05 A escolha do coração

Zara

  Hoje acordei muito disposta e o meu dia só melhorou quando ele me disse que precisava de uma segunda esposa.

  Nunca escondi que não acho que Hadassa seja uma mulher para o meu filho. Desde que ele nasceu, ela nunca o olhou com afeto ou com carinho.

  Sou mãe dele e vi que ele só estava deslumbrado pela beleza dela, mas amor ou até mesmo carinho ele não sentia por ela.

  Eu tentei convencer ele a não fazer aquilo, mas ele já era um homem feito, então deveria fazer suas próprias escolhas.

  Mas hoje, quando ele falou de arrumar a segunda esposa dele, logo me veio à mente a minha doce safira, ela seria a esposa perfeita para meu filho.

  Meu amor por Sara é tão grande que não iria simplesmente obrigar ela a se casar com ele. Primeiro quero saber em como ambos se sentiram um perto do outro.

  Por isso, eu convidei o meu filho para vir conhecer a sua futura noiva, eu sei que aqueles dois vão se apaixonar pela primeira vez que se verem.

  Quando ele concordou, fiquei tão feliz que o coração não cabia no meu peito. Fiquei até mais disposta, tomei o meu café da manhã, no almoço belisquei um pouco mais e mais tarde fui atrás da minha pequena safira, ela estava na casinha do lago lendo um de seus livros.

  Sempre gostei muito de ver e ouvir safira lendo ali, era uma das minhas cenas favoritas que tinha guardado em minha mente.

  Passei o resto da tarde ali com ela depois de algum tempo e queria deitar e descansar. Esses últimos meses, eu tenho me sentido tão cansada.

  Quando adentro em meu quarto, eu já estava exausta, mas quando cheguei perto da cama, eu acabei por ser tomada por uma escuridão.

  Quando acordei novamente, estava meio atordoada, minha pequena safira estava aos prantos chorando ao meu lado.

  Zara — Por que está chorando, minha querida?

  Ela me olha com seus olhos cheios de lágrimas e me abraça tão forte.

  Safira — tia Zara, eu fiquei com tanto medo quando encontrei a Senhora caída no chão.eu achei que.

  Zara — Ei, minha pequena, eu estou bem.

  Safira — Não está, tia. A senhora está desmaiada há muito tempo, o médico já deve estar a chegar.

  Zara — Eu não quero ser atendida por nenhum médico.

  Nessa hora, a porta é aberta e o médico entra.

  Safira — tia Zara, por favor, deixar o médico a examinar.

  Zara — Não, o senhor pode ir embora, os seus serviços não serão necessários.

  Médico — desculpe, senhora Zara, mas recebi ordens bem claras do Sheik Samir para examinar a senhora.

  Zara — Quem avisou o meu filho?

  Falo gritando, pois eu havia dado ordens expressas que não era para ligarem para o meu filho. Se algo me acontecesse, vejo safira abaixar a cabeça.

  Safira — Desculpe, tia, fui eu que dei a ordem para avisar o Sheik, eu estava desesperada.

  Zara — Não devia ter preocupado Samir à toa com besteira, safira.

  Falo com a voz alterada, vejo a minha pequena abaixar a cabeça, respiro fundo, o médico o olha com tristeza, ali vejo que estou sendo injusta com ela, só estava preocupada comigo e eu aqui a maltratando.

  Zara — Me desculpa, safira, não devia ter falado dessa forma tão grossa com você, minha filha.

  Safira — Tia Zara, a senhora tem que deixar o médico lhe examinar.

  Zara — Eu não quero ser examinada, mande esse médico ir embora.

  Mau, termino de fechar a minha boca, a porta do meu quarto é aberta e por ela entra meu filho. Todos os olhos voltam para ele, mas o dele vai direto ao encontro dos olhos da safira.

  Ali vejo que o coração dele já fez a escolha e A escolha do coração da minha pequena safira não é diferente.

  Zara — Samir era para você vir no final de semana!

  Só ao ouvir a minha voz, ele parece sair do transe assim como a safira.

  Samir — Doutor, faça os exames da minha mãe agora mesmo. A senhora tem essa mania de ser tão cabeça dura.

  Zara — eu não quero Samir.

  Samir — ou a senhora faz os exames agora mesmo, ou a levarei embora e lhe internar no hospital até eu ter certeza de que a senhora está saudável.

  Zara — você é tão cabeça dura quanto seu pai.

  Samir — corrigindo, mãe, eu sou tão cabeça dura quanto a senhora.

  Zara — Safira, por favor, prepare o quarto do Sheik, com certeza ele não irá embora hoje.

  Vejo o Samir a olhar, esse olhar me faz lembrar do olhar apaixonado do seu pai.

  Safira — sim, Senhora, devo preparar o da sua esposa, senhor Sheik.

  Samir — não só o meu, a minha esposa não veio.

  Zara — Ótimo, então ficará até final de semana!

  Samir me responde que sim, mas seus olhos estão na minha pequena safira que está saindo do quarto toda desconcertada.

  Zara — vejo que gostou da sua futura esposa.

  Nessa hora, um sorriso que há muito tempo não via no rosto do meu filho.

  Samir — Depois falamos sobre isso, agora a senhora tem exames a fazer e doutor, assim que terminar, me encontre no escritório. Ele se aproxima de mim e me dá um beijo no meu rosto e sai do quarto, me deixando com o médico.

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