O vilarejo, que antes parecia apenas um local abandonado, agora se revelava um campo de batalha. Cada membro da equipe enfrentava desafios que testavam não apenas suas habilidades, mas também sua sanidade.
Shawdon encarava a criatura no porão, que rosnava com fúria enquanto uma energia pulsante emanava de seu corpo. Os olhos da entidade brilhavam em um tom vermelho intenso, e a cada passo que ela dava, a atmosfera parecia se tornar mais opressiva. Shawdon não hesitou.
Com um movimento fluido, ele empunhou sua lâmina negra, Umbra, e avançou. A criatura atacou, suas garras afiadas rasgando o ar. Shawdon desviou com uma precisão quase inumana, girando a lâmina em um arco que cortou uma das garras do monstro. Um grito ensurdecedor ecoou pelo porão.
— Você acha que pode me intimidar? — Shawdon murmurou, sua voz baixa e gélida. — Eu sou a sombra que devora monstros como você.
A criatura hesitou, mas apenas por um momento. Com um movimento rápido, ela saltou para o teto, suas garras cravando-se na madeira podre. Ela soltou um som gutural, e então, a energia ao seu redor se condensou, criando esferas de pura escuridão que foram disparadas contra Shawdon.
Ele ergueu Umbra, a lâmina absorvendo as esferas como se estivesse faminta.
— Interessante — ele comentou, seus olhos brilhando com uma intensidade perigosa. — Mas ainda não é o suficiente.
Com um movimento, Shawdon cortou o ar, liberando uma onda de energia negra que atravessou o porão, atingindo a criatura em cheio. Ela caiu ao chão, seu corpo se contorcendo em agonia antes de se dissolver em sombras.
— Uma a menos — ele disse, guardando a lâmina.
— Shawdon! — a voz de Elara ecoou do andar de cima. — Precisamos de reforços. Algo está errado!
Ele subiu as escadas rapidamente, encontrando Elara na entrada da casa. Seus olhos estavam arregalados, e sua pistola estava apontada para a rua. Lá fora, dezenas de formas nebulosas estavam se materializando, cada uma mais grotesca do que a outra.
— Isso é pior do que imaginávamos — disse ela, apertando o gatilho e disparando projéteis de energia contra as criaturas. — Elas não param de aparecer!
Shawdon observou as criaturas por um momento antes de apertar o comunicador em seu ouvido.
— Equipe, reporte. Temos uma infestação aqui. Precisamos recuar.
Dentro da igreja, o ar parecia mais denso, quase sólido. As paredes tremiam, e um som baixo e constante, como um murmúrio, preenchia o espaço. Seraphine estava de pé no altar, seus olhos fixos em um ponto brilhante no chão.
— Isso é um portal — ela disse, sua voz baixa. — Mas está incompleto.
— Incompleto ou não, eu não quero saber o que pode sair disso — respondeu Dante, segurando suas duas espadas curtas, que brilhavam com uma luz azulada. — Podemos fechar isso?
Antes que Seraphine pudesse responder, o portal começou a pulsar. Um braço monstruoso emergiu, seguido por uma cabeça desproporcional e cheia de olhos.
— É sempre assim, não é? — Dante suspirou, assumindo uma postura de combate. — Nada nunca é fácil.
— Você reclama demais — disse Seraphine, levantando sua mão direita. Um círculo mágico brilhou em torno dela, e uma lança de energia dourada se materializou. — Vamos acabar com isso.
O monstro saiu completamente do portal, seu corpo gigantesco preenchendo o espaço da igreja. Ele rugiu, e o som foi suficiente para fazer os vitrais se estilhaçarem.
Dante foi o primeiro a atacar, suas lâminas cortando o ar enquanto ele se movia com uma velocidade impressionante. Seraphine o seguiu, a lança dourada em sua mão brilhando intensamente enquanto ela atacava os pontos vulneráveis do monstro.
Mas a criatura era resiliente. Mesmo com os ataques precisos da dupla, ela parecia se regenerar a cada golpe.
— Isso não vai funcionar — disse Dante, recuando. — Precisamos de algo mais forte.
— Então cubra-me — respondeu Seraphine. Ela fechou os olhos, começando a recitar uma antiga invocação. A energia ao seu redor começou a crescer, criando uma pressão quase insuportável.
— Sempre a dramática — murmurou Dante, desviando dos ataques do monstro enquanto protegia Seraphine.
Quando ela terminou a invocação, um círculo mágico gigantesco apareceu sob os pés do monstro. Uma luz intensa preencheu o espaço, seguida por um som ensurdecedor. Quando a luz desapareceu, o monstro não estava mais lá.
— Resolvido — disse Seraphine, sua voz levemente ofegante.
— Por enquanto — respondeu Dante. — Vamos encontrar os outros.
Ava e Caden estavam na floresta, cercados por sombras que pareciam vivas. Caden empunhava um rifle de alta tecnologia, disparando contra as criaturas enquanto Ava manipulava as plantas ao seu redor, usando-as como armas contra os inimigos.
— Isso está ficando ridículo — disse Caden, recarregando sua arma. — De onde essas coisas estão vindo?
— Isso não importa agora. Apenas concentre-se em sobreviver — respondeu Ava, suas mãos brilhando com uma luz verde enquanto ela fazia uma árvore crescer e esmagar várias criaturas ao mesmo tempo.
Mas as sombras continuavam vindo, cada vez mais rápidas e agressivas.
— Não podemos continuar assim — disse Ava. — Precisamos nos reagrupar.
Caden assentiu, apertando o comunicador.
— Shawdon, estamos cercados. Precisamos de uma saída.
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Atualizado até capítulo 43
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