Unforgettable Love - Nos Braços do Vilão
Elore Krainer, uma escritora de romances que adora fantasia, aventura e muita comédia, Alguém que possui uma personalidade única; ela é uma mistura de várias facetas. Às vezes é bastante sociável, mas em outras prefere seu espaço pessoal e se sente bem quando está sozinha. No entanto, também gosta de sair com amigos. No caso dela, amigos no singular. Ela possuía apenas uma amiga que realmente considerava verdadeira e real.
Elore é engraçada, inteligente, sensível, extremamente compreensiva e muito leal. Mas também tem pavio curto para injustiças, se estressa facilmente com idiotas e tem uma tendência a se meter em situações embaraçosas, algo com o qual já se acostumou.
Ela descobriu sua paixão pela escrita quando leu seu primeiro romance e se viu apaixonada por um personagem fictício. E nem era o protagonista principal, mas o vilão. Na época, Elore estava superando o término de um relacionamento complicado. Suas relações amorosas sempre foram um desastre (ela não teve muitos parceiros), mas os poucos com quem se envolveu se mostraram grandes idiotas insensíveis. O último bateu o recorde de imbecilidade em sua vida.
Ao ler aquele livro, Elore se identificou com o personagem de passado sombrio que, aos olhos dos outros, era visto como vilão. Ela se apaixonou por ele. Pela história, pelo passado, pelas lições e pela personalidade dele. Tudo. Embora soubesse que ele não existia, foi arrebatada por uma fascinação incontrolável. E foi ali que ela teve uma grande descoberta.
Era oficial. Ela precisava de terapia.
Não era possível que, dentre tantas coisas absurdas, fosse se apaixonar por um personagem fictício – e pior, o "vilão" da história. Mas não conseguia resistir. Se fosse sincera consigo mesma, Elore perceberia que se apaixonou pelo completo oposto do que idealizava. Seus relacionamentos anteriores foram um fracasso por causa dessas idealizações. Talvez por isso tenha se apegado tão espontaneamente ao vilão literário.
Principalmente depois que encontrou uma única imagem do personagem, divulgada pela própria autora do livro. Essa fanart capturou tão bem a essência do personagem que Elore ficou ainda mais apaixonada. Era como uma fotografia real de Kael. Ela sonhava com ele todas as noites, e isso tornava suas noites menos solitárias e mais tranquilas. Era como se ele estivesse ali, fazendo-lhe companhia.
Todas as manhãs, ao acordar, a primeira coisa que vinha à sua mente era Kael. Esse nome estava gravado em seu coração. E o dono desse nome também havia se tornado o dono de seu coração.
Que brega, ela pensava.
Elore sabia que tinha problemas. Ela entendia o que estava acontecendo: buscava consolo em um personagem fictício para aliviar as dores dos relacionamentos que fracassaram. Ela o compreendia, e sentia que ele a compreenderia também. Isso lhe trazia certo alívio. Mesmo não existindo, saber que havia alguém que a entendia era reconfortante.
Ela então começou a escrever histórias alternativas com seu vilão, imaginando como seria um cotidiano ao lado dele. As aventuras e o romance entre os dois fluíam em suas palavras. Com o tempo, Elore percebeu que era muito boa nisso e decidiu investir em sua nova carreira como escritora.
Levou um tempo para alcançar o sucesso, especialmente por medo de mostrar suas ideias a alguém. Mas sempre pensava em Kael e na determinação dele em perseguir seus objetivos (mesmo os mais crueis), e isso a motivava a continuar. Ela se esforçava para melhorar sua técnica, escrita, cenários, enredos e, principalmente, para superar bloqueios criativos. Com o tempo, perdeu o medo de receber críticas negativas e começou a divulgar seus trabalhos.
No entanto, sua obra original, sua primeira criação, nunca foi revelada. Essa era especial, feita para Kael. Era um agradecimento por ele ter sido sua companhia nos anos de solidão e tristeza, dando-lhe força para continuar lutando por seus objetivos.
Após alcançar sucesso com suas obras, Elore escreveu uma carta para a autora de seu livro favorito, agradecendo por ter criado o personagem que foi sua inspiração e distração nos momentos mais sombrios. Contou como tudo começou, o que sentiu, sua vergonhosa paixão por um personagem fictício e como isso a ajudou a superar seus desastres amorosos. Como isso lhe ensinou a se valorizar e a se amar.
Confessou que ainda estava apaixonada pelo personagem. Na verdade, já não podia mais chamar aquilo de paixão. Nunca mais conseguiu se relacionar com ninguém, mas estava bem com isso. Aprendera a conviver com a solidão, que acabou se tornando sua querida amiga. Ficar sozinha não era ruim; pelo contrário, havia algo libertador na solidão.
Foi uma carta longa e sincera. Elore dedicou seu sucesso à sua autora favorita e, consequentemente, ao personagem. Com essa carta, também se libertava de um segredo que guardara por tanto tempo. Nunca contará a ninguém sobre sua paixão por um personagem fictício e como ele a ajudará a superar seus medos e obstáculos, e a se tornar quem era.
A autora, tocada pela carta, respondeu com um e-mail e enviou como presente o manuscrito original de sua obra, junto com uma surpresa incrível. Era uma história exclusiva, totalmente focada em Kael, o tão famigerado "vilão", narrada do ponto de vista dele. Detalhe por detalhe, seu passado e os motivos que o levaram a ser visto como vilão eram explicados. A autora revelou que nunca publicou essa versão e agradeceu a Elore por sua dedicatória. Ela também sabia como era ser apaixonada por um personagem fictício, pois começou assim.
A autora pediu que Elore guardasse segredo e nunca publicasse aquele manuscrito, pois era algo pessoal e um presente precioso. Junto ao manuscrito, a autora enviou um lindo amuleto antigo, idêntico ao que Kael usava. Tudo era tão belo que Elore sentiu como se estivesse mais perto de Kael.
Elore leu e releu o presente, encantada mais uma vez por seu amor literário. Não concordava com algumas das decisões ou atitudes de Kael, mas tentava entender seu ponto de vista. Seria incrível ser amiga, companheira, parceira dele. Na verdade, se ela ao menos o conhecesse em carne e osso, já seria suficiente para lhe render anos de pura alegria. Tamanha era sua fascinação e amor por seu vilão literário.
Na história, Kael agia como vilão e, às vezes, até gostava de ser assim, com ou sem motivo. Mas, no final, ele se tornava amigo do personagem principal. Ele não tinha uma parceira no livro, afirmando que não precisava de uma para ser feliz. Ele tinha casos e sabia se divertir, mas nunca demonstrou interesse real em alguém. O livro sugeria que ele teve uma breve queda pela parceira de seu arqui-inimigo, que depois virou amigo, mas logo percebeu que era apenas ego ferido. E ele estava muito bem sozinho.
No fundo, Elore sabia que havia mais nisso. De alguma forma, ela sabia. Não pergunte como, ela apenas sentia – e sentia muito.
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Atualizado até capítulo 57
Comments
Kamila Castro
Eu comecei a ler agora e já fui cativar a pela escrita
2024-11-25
1
PetrolBomb – Họ sẽ tiễn bạn dưới ngọn lửa.
Esse autor@ tem uma maneira incrível de cativar o leitor. 👏🧡
2024-11-06
2