Capítulo 7

Os Piratas

Capítulo 7 - A Era dos Piratas

30/04/1668

O treinamento inicial de haki tinha começado, mas, como o homem misterioso dissera, eles ainda estavam longe de aprender algo sólido. Por enquanto, Akira e Félix estavam em um estágio onde tentavam sentir e entender as energias ao redor – e esse exercício era muito mais sobre paciência do que eles esperavam.

Na praia, Akira e Félix estavam sentados, ambos em silêncio, concentrados. O homem misterioso, observando de longe, parecia quase divertido com a falta de progresso deles, mas sabia que o caminho não seria fácil.

✏️ Félix (abrindo um olho, entediado):

— Akira, sério… quanto tempo mais a gente vai ficar parado aqui? Não sinto nada!

✏️ Akira (bocejando, mas tentando manter a postura):

— Relaxa. O velho falou que isso demora. E você já sabe… é preciso “sentir” o ambiente, e não ficar esperando um milagre, entendeu?

✏️ Félix:

— Falar é fácil. Isso aqui parece mais castigo do que treinamento…

Enquanto resmungavam, uma figura familiar caminhava pela praia, com passos firmes e o olhar decidido. Félix olhou rapidamente e viu uma jovem se aproximando. Ela parecia estar com pressa, mas seu andar era cuidadoso, e sua postura demonstrava certa confiança. Seu nome era Astrid, uma garota que Akira conhecia bem – na verdade, talvez até bem demais.

✏️ Astrid:

— Então é aqui que você tem se escondido, Akira? Não pensei que ainda tivesse coragem de aparecer por esses lados depois da última vez.

✏️ Akira (virando-se com um sorriso sarcástico):

— Ora, ora… Se não é a querida Astrid. O que você quer aqui? Veio checar se ainda estou vivo, é? Ou quem sabe roubar minhas ideias, de novo?

✏️ Félix (curioso):

— Espera aí… vocês se conhecem?

✏️ Astrid (cruzando os braços):

— Mais ou menos. Vamos dizer que Akira aqui e eu temos uma história… complicada.

Flashback

Anos antes, Akira e Astrid se conheceram por acaso, durante uma competição de arco e flecha no vilarejo. Ambos eram os favoritos, e desde o começo a rivalidade foi intensa. Mas, ao mesmo tempo, havia uma amizade ali. Cada um sempre tentava superar o outro, e, embora jamais admitissem, essa competição constante também os tornava melhores.

✏️ Akira (rindo, provocativo):

— Não vai me vencer, Astrid. Eu sou o melhor nesse vilarejo, e você sabe disso.

✏️ Astrid (com um sorriso desafiador):

— Eu não preciso vencer você. Só preciso fazer o suficiente pra ser lembrada, coisa que você nunca vai conseguir sozinho.

A competição terminou em empate, e desde então, sempre que podiam, competiam em tudo que envolvia pontaria. Mas, ao longo do tempo, as provocações viraram uma amizade estranha, entre brigas e risadas.

Fim do Flashback

✏️ Astrid (com um sorriso provocador):

— Achei que você tinha desistido de ser alguém, Akira. Surpresa em ver que você ainda está aqui, treinando feito um… pirata?

✏️ Akira:

— E você continua a mesma. Deveria tentar algo novo, Astrid. Quem sabe ficar longe do meu caminho?

✏️ Félix (interrompendo, curioso):

— Se quiser se juntar a nós, Astrid, acho que um pouco de fogo a mais no bando não faria mal.

✏️ Akira (levantando uma sobrancelha):

— Ah, ótimo. Agora vamos deixar a querida Astrid fazer parte disso? Nem pensar, Félix. Ela só quer saber de competições ridículas e de provar que é melhor que eu.

✏️ Astrid (com um sorriso irônico):

— Acha mesmo que eu queria me juntar a vocês? Nem a pau. Mas, olhando bem… talvez eu possa ajudar. Afinal, é claro que você vai precisar de mim, Akira. Como sempre.

✏️ Félix (rindo):

— Bem, Akira, parece que o destino quer que vocês continuem nessa disputa. Mas vamos ser sinceros… quanto mais, melhor. E quem sabe, vocês dois juntos podem até se superar.

✏️ Akira (revirando os olhos):

— Claro, claro. Mas vamos deixar uma coisa clara: se for pra entrar, Astrid, você vai seguir as nossas regras. E vai ter que aturar o “capitão” Félix.

✏️ Astrid:

— Capitão, é? (Ela observa Félix com um olhar curioso, mas aceita.) Tudo bem, “capitão”. Mas só estou aqui pra ver até onde essa aventura vai dar. Não prometo seguir ordens de ninguém.

O grupo improvisado estava formado. Agora, com Astrid a bordo – pelo menos por enquanto – eles tinham um novo propósito. Enquanto treinavam as habilidades básicas do haki, os três começavam a trabalhar juntos, testando as forças e fraquezas uns dos outros. Cada um deles, com seus talentos e motivações, sabia que o caminho à frente era longo e repleto de desafios. E, mesmo que não admitissem, sentiam que esse bando poderia ser a chave para finalmente conquistarem a liberdade que tanto desejavam.

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