"O Ritual do Equilíbrio: O Feitiço da Última Esperança"

...❤️Yuna❤️...

Estávamos todos ali, reunidos, prontos para realizar o feitiço. Cada um de nós tinha se preparado e trazido o que era necessário para completar o ritual. Sabíamos que o sucesso dependia da precisão de cada ingrediente, e eu podia sentir a tensão no ar. A primeira coisa que precisávamos era do sangue de um vampiro, e não qualquer vampiro - ele deveria ter pelo menos 100 anos de vida. Depois de algum tempo, conseguimos esse sangue de um velho amigo, ou talvez nem tanto amigo, já que a nossa relação sempre foi marcada por tensões e desentendimentos. Mas, ao fim, ele concordou em nos ajudar. Ele tinha 250 anos, o que era mais que suficiente para que seu sangue fosse forte o bastante para o feitiço. O nome dele era Luke Saltimen. Ele não gostava muito da ideia, mas sabia que era o único jeito de ajudá-los.

Em seguida, precisávamos do sangue de um lobo. Não demoramos muito para conseguir, pois tínhamos um amigo de uma alcateia que se localizava em Wisconsin. Nico Allen, um lobo de coração generoso, deu-nos seu sangue sem hesitar. Ele sempre foi uma presença tranquila, confiável e leal, e sabia da importância daquele momento. Ele não questionou e se dispôs imediatamente a ajudar, sabendo que isso fazia parte de uma causa maior que envolvia todos nós.

A última parte era um pouco mais simples, já que Jia, uma de nossas mais poderosas amigas, era uma bruxa pura. Jia era conhecida por sua habilidade em conjurar feitiços complexos e, por ser pura, seu sangue era considerado essencial para anular qualquer tipo de magia obscura. Ela já havia se sacrificado tantas vezes para nos ajudar, e eu sabia que esse feitiço não seria diferente. Sua energia parecia se misturar naturalmente com as forças da natureza ao seu redor. Não demorou para que ela estivesse pronta e o sangue fosse coletado.

Agora que tínhamos todos os ingredientes necessários, precisávamos combiná-los com duas plantas poderosas. A primeira, a erva Moura, tinha a capacidade de amplificar a magia e a força dos feitiços, enquanto a segunda, o acônito, tinha o poder de cortar qualquer magia negativa e extinguir forças malignas. Eu observei cada detalhe enquanto misturávamos tudo cuidadosamente, cada gota de sangue e cada folha de planta sendo colocada no caldeirão com precisão.

Com os ingredientes misturados, estava na hora de conjurar o feitiço. Nós sabíamos que o feitiço era poderoso, mas perigoso. Ele exigia concentração total de todos nós. Quando tudo estava preparado, Jia tomou a frente e começou a recitar as palavras antigas, palavras que ecoaram pelo ar com uma energia indescritível, como se o próprio espaço ao nosso redor estivesse sendo alterado pela força da magia. O feitiço dizia assim:

..."Que a sombra se desfaça, que o véu da noite se rompa,...

...Que tudo o que é treva, sem remorso, se destrua....

...Que o que causa destruição se desfaça em pó,...

...E que a dor da morte seja exilada em seu próprio abismo....

...Pois a morte, embora traga paz, também carrega o lamento dos vivos,...

...Como a lâmina que corta e a flecha que perfura,...

...Este feitiço erradicará o mal, a magia sombria,...

...Tirando-lhe a essência, dissolvendo-lhe o poder,...

...E restaurando o equilíbrio entre a luz e a escuridão."...

As palavras reverberaram em nossa mente, e senti o poder fluindo ao redor de nós. O caldeirão brilhava, e o ar parecia se distorcer, como se o próprio tempo estivesse sendo puxado para outro lugar. O feitiço não era apenas uma simples conjuração, era um ato de equilíbrio entre a vida e a morte, de destruição e renovação. Ele representava a luta contra aquilo que era corrompido e sombroso, e ao mesmo tempo, trazia uma promessa de paz. Ao terminar as palavras, o ar ao nosso redor ficou pesado, como se o feitiço tivesse encontrado seu alvo.

Agora, tudo estava em nossas mãos. Com a combinação de nossos sacrifícios, as plantas, os sangues e as palavras antigas, esperávamos que o feitiço fosse suficiente para destruir a magia obscura que se aproximava. Eu só esperava que fôssemos capazes de controlar as consequências desse feitiço e que ele realmente destruísse o que estava nos ameaçando. O silêncio tomou conta do ambiente por um momento, antes que todos nós começássemos a observar atentamente os efeitos do feitiço, aguardando a resposta de algo tão poderoso quanto o que havíamos acabado de lançar.