vejo que a dona Zara tirou o Hijab da moça na intenção de que visse os seus cabelos. Não sei se dou uma bronca na dona Zara ou agradeço.
Olho para a Safira, que está de cabeça baixa, volto a olhar para mim e balanço a cabeça em sinal de reprovação para minha mãe, mas a mesma nem dá moral.
Samir — Precisamos ter uma conversa séria, dona Zara.
Falo com a voz firme, minha mãe, ainda com um sorriso no rosto, olha para safira e depois para mim, percebo que ela não quer que safira escute a nossa conversa.
Zara — Safira, minha filha, enquanto converso com o meu filho, poderia trazer algo para nós dois comermos?
Safira — Claro, tia Zara, eu já trago.
A moça saiu fazendo uma reverência para mim enquanto ela passava por mim. Sinto o seu cheiro, que acho que agora é o meu perfume favorito.
Quando ela sai, volto a olhar para minha mãe, que está com o sorriso no rosto e me analisando, ela bate na cama para que eu me sente perto dela.
Assim faço, me sento, meus olhos se enchem de lágrimas novamente.
Samir — Por que você não me contou a verdade assim que descobriu, mamãe?
Zara — Vem aqui, meu menino.
Ela fala, me puxando para um abraço apertado, e eu começo a chorar feito um menino. Minha mãe faz carinho em mim como ela fazia quando eu me machucava quando eu era criança.
Zara — Não chora, meu príncipe, eu só não queria que você ficasse sofrendo durante um ano achando que eu fosse morrer a qualquer momento.
Samir — mas eu tinha direito de saber, mamãe, a senhora está há um ano sofrendo sozinha com essa doença. Sozinha, eu poderia estar aqui do seu lado, mamãe.
Zara — sei que você abandonaria tudo, meu filho, para me apoiar, mas não era isso que eu queria, meu filho.
Ela fala, me fazendo olhar em seus olhos e limpando as lágrimas do meu resto.
Zara — Me perdoa, meu filho, eu fiz isso por egoísmo meu, não queria ver você sofrer tudo de novo, o que sofremos com o seu pai.
Samir — a senhora sempre tentando me proteger, não mamãe.
Ela me dá um sorriso lindo que poucas vezes vi depois da morte do meu pai.
Zara — você é o meu príncipe, meu filho, eu sempre vou fazer de tudo para lhe proteger e lhe ver feliz, meu amor. Ela fala isso, me dá um beijo no rosto, um gesto que há muito tempo não sentia da minha mãe.
Samir — mas sabe que agora a senhora terá que ir embora comigo!
Zara — sei, mas não vou morar com a sua primeira esposa.
Samir — Mãe, aquele palácio é grande até demais, provavelmente a senhora nem cruzaria com a Hadassa.
Zara — não me interessa, não viverei com aquela mulher, então trate de achar outra casa para mim e minha Safira!
Samir — Samira irá com a senhora?
Falo com uma animação em minha voz, começo a rir.
Zara — claro que ela irá comigo, eu tenho muito apreço por ela, sem falar que me parece que ela já conquistou o seu coração.
Samir — Quem são os pais dela? Quero fazer uma proposta de casamento para eles.
Zara — Ela só tem a mim, meu filho, a mãe dela já se foi, o pai dela praticamente me vendeu ela como se ela fosse um objeto.
Quando a minha mãe fala isso, me deixa revoltado como uma pessoa pode se desfazer de uma filha assim como se fosse um objeto.
Samir — Então terei que pedir a mão da Safira, a senhora?
Zara — Sim e não.
Samir — Não intendi.
Zara — Só irei aceitar que você se case com Safira se ela me dizer que está tendo sentimentos por você.
Samir — E se ela não quiser?
Zara — mostre a ela quem é o Samir e não o Sheik que todos conhecem. Se você fizer isso, tenha certeza de que ela vai ter sentimentos por você.
Ela fala isso, se levantando com um sorriso satisfeito no rosto. Nessa hora, a porta é aberta por ela, que passa a safira com um sorriso lindo no rosto. Minha mãe sorriu para mim.
Ali sei que tenho que fazer de tudo para conquistar o coração dessa mulher.
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Vivi Mary
A primeira esposa vai infernizar a vida da Safira
2025-03-01
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