Tentativa

Quase caí para trás, mas ele me segurou. Foi tão clichê que fiquei extremamente envergonhada.

...— Acho que a senhorita lê muitos romances, não é? — pior que é exatamente o contrário....

...— I-Isso não foi proposital, foi apenas repentino ver seu rosto, depois do que aconteceu. — talvez tivesse sido melhor se eu não relembrasse aquilo....

...— Pelo visto não esqueceu, isso é bom, porque pensei na princesa durante toda a noite. Inclusive, esse cara aqui também. — ele puxou minha mão, colocando-a em suas partes íntimas....

...— Por que essa coisa está alterada? — fiquei assustada....

...— Talvez... por que a princesa seja do meu interesse? — do que esse homem maluco está falando? Será que ele também quer me comprar?...

...— Isso está fora de cogitação. Por favor, se identifique! Não estou aqui para brincadeirinhas. — tentei manter a calma....

...— Reinan, é meu nome. — ele disse, com um sorriso no rosto....

...— Sobrenome? De que família é? Está muito bem vestido para mentir que é apenas um empregado do palácio. — estava desconfiando desse homem....

...— Realmente não trabalho aqui. Estou aqui porque tinha negócios para resolver. E sobre minha família, não vou lhe dizer. Se quiser confiar em mim, seria bom, mas se não quiser, minha linda princesa, garanto que será a senhorita que estará perdendo! — chegando mais perto da minha orelha, sussurrou: — Posso fazer bem melhor do que ontem, ir mais longe, onde meus dedos não alcançaram....

Sua voz sedutora me fez perder a compostura. Foi nesse momento que percebi que estava completamente fraca a um homem que nem sequer conhecia. Seus olhos me seduziram, deixando-me presa a eles. Completamente perdida, não sabia o que dizer. Não era como se meu corpo não estivesse ansiando por seu toque, mas, eu tinha juízo o suficiente para saber que seguir as palavras dele poderiam estragar minha vida por completo.

...— Às vezes, é melhor ir pelo certo, do que o duvidoso. Desculpe-me, mas estou me retirando nesse momento! — então, ele me abraçou por trás....

Sua boca chegou perto do meu ouvido, senti língua passar de relance no meu pescoço. Todo meu corpo arrepiou, e ele sussurrou:

...— Entendo, minha bela princesa! Vejo você em outra ocasião. — ele se afastou de mim....

Me virei, vendo-o se retirar. Estava me sentindo uma idiota por gostar das coisas que ele estava fazendo comigo. Saí apressada para o meu quarto, dispensei a serva e me joguei na cama.

...— Não, por que estou me deixando levar? — estava com desejo de que me tocasse....

Passei a mão de relance por cima de mim mesma, lembrando-me da sensação de quando suas mãos me tocaram. Por pouco, quase fiz algo que não deveria, tocar-me, mas minha consciência me trouxe de volta a razão. Mais uma noite, dormi bem pouco. No dia seguinte, me arrumei, e meu café da manhã chegou.

Era a única refeição que não nos obrigavam a fazer juntos. Minha serva deixou na entrada do meu quarto, e saiu. Como já estava acostumada, peguei logo, antes que Mérida aparecesse, chutasse ou colocasse algo.

...— Quando essas humilhações vão acabar? — me perguntei, enquanto me alimentava....

Depois disso, fui para minhas primeiras aulas do dia. Não estava recebendo, por conta das preparações da estreia. Apesar de aprendermos a ser submissas, também somos ensinadas sobre economia e outras coisas, isso porque se casarmos com alguém de título alto, precisaremos saber lidar com propriedades, isso se não formos a primeira esposa.

...— Alicia, Anelise, podem se retirar. Arabella, está muito desatenta, precisamos conversar! — meu professor implicante, de alguma forma, ele sempre conseguia uma desculpa para reclamar comigo....

Minhas irmãs saíram, e ele foi até a porta repentinamente, trancando-a. Estava estranho, parecia algo errado.

...— Soube haver alguém importante interessado em você. — ele começou a me rodear....

...— Professor, se tentar algo, vou gritar! — ameacei....

...— Grite, ninguém virá te ajudar. Quer saber a razão? Sua irmã, Mérida, está cuidando para que ninguém atravesse o corredor enquanto estivermos aqui. — ela o pagou para me tomar a força?...

Nesse momento, comecei a me desesperar. Ele me jogou em cima da mesa, e amarrou as minhas mãos. Notei que já estava preparado para essa situação.

...— SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA! — gritei, mas ninguém me escutava....

...— É inútil! — ele lambeu os lábios....

Comecei a chorar, estava com medo. ele me virou, retirando meu vestido, e depois, começou a desamarrar meu espartilho.

...— Mérida me disse para ser rude, então, Arabella, se prepare, pois isso não vai ser agradável para uma virgem! — não, isso não pode estar acontecendo comigo!...

Provavelmente ela iria fazer alguém me flagrar após ser tomada, e faria o professor assumir a responsabilidade.

...— Ter uma princesa como esposa, que sonho! Seu valor vai ser diminuído quando se tornar impura. — ele riu, e começou a beijar meu pescoço....

...— SOCORRO, POR FAVOR! ME AJUDEM, EU IMPLORO! — continuei gritando....

Ele começou a tirar suas roupas, gritei ainda mais alto, não tinha condições de Mérida conseguir parar as pessoas de passarem dos dois lados do corredor, apenas se alguma pessoa estiver ajudando-a, como Eloisa.

Antes que pudesse fazer mais alguma coisa, alguém bateu agressivamente na porta. No susto, ele me olhou nervoso. Aproveitei o momento para empurrá-lo. Estava com meu corpo exposto, mas não tinha opção a não ser tentar escapar assim mesmo.

...— Volte aqui! — ele me puxou, e eu o chutei....

...— SOCORRO, ELE ESTÁ TENTANDO ME TOMAR A FORÇA! — gritei....

As batidas na porta cessaram, perdi novamente a esperança. Tentando me livrar de suas mãos, chutei sua parte íntima. Ele caiu, peguei meu vestido sem o espartilho, e o vesti rapidamente, mesmo desajeitadamente. Vasculhei os seus bolsos enquanto ele me xingava e se contorcia de dor, ao encontrar a chave, corri até a porta, tentando abrir, porém...

Algo acertou a minha cabeça. Sangue começou a escorrer, e minha visão ficou embaralhada. Meu corpo caiu para trás, estava perdendo a consciência gradualmente. Ele me arrastou, pronto para tentar novamente o que pretendia, mas nesse momento, a porta inesperadamente se abriu.

Ouvi uma batida, como se alguém estivesse brigando, mas já não estava conseguindo ver nada. A dor na minha cabeça estava tão intensa, que achei que ia morrer. Logo, braços me cercaram, alguém me virou, abaixou meu vestido, colocando o espartilho, sem apertar. Não sei quem era, mas essa pessoa estava me ajudando. Se eu saísse daquele quarto sem o espartilho, todos pensariam que fui tomada, mesmo sem ser. Teria que passar por um teste de castidade e humilhação pública. A pessoa ajeitou o meu vestido de novo, e então fui pega no colo.

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