capítulo 15

Noite Sob as Estrelas

Depois de meses intensos de trabalho no café e do retorno definitivo de Miguel à vida de Rafael, o casal decidiu que era hora de se presentear com uma escapada romântica. Ambos precisavam de um momento apenas para si, longe das responsabilidades e da rotina.

Miguel fez as reservas secretamente, revelando os planos apenas na véspera.

— Rafa, arrume sua mala. Amanhã vamos viajar.

— O quê? Para onde? — perguntou Rafael, curioso.

— É surpresa. Só confie em mim.

Rafael sorriu, intrigado, mas adorava quando Miguel assumia o controle das coisas.

No dia seguinte, eles partiram de carro, dirigindo por horas até chegarem a um local mágico: uma cabana rústica em uma região montanhosa, cercada por florestas e com uma vista deslumbrante do céu estrelado.

— Miguel, isso é perfeito. — Rafael ficou encantado ao descer do carro e sentir o ar fresco e o silêncio ao redor.

— Eu queria algo especial, só para nós dois. Sem distrações, sem nada para atrapalhar.

A cabana era aconchegante, decorada com luzes suaves, velas e uma lareira que tornava o ambiente ainda mais acolhedor.

Depois de um jantar preparado por Miguel — uma combinação simples, mas deliciosa de massa com vinho tinto —, os dois decidiram aproveitar o terraço da cabana. Miguel havia preparado um espaço com almofadas e cobertores, além de um telescópio para observarem as estrelas.

— Lembra de quando falávamos sobre fazer algo assim? — perguntou Miguel, enquanto ajustava o telescópio.

— Claro. Sempre foi um sonho nosso. E agora estamos aqui. — Rafael o abraçou por trás, repousando o queixo no ombro de Miguel.

Os dois ficaram algum tempo em silêncio, observando o céu. Era como se o universo conspirasse para criar aquele momento perfeito para eles

Quando o frio da montanha começou a apertar, Miguel puxou Rafael para mais perto, cobrindo-os com um cobertor.

— Está frio? — perguntou Miguel, acariciando o rosto de Rafael.

— Só um pouco, mas acho que você pode me ajudar a me aquecer — respondeu Rafael, sorrindo maliciosamente.

Miguel não resistiu. Ele inclinou-se e o beijou profundamente, um beijo que transmitia toda a saudade acumulada e o amor que sentiam um pelo outro.

De volta à cabana, a intimidade tomou conta. A lareira crepitava, iluminando o espaço com uma luz dourada enquanto os dois se entregavam ao momento. Miguel, sempre atento, percorreu o corpo de Rafael com beijos suaves, como se quisesse memorizar cada detalhe.

Rafael, por sua vez, retribuiu com a mesma intensidade, envolvendo Miguel com carícias e sussurros. Cada toque parecia intensificar o calor que sentiam, como se o tempo tivesse parado apenas para eles.

— Eu te amo, Rafael — disse Miguel, com os olhos fixos nos de Rafael.

— E eu te amo mais do que qualquer coisa, Miguel.

A noite foi uma celebração do amor deles, uma lembrança de tudo que haviam superado juntos.

Na manhã seguinte, Rafael acordou primeiro. Ele ficou observando Miguel dormir, seu rosto tranquilo sob a luz suave do amanhecer.

— Bom dia — disse Miguel, ao abrir os olhos e perceber Rafael olhando para ele.

— Bom dia. Só estava pensando em como sou sortudo por ter você.

Miguel sorriu, puxando Rafael para mais perto.

— Nós somos sortudos. Agora, que tal começarmos o dia explorando a trilha que vimos ontem?

— Só se você prometer que a noite será tão boa quanto a última.

— Prometo — respondeu Miguel, com um sorriso travesso.

A viagem foi curta, mas renovadora. Ao retornarem à rotina, Rafael e Miguel estavam mais conectados do que nunca, prontos para enfrentar qualquer coisa que viesse pela frente.

A noite sob as estrelas tornou-se uma memória especial, um símbolo de que, não importa o que aconteça, eles sempre encontrariam o caminho de volta um para o outro.

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