...❤️Mei❤️...
Eu estava bem perto da cidade onde ficava o prometido da minha amiga Yuna. Na verdade, eu estava visitando uma amiga de outra alcateia, Zoe Miller. A casa dela era simples, mas aconchegante, com móveis rústicos e um aroma constante de ervas que ela cultivava no jardim. Eu estava sentada no sofá, aproveitando um raro momento de tranquilidade, quando meu telefone tocou.
No início, não reconheci a voz do outro lado da linha. Ela era de um garoto, hesitante, quase tremendo. Franzi o cenho e perguntei diretamente:
— Quem está falando?
Depois de alguns segundos de silêncio, ele respondeu:
— Por acaso, quem está nessa linha é a Mei Hill Black?
— Sou eu, sim. Por que está gaguejando, garoto? — perguntei, tentando manter a calma diante do nervosismo evidente.
Ele respirou fundo antes de continuar:
— Algo ruim aconteceu. Uma pessoa me deu este número e disse para ligar para você se acontecesse...
— Continue. Quem foi que te deu o número? — minha voz ficou mais firme, o coração começando a acelerar.
— A pessoa que me deu este número foi Selene.
Ao ouvir aquele nome, um arrepio percorreu minha espinha. Minha mente começou a considerar as possibilidades, nenhuma delas boa. Minha próxima pergunta saiu quase como um sussurro:
— O que está acontecendo? Aconteceu alguma coisa com o Dante?
Do outro lado da linha, ouvi um suspiro pesado e, em seguida, uma resposta que me gelou por completo:
— Sim. O meu irmão mais velho foi sequestrado por uma daquelas feras. Selene foi atrás dele, mas está todo mundo preocupado.
Fechei os olhos por um momento, tentando controlar a raiva que começava a ferver dentro de mim. Respirei fundo antes de responder:
— Tudo bem. Me passa as coordenadas certinhas de onde vocês estão.
— Estamos na casa... na casa da família Li — ele disse, com a voz quase falhando.
Um sorriso frio passou pelos meus lábios.
— Não se preocupe, eu sei onde é. Já estou indo.
Sem esperar por mais nada, desliguei o telefone. Levantei-me rapidamente, agradeci brevemente a Zoe pela hospitalidade e saí pela porta como um borrão. Sendo uma vampira, não demorou muito para que eu chegasse ao meu destino.
Chegando à Casa da Família Li
A propriedade era exatamente como eu lembrava: cercada por árvores altas e densas, com a luz do luar mal conseguindo penetrar pela folhagem. Quando bati à porta, fui recebida por um grupo de rostos ansiosos. Entre eles estava um homem mais velho, que claramente era o líder. Ele se aproximou e se apresentou:
— Meu nome é Aiden.
Sem perder tempo, ele começou a explicar:
— Eles foram para aquela floresta, lá na frente. Há uma clareira onde fica uma cabana antiga. Selene foi atrás deles na forma de lobo, mas já faz algum tempo. Ela provavelmente já iniciou uma luta.
Assenti, compreendendo a urgência da situação. Antes de sair, Aiden e os outros pareciam prontos para me acompanhar, mas levantei a mão para detê-los.
— Não. Eu não vou precisar. Fiquem aqui e cuidem do jovem Kang. Yuna não quer que nenhum dos dois irmãos tenha sequer um arranhão.
Eles hesitaram, mas concordaram. Sem olhar para trás, desapareci na escuridão da floresta.
A Busca pela Clareira
O cheiro repugnante de sangue misturado com algo pútrido logo atingiu meu olfato, e eu o reconheci imediatamente. Uma raiva sombria tomou conta de mim enquanto sussurrava para mim mesma:
— Então, quer dizer que aquela vadia da lobisomem Tory Nicoos está aqui... Aquela que tentou matar nossa líder. Vamos ver o quão forte ela está agora para enfrentar alguém como eu.
Esses pensamentos me mantiveram focada enquanto corria, desviando das árvores com uma agilidade sobrenatural.
Quando finalmente cheguei à clareira, a visão que encontrei me irritou profundamente. Selene estava toda ensanguentada e mal conseguia se manter de pé. Usando suas últimas forças, ela tentava atacar. Diante dela estavam duas mulheres: uma delas era Lisa, a própria irmã de Selene, e a outra era Tory. Atrás delas, vi Dante se remexendo, preso sob uma fera que já estava morta.
Minha voz saiu como um murmúrio enquanto caminhava para a frente:
— Selene... veja só a bagunça que você se meteu. Me desculpe pela demora.
As duas mulheres voltaram seus olhares para mim, seus rostos estampados com surpresa e desprezo. Olhei diretamente para Tory e, com um sorriso frio, disse:
— Olá, Tory. Já faz alguns meses que não brincamos, não é?
Tory riu com desdém.
— Então você veio, Mei. Você é diferente, mas isso só significa que vai durar menos.
Eu ri de volta, cruzando os braços.
— Se você não calar a boca, essa será nossa última brincadeira.
Com um simples movimento de mão, usei uma magia silenciosa para derrubar Lisa, que caiu desmaiada no chão. Depois, apaguei os sons ao nosso redor com um feitiço para garantir que ninguém mais interferisse.
Fixei meus olhos em Tory novamente e murmurei:
— Você está mexendo com a pessoa errada. Das outras vezes, eu estive brincando com você, pois ainda não era hora de te matar. Mas você mexeu com ele... o prometido da minha amiga.
O chão começou a rachar sob meus pés, e as árvores ao redor estalaram como se fossem quebrar. O vento ficou mais forte, soprando ao redor da clareira.
— Nunca mais chegue perto dele.
Tory parecia prestes a fugir, mas ergui a mão.
— Espere. Antes de você correr, quero perguntar algo: por que você odeia tanto eles? Sei que você matou as outras reencarnações de cada um. Por quê?
Tory hesitou, mas respondeu:
— Porque a primeira reencarnação deles... Jihoon Kang e Sora Kim. Eu os odiei. Sora era minha irmã. Meu nome também era Kim, e sabe por quê? Porque Jihoon preferiu a Sora ao invés de mim. Eu odiava vê-los felizes. Então, eu os matei. Mas uma fada me amaldiçoou para viver eternamente com o peso do que fiz.
Eu ri, cheia de sarcasmo.
— Tudo isso porque você se apaixonou pelo noivo da sua irmã? Que garota fútil.
Ela rosnou, mas eu não recuei.
— Vai embora, Tory, antes que eu mude de ideia. Leve Lisa com você, mas diga a Felipe que em breve eu vou conhecê-lo.
Sem mais palavras, Tory desapareceu na mata com Lisa.
Resgatando Selene e Dante
Ajoelhei-me ao lado de Selene, cortei minha mão com uma faca e deixei algumas gotas de sangue caírem em sua boca. Lentamente, ela começou a se recuperar. Juntas, levamos Dante de volta à casa.
Quando chegamos, o alívio foi visível nos rostos de todos. Sorrisos e lágrimas se misturaram enquanto eles abraçavam Dante. Fiquei em
Silêncio, observando, com a sensação de que a batalha estava longe de terminar.
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Atualizado até capítulo 69
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