Após o sucesso da coletiva de imprensa e o impacto positivo na opinião pública, Vitor percebeu que sua figura e a de Giulia haviam tomado proporções inesperadas nas redes sociais. No Twitter, milhares de fics, edits, e até mesmo memes começaram a surgir, transformando o ministro da Defesa e a presidente em protagonistas de um improvável "romance político".
Naquela noite, sentado em seu escritório, Vitor decidiu se render ao momento. Ele abriu o Twitter e, após navegar por alguns posts hilários e outros incrivelmente criativos, resolveu fazer algo que raramente fazia: interagir diretamente.
Ele digitou em sua conta :
@VitorBelluci
"Agradeço ao Twitter por transformar reuniões de gabinete e operações militares em verdadeiras novelas. Os edits são impecáveis, e as fics... bem, digamos que vocês têm imaginação de sobra.
O tweet imediatamente viralizou, acumulando milhares de curtidas, retweets e respostas.
Alguns dos tweets mais populares
1-@OutconextKpop
"Imagina o Vitor Bellucci lutando contra inimigos enquanto escuta K-pop, e depois a Giulia aparece pra curar as feridas dele... Ahhh, o ship é real!!!"
2-@Ficsandpop
"Vitor agradecendo pelas fics é a minha razão de viver agora. Próximo passo: ele narrando a cena do beijo que TODO MUNDO SABE QUE ACONTECEU. Estamos te esperando, ministro."
3-@Blackpinkstans
"Ministro Bellucci, qual sua música favorita do BLACKPINK depois de tratar o Antoine com ‘Kill This Love’? Queremos a resposta oficial!"
@OnlyGiulia
"Senhor Bellucci, você e a presidente formam o casal mais poderoso e apaixonante do país. Obrigado por inspirar a nação com competência e química absurda!"
Vitor riu enquanto lia as respostas, até mesmo as mais ousadas. Decidiu responder a algumas, sempre com o equilíbrio entre ser sério e manter o tom leve:
@VitorBellucci
"Nunca pensei que K-pop se tornaria parte das operações, mas admito que foi eficaz. Obrigado pelas sugestões musicais, equipe online."
E, em resposta ao tweet sobre o "casal":
@VitorBellucci
"Sobre isso, só posso dizer que reuniões de gabinete às vezes são... intensas. 😉"
O Twitter explodiu com especulações. A combinação do tom sério de Vitor com suas respostas enigmáticas só alimentou ainda mais o fascínio do público.
Enquanto isso, Giulia ligou para ele no fim da noite, rindo.
— Vitor, você está ciente de que acabou de virar uma celebridade ainda maior, certo?
Ele riu, relaxado pela primeira vez em dias.
— Tudo bem, Giulia. Se é isso que precisamos para unir o país, eu aceito o título de "protagonista de novela".
Ela suspirou, divertida.
— Só espero que o Twitter não descubra mais nada sobre nós... ou eles vão exigir uma segunda temporada.
Vitor sorriu, olhando para a tela do celular, onde outro tweet viral aparecia.
— Talvez já estejam escrevendo.
E assim, enquanto o país se recuperava das recentes turbulências, Vitor e Giulia encontraram um inesperado alívio no humor e na criatividade de seus admiradores online.
...****************...
A noite caiu sobre San Marc, trazendo um silêncio raro ao Palácio Presidencial. A maioria dos funcionários havia ido embora, deixando o prédio envolto em uma calma incomum. Giulia permanecia em seu gabinete, revisando relatórios sobre a operação que desmantelara a rede de Antoine. As luzes suaves iluminavam seu rosto, mas a exaustão estava estampada em seus olhos.
Uma batida suave na porta a fez levantar o olhar.
— Entre.
Vitor entrou, ainda vestindo seu uniforme formal, mas com o semblante mais descontraído do que o habitual. Ele carregava um envelope em mãos.
— Achei que você ainda estivesse aqui — disse ele, fechando a porta atrás de si.
Giulia sorriu levemente, recostando-se na cadeira.
— Não consegui ir embora. Precisava revisar tudo antes de amanhã.
Ele caminhou até a mesa dela, colocando o envelope sobre os papéis.
— Esses são os últimos relatórios da operação. Mariana pediu que você revisasse, mas posso garantir que tudo está em ordem.
Ela suspirou, passando a mão pelos cabelos.
— Obrigada, Vitor. Parece que o peso do mundo está finalmente começando a sair dos meus ombros.
Ele sorriu de lado, cruzando os braços.
— Você carrega muito mais do que deveria, Giulia. Ninguém pode fazer tudo sozinha.
Ela ergueu os olhos para ele, sentindo a intensidade em seu tom.
— Eu sei, mas às vezes é difícil confiar o suficiente para dividir esse peso.
Vitor se aproximou, parando ao lado da mesa, e sua voz ficou mais baixa.
— Mas você confiou em mim.
Giulia o encarou, os olhos dela encontrando os dele em um silêncio carregado de significado.
— Sempre confiei. Você é... diferente.
Ele deu um passo mais próximo, até que estivesse ao alcance dela. A tensão que sempre pairava entre os dois parecia mais palpável naquela noite, sem câmeras, sem assessores, sem o mundo para interrompê-los.
— Giulia — ele disse, sua voz quase um sussurro. — Tudo o que fiz foi por você. Não só como presidente, mas como... quem você realmente é.
Ela levantou-se lentamente, o olhar fixo nele.
— E você acha que eu não percebi?
Por um momento, nenhum deles falou. O espaço entre os dois parecia diminuir sem que nenhum deles se movesse. Finalmente, Giulia quebrou o silêncio, mas sua voz tremia levemente.
— Vitor, isso...
— Não tem a ver com o governo — ele completou, colocando uma das mãos no ombro dela, em um toque firme, mas cuidadoso. — Não é sobre política, nem sobre obrigações. É sobre nós.
Ela não respondeu com palavras, mas o modo como seu olhar suavizou e sua respiração ficou mais profunda dizia tudo. Vitor inclinou-se lentamente, dando tempo para que ela recuasse, mas Giulia permaneceu imóvel, até que seus lábios se encontraram.
O beijo começou hesitante, como se ambos estivessem experimentando um limite desconhecido, mas logo se tornou mais profundo, carregado de tudo o que haviam reprimido por tanto tempo. Não havia palavras para descrever o momento, apenas o som de suas respirações misturadas e o calor que parecia preencher o gabinete.
Quando finalmente se separaram, Giulia encostou a testa na dele, sorrindo levemente.
— Isso era para ter acontecido há muito tempo, não é?
Vitor riu, ainda segurando o rosto dela com as mãos.
— Talvez, mas acho que o momento agora foi perfeito.
Ela suspirou, voltando a olhá-lo nos olhos.
— E agora?
Ele sorriu, com uma expressão que misturava confiança e carinho.
— Agora, continuamos lutando juntos. Pelo país, pelo que acreditamos... e, quem sabe, por nós dois também.
Giulia assentiu, segurando a mão dele.
— Juntos,amor.
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O silêncio no gabinete era quebrado apenas pelo som suave da respiração de ambos. Giulia ainda estava próxima de Vitor, os dedos dela tocando levemente o colarinho do uniforme dele. O calor do momento parecia envolvê-los completamente, como se o mundo fora daquela sala tivesse desaparecido.
Vitor sorriu, inclinando-se levemente para ela.
— Sabe, Giulia... Você fica linda de qualquer cor. Mas vermelho combina muito mais com você do que esse off-white.
Giulia arqueou uma sobrancelha, divertida.
— Vermelho? Está insinuando algo, Bellucci?
Ele deu um passo para trás, fingindo analisar a roupa dela com atenção.
— Apenas uma observação. Vermelho é poder, paixão... tudo o que você representa.
Ela riu, balançando a cabeça.
— E você é cheio de discursos, como sempre.
Vitor riu também, mas em um movimento rápido, começou a desabotoar o casaco de seu uniforme. Giulia observava, surpresa, enquanto ele tirava a peça, revelando uma camiseta preta justa por baixo que moldava perfeitamente sua forma atlética. Ele a puxou por sobre a cabeça, deixando o torso exposto.
— Eu? Discursos? Talvez. Mas só quero que as ações falem mais alto agora — disse ele, com um sorriso malicioso.
Giulia cruzou os braços, olhando para ele com uma mistura de diversão e expectativa.
— E o que exatamente você planeja agora, ministro?
Ele aproximou-se novamente, desta vez tocando suavemente o ombro dela, onde o tecido do vestido estava perfeitamente ajustado.
— Bem, para começar... Onde está o zíper disso?
Giulia soltou uma risada genuína, colocando a mão sobre a dele para guiá-lo até as costas.
— Atrás, como a maioria dos vestidos, Vitor.
Ele deu um passo atrás para ter uma visão melhor, mas sua tentativa desajeitada de encontrar o zíper fez Giulia rir ainda mais.
— Você é melhor estrategista no campo de batalha do que com vestidos, pelo jeito.
— Bem, isso não é exatamente algo que eu treino, Presidente — respondeu ele, divertido, enquanto finalmente encontrava o pequeno zíper.
Com delicadeza, ele começou a deslizar o zíper para baixo, expondo a pele dela aos poucos. O riso de Giulia foi diminuindo, substituído por um silêncio carregado de tensão e expectativa. Quando terminou, ele tocou levemente as costas dela, sua voz baixa.
— Agora está mais equilibrado.
Giulia virou-se para ele, o vestido caindo levemente sobre seus ombros. Seus olhos se encontraram novamente, a intensidade crescendo mais uma vez. Ela sorriu, puxando-o pelo colarinho.
— Você é cheio de surpresas, Bellucci.
— Só para você, Giulia — respondeu ele, antes de beijá-la novamente, com uma paixão mais profunda do que antes.
O gabinete, normalmente um lugar de decisões e estratégias, agora se tornava um espaço onde duas almas finalmente se permitiam derrubar as barreiras que haviam construído.
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Vitor segurou o rosto de Giulia com as mãos, os polegares acariciando suavemente suas bochechas. Ele olhou para ela com uma intensidade que fez o coração dela disparar. Por um momento, ele ficou em silêncio, como se estivesse escolhendo cuidadosamente as palavras.
— Giulia... — começou ele, sua voz baixa, mas carregada de emoção. — Você não é apenas a mulher mais poderosa deste país. Você é uma força da natureza. Uma deusa.
Ela abriu um sorriso incrédulo, mas ele continuou antes que pudesse protestar.
— Não, estou falando sério. Você comanda uma nação inteira, enfrenta inimigos, resolve crises... e ainda tem esse olhar que poderia derrubar qualquer um, inclusive eu.
Giulia riu levemente, mas havia um rubor em seu rosto.
— Vitor, eu acho que você tem treinado muito bem esses discursos sedutores.
Ele sorriu, inclinando-se um pouco mais para perto, seus lábios quase roçando os dela.
— Não preciso treinar nada, Giulia. Você me inspira mais do que qualquer coisa.
Antes que ela pudesse responder, ele deslizou as mãos para os ombros dela, puxando delicadamente o tecido do vestido, que caiu um pouco mais, expondo sua pele. Ele a encarou novamente, seus olhos escuros brilhando com uma mistura de desejo e admiração.
— Você sabe o que está fazendo comigo, não sabe? — perguntou ele, a voz ganhando um tom mais rouco e provocador.
Giulia respirou fundo, mas manteve o olhar firme no dele, desafiando-o.
— E o que exatamente eu estou fazendo?
Vitor sorriu de lado, aquele sorriso que ele sabia que a deixava desarmada.
— Me deixando completamente sem controle. E você adora isso, não é?
Ele deslizou os dedos pela cintura dela, puxando-a suavemente para mais perto. Seu tom agora era ao mesmo tempo carinhoso e carregado de malícia.
— Você pode comandar o país, Giulia. Mas aqui, comigo... é onde eu faço questão de mostrar que não sou só um ministro obediente.
Ela arqueou uma sobrancelha, desafiando-o.
— E o que você é, então, Bellucci?
Ele se inclinou até seus lábios estarem a milímetros dos dela, o calor entre eles crescendo a cada segundo.
— Sou o homem que vai passar o resto da noite te provando que você é tudo o que eu sempre quis.
Giulia nem tentou resistir. Quando ele a beijou novamente, foi com uma paixão desenfreada, como se ambos tivessem esperado anos por aquele momento. Vitor a guiou para mais perto, suas mãos explorando com cuidado e reverência, mas com a confiança de alguém que sabia exatamente como seduzir.
Entre risos, toques e sussurros, ele continuou provocando-a com palavras, mas agora elas vinham entrecortadas pelos beijos intensos.
— Você é incrível... — murmurou ele. — E eu sou só um homem completamente rendido a você, Giulia.
Ela sorriu contra os lábios dele, puxando-o ainda mais perto, enquanto o vestido finalmente deslizava para o chão.
— E eu? Acho que finalmente encontrei meu igual, Vitor.
A noite no gabinete se transformou em algo mais íntimo, mais real, onde o poder e as barreiras desapareceram, dando lugar a duas almas que finalmente se encontram em sua essência mais pura.
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O dia seguinte amanheceu com um clima tranquilo no Palácio Presidencial. Giulia e Vitor estavam no escritório privado dela, sentados lado a lado no sofá. Após a intensidade da noite anterior, havia uma nova leveza entre os dois, como se um peso invisível tivesse sido retirado de seus ombros.
— Você sabia que estamos viralizando no Twitter? — disse Giulia, segurando o celular com um sorriso divertido.
Vitor riu, cruzando os braços.
— Depois dos meus tweets, era de se esperar. O pessoal online tem uma criatividade absurda.
Ela rolou a tela, mostrando alguns dos tweets e fics mais populares.
— Aqui, olha esse. É uma história sobre como você me salvou de um atentado em um evento internacional, e acabamos nos escondendo em uma sala secreta... onde tudo aconteceu.
Vitor arqueou as sobrancelhas, inclinando-se para ler.
— “Bellucci a pegou pela cintura, protegendo-a com seu corpo musculoso, enquanto as balas passavam perto. ‘Você está segura comigo, Giulia’, ele sussurrou, seus lábios quase roçando os dela...” — ele riu, balançando a cabeça. — Musculoso, hein? Acho que subestimaram meus braços.
Giulia gargalhou, empurrando o ombro dele levemente.
— Certo, mas olha essa parte: “A presidente sabia que não devia, mas naquele momento viu em Vitor mais do que um ministro. Viu o homem que sempre esteve ao lado dela, pronto para enfrentar qualquer coisa. E então, sem pensar, ela o beijou...”
Ela parou de ler, e ambos ficaram em silêncio por um momento, até que Vitor olhou para ela com um sorriso malicioso.
— Bom, essa parte não está tão errada, não é?
Giulia sentiu o rosto esquentar, mas não desviou o olhar.
— Talvez... eles acertaram mais do que imaginam.
Vitor pegou o celular dela, deslizando até outro tweet que chamava atenção.
— Olha esse: “Giulia e Vitor têm encontros secretos no gabinete dela, onde discutem ‘política’ de uma forma muito mais intensa. Eles pensam que ninguém sabe, mas o olhar que trocam no Palácio diz tudo.”
Ela riu, mas mordeu o lábio, tentando esconder o quanto aquela fic era próxima da verdade.
— Eles realmente não deixam passar nada, não é?
Vitor se inclinou um pouco mais perto, com aquele sorriso que ela já sabia que significava problemas.
— Giulia, admita: algumas dessas histórias são quase biográficas.
Ela tentou manter o tom sério, mas a proximidade dele e o brilho em seus olhos tornaram impossível.
— Talvez elas exagerem um pouco. Mas... algumas coisas, sim, têm um fundo de verdade.
Ele riu, balançando a cabeça.
— Fundo de verdade? Giulia, metade dessas fics parece ter sido escrita por alguém escondido no gabinete ontem à noite.
Ela riu junto com ele, e, por um momento, ambos esqueceram suas posições, suas responsabilidades. Era apenas eles dois, rindo das histórias absurdas, mas ao mesmo tempo sentindo o quanto algumas ressoavam profundamente.
Vitor passou um braço ao redor dela, puxando-a levemente para perto.
— Quer saber? Acho que eles sabem mais sobre a gente do que admitimos.
Giulia o olhou, os olhos brilhando com a mistura de humor e ternura.
— Talvez. Mas o que eles não sabem... é que a melhor parte da nossa história está acontecendo agora.
Ele sorriu, tocando o queixo dela suavemente.
— E acho que essa parte vai dar muito trabalho para eles imaginarem.
Os dois riram, mas o sorriso deles, logo transformou-se em algo mais, enquanto compartilhavam um olhar que dizia tudo o que as palavras não conseguiam expressar? O que era apenas ficção para os outros estava se tornando a mais bela realidade para eles.
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Atualizado até capítulo 27
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