Perigo

...Sebastian:...

Estava no castelo, resolvendo algumas situações. O rei era complicado de lidar, mencionava constantemente a quarta princesa. Sinceramente, estava aguentando apenas porque é necessário.

...— Fique para o almoço! Tenho certeza que conseguirá encontrar o que deseja por aqui. — o que desejo? Provavelmente deve estar com ideias erradas....

...— Aceitarei. — por hora, era melhor deixá-lo pensar o que quiser, pois seria uma ótima distração para que tudo ocorra bem....

...— Ótimo, vou mandar prepararem algo especial! — disse ao rei que daria uma volta pelo castelo....

Normalmente não aparecia por aqui com frequência, pois particularmente odeio esses membros da realeza. Agora, para começar uma nova história nesse país, eram necessários sacrifícios. Estava me esforçando pelo povo que tanto sofre nas mãos dessa tirania. Atualmente, grande parte das pessoas odiavam a família real, principalmente os plebeus. Até mesmo os nobres estavam insatisfeitos, pois o rei não é um bom governante.

...— Não tenha pena de Arabella, se o professor a trata assim, é porque merece! — passei pelas princesas....

...— Mas, não acha estranho? Ele passou a aula inteira olhando-a estranhamente. Me assustou. — elas pararam de falar quando me viram....

...— Duque, que prazer vê-lo. — elas me reconheceram, pois participei do almoço no dia anterior....

...— É uma honra reencontrá-lo, lembra de mim? Sou a sexta princesa, Anelise. Esta é a minha irmã, a sétima princesa, Alicia! — ambas sorriam para mim....

...— Sim, me lembro. — as intenções delas eram claras, estavam tentando chamar minha atenção. — Acabei ouvindo um pouco da conversa, mencionaram a oitava princesa, estou certo?...

...— Está certo, estávamos falando sobre ela. Arabella é desatenta, o professor pediu que ela ficasse, pois não prestou atenção na aula. — mas elas pareciam estranhas....

...— Tenho curiosidades sobre a princesa, já que não a vi ontem. Soube que estudam perto do salão da assembleia, estarei passando por lá, espero vê-la. — elas se olharam, mas não disseram nada....

Me despedi, e segui em direção ao lugar, Estava com um pressentimento estranho. Chegando à entrada do corredor, me deparei com a quarta princesa, que estava parada, claramente fingindo estar lendo. Ao me ver, ela a princípio pareceu nervosa, mas logo ficou com sua expressão ‘’apaixonada’’ habitual.

...— Duque! — ela agarrou meu braço....

Me afastei, mas mesmo assim ela continuou muito perto.

...— O que faz aqui? Não tem assembleia hoje. Por acaso... está procurando por alguém? Normalmente não vem aqui tantas vezes, já é o segundo dia que nos honra com sua presença! — ela também está com pensamentos estranhos, assim como o rei....

...— Tenho algumas coisas a resolver. Com sua licença-... — ela ficou na minha frente....

...— Duque, por que não vamos tomar chá juntos? — já havia entendido tudo....

A quarta princesa tramou algo contra a sua irmã. Provavelmente tinha haver com o professor.

...— Sinto muito, mas não posso. — passei por ela, que começou a me seguir desesperadamente....

...— D-Duque! Espere apenas alguns minutos, vamos juntos ao jardim? Será rápido! — ela tentou segurar o meu braço, mas afastei sua mão....

Ela continuou me seguindo, foi quando escutei barulhos e gritos abafados. Dentro da sala, não podia-se ouvir tanto, mas eu sabia que era ela, a oitiva princesa. Bati na porta, tentando força-la a abrir.

...— D-Duque, não é nada, por favor venha comi-... — me virei para ela....

...— Não preciso de suas falsas explicações! Quarta princesa, lhe darei três minutos para me entregar a chave e desaparecer da minha frente! Se não o fizer, tenha certeza que direi o que aconteceu aqui, e tenha certeza que minha palavra será mais valorizada que a sua. — como o rei via suas filhas como mercadoria, seria uma perda para ele se sua filha perdesse a pureza, então a quarta princesa passaria por uma punição rigorosa....

...— ... — meu olhar de desprezo foi o suficiente para que ela saísse à procura da chave....

...— SOCORRO, POR FAVOR! — a voz da princesa gritando em desespero, me deixou com mais raiva da situação....

Merda, onde está a quarta princesa?

Escutei um barulho de chaves, alguém estava tentando abrir a porta por dentro, então, escutei um barulho de vidro quebrando. Nesse momento, a princesa chegou com a chave.

...— Aqui está... — ela estava tremendo....

...— Desapareça daqui, manterei isso em segredo, pois sei que seria capaz de manchar a situação de sua irmã. — se ela ficasse, e confirmasse que algo aconteceu, não teria como evitar os rumores, mesmo se a ameaçasse, porque a princesa é traiçoeira....

Porém, se apenas eu visse o estado dela, teria como impedir que soubessem caso tivesse chegado tarde para salvá-la. Hesitando, ela saiu, e eu destranquei a porta.

Ela estava caída no chão, com um machucado na cabeça. Aquele homem estava prestes a fazer algo com ela, nesse momento, avancei sobre ele, jogando-o longe dela.

...— Quem te deu o direito de tocar na minha mulher? — Arabella é minha......

...— D-Duque, eu-... — peguei a adaga que sempre carregava, e o forcei a colocar a língua para fora....

Arranquei a língua dele, para que não pudesse falar. Assim, enquanto eu levava a princesa de volta, ele não poderia dizer calúnias sobre ela. Perfurei a perna dele, para que não conseguisse fugir. Ele gritou de dor, e eu fui até ela.

Parece que não chegou a fazer realmente, ainda bem.

Enquanto aquele idiota gritava de dor, peguei o espartilho e coloquei de volta nela, sem apertar. Arrumei seu vestido, e verifiquei se não tinham marcas. Peguei-a no colo, e tranquei a porta para que ele não pudesse sair, claro que também levei a chave que estava caída.

Não tinha certeza do lugar que era o quarto dela, então não tive escolha a não ser pedir por ajuda imediata a primeira pessoa que encontrei no corredor. Um servo me guiou até o quarto ela, coloquei-a na cama. Enquanto o servo saiu para chamar o médico, verifiquei mais uma vez as roupas dela, para ter certeza que não parecesse que ele chegou a tirá-las. Apesar de não ter acontecido, a sociedade julgaria, pois, nem mesmo eu teria como provar que ele não a tocou, a menos que fizesse o teste de castidade diante de todos. Nesse reino, os testes eram feitos com a presença dos pais da senhorita, e alguns nobres, principalmente junto a família do noivo, caso esteja comprometida. Uma parteira verifica e diz o veredito, apesar de não ter certeza como funciona, é uma humilhação para qualquer mulher.

...— O médico está aqui. — ele entrou....

...— Por favor, diga ao rei e à rainha que preciso de uma reunião privada com os dois, agora! — então o servo saiu novamente....

O médico examinou a princesa, que estava desacordada.

...— Ela vai ficar bem, não se preocupe. — após ter certeza disso, eu saí para encontrar o rei....

Como era um pedido meu, ele não negaria uma audiência repentina, perto do horário de almoço.

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