Os Piratas
Capítulo 12 - A Era Dos Piratas
O vento soprava firme nas velas, impulsionando o pequeno navio pelo vasto oceano. Félix, Akira e Astrid estavam no convés, cada um perdido em seus próprios pensamentos enquanto o horizonte se estendia à frente, sem fim. Era a primeira vez que sentiam o peso do verdadeiro desconhecido sobre eles. O mar, aquele mesmo mar que sempre observaram da costa, agora parecia diferente, infinito e cheio de segredos.
Félix, à frente do leme, segurava-o firme, seu olhar fixo no horizonte. O rosto dele ainda carregava traços de luto e raiva, mas havia uma nova determinação que surgia ali, crescendo em intensidade a cada milha que se afastavam de sua terra natal.
✏️ Astrid (encostada na amurada, olhando para o céu):
— Acho que ainda não caiu a ficha, sabe? É como se estivéssemos num sonho. Eu nunca pensei que realmente fosse sair da ilha...
✏️ Akira (bocejando enquanto se espreguiça no convés):
— Pra ser sincero, também não pensei que sairia tão cedo. Mas, se tem uma coisa que aprendi na vida, é que, quando tudo dá errado, ou você foge… ou pega o próximo navio que aparece.
Astrid sorriu, mas logo em seguida ficou séria. Ela se aproximou de Félix e, observando seu rosto, fez uma promessa silenciosa de que faria tudo o que pudesse para honrar a memória da mãe dele.
Naquela noite, enquanto o navio avançava, Félix reuniu todos no convés. Ele queria traçar o plano com os amigos, mas também sentia a necessidade de fortalecer o vínculo entre eles. Sabia que essa jornada exigiria mais do que simples companheirismo.
✏️ Félix:
— Ouçam, agora que estamos aqui, é hora de decidirmos nosso próximo passo. Precisamos nos preparar, encontrar informações sobre quem estamos caçando e, principalmente, entender melhor esse mar.
Akira, sentado ao lado de um barril, balançava a cabeça, mostrando que estava atento.
✏️ Akira (com seu tom despreocupado):
— Concordo. Mas antes de pensar em planos complicados, precisamos de uma coisa básica… Como vamos sobreviver? Não temos um estoque infinito de comida e água, e a última vez que chequei, não sabemos pescar nem caçar.
Astrid, sempre disposta a resolver, se aproximou:
✏️ Astrid:
— Podemos dar um jeito nisso. Félix, você já aprendeu um pouco de navegação, certo? Podemos nos manter próximos às rotas comerciais e ir parando em ilhas próximas. Assim, conseguimos mantimentos e, quem sabe, algumas informações sobre os piratas que estamos procurando.
Félix assentiu. O plano fazia sentido, e, além disso, eles precisariam treinar constantemente. O mar era um terreno implacável, e qualquer descuido podia ser fatal.
Nos dias que se seguiram, Trevor os havia preparado para o que estava por vir, mas a experiência no mar era diferente. Félix dividiu o tempo entre estudar os mapas e treinar suas habilidades de combate, enquanto Astrid e Akira treinavam o que tinham aprendido sobre o haki. Félix observava seus amigos enquanto se dedicavam ao treinamento, e sentia que algo maior estava em jogo. Havia um fogo crescendo entre eles, uma vontade inabalável de superar qualquer desafio que viesse.
✏️ Astrid (com um sorriso desafiador):
— Ei, Akira! Que tal uma pequena competição? Vamos ver quem aprimora o haki primeiro.
✏️ Akira (arqueando uma sobrancelha):
— Sério? Se quer competir comigo, é bom estar preparada para perder, Astrid. Mas tudo bem, eu aceito.
Enquanto a rivalidade amigável crescia, Félix voltou-se para o horizonte. Ele se lembrou de Trevor dizendo que o mundo era muito maior e mais cruel do que ele poderia imaginar. No fundo, estava ansioso para descobrir esse mundo, para encontrar seus próprios limites e, principalmente, para honrar a memória de sua mãe com cada passo que desse.
No entanto, à medida que os dias passavam, começaram a perceber que o mar não era um lugar tão simples. Em uma noite, quando uma tempestade os pegou desprevenidos, Akira, Astrid e Félix lutaram para manter o barco sob controle. O vento uivava ao redor, a água invadia o convés, e as ondas balançavam o navio como um brinquedo.
Félix segurava firme no leme, os músculos doloridos, mas se recusando a desistir.
✏️ Akira (tentando gritar acima do barulho da tempestade):
— Se não morrermos agora, talvez eu comece a acreditar que somos feitos pra isso!
✏️ Astrid (se segurando em um mastro, com os olhos brilhando de adrenalina):
— Eu estou pronta! Vamos sobreviver, vamos lutar e conquistar esse mar!
Quando a tempestade finalmente passou, o navio estava em condições deploráveis, mas eles, exaustos e encharcados, sentiam-se mais vivos do que nunca. Haviam passado por algo juntos e, de alguma forma, isso havia reforçado ainda mais seus laços.
Félix, respirando fundo, olhou para o horizonte. Eles ainda tinham um longo caminho pela frente. Sabia que o mar guardava muitos mistérios e perigos, mas também oportunidades. A primeira aventura deles estava apenas começando, e, no fundo, Félix sabia que estavam destinados a algo grandioso.
Assim, cada um deles, com suas próprias motivações e segredos, enfrentava o mar e o destino que os aguardava. Eles eram mais do que amigos; eram uma tripulação, um time. Com os olhos voltados para o futuro, eles seguiram em frente, sabendo que, juntos, poderiam enfrentar qualquer coisa que viesse, sempre impulsionados pela vingança e pelo desejo de liberdade.
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Atualizado até capítulo 31
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