O Santuário Abandonado

Henry atravessou a passagem secreta e entrou em um santuário abandonado, um espaço de grandeza decadente e mistério. O ambiente era vasto e opulento, com colunas de mármore maciço que se erguiam em direção ao teto elevado, coberto por uma espessa camada de poeira e teias de aranha. As colunas estavam adornadas com entalhes intrincados que representavam figuras mitológicas e deuses antigos. A iluminação no santuário era fornecida por uma luz etérea que parecia emanar de um altar no centro da sala, criando uma aura de reverência e medo.

O altar era uma peça central impressionante, coberta por um pano de veludo vermelho que contrastava com a aparência sombria do ambiente. Em torno do altar, uma série de símbolos esotéricos estava gravada na pedra, formando um círculo ritualístico. Esses símbolos estavam iluminados por uma luz suave que parecia pulsar em um ritmo quase hipnótico, como se o próprio altar estivesse vivo e esperando por algo.

Henry sentiu uma onda de reverência ao se aproximar do altar. O santuário parecia estar em um estado de expectação, como se estivesse aguardando o retorno de algum ritual ancestral. O ar estava impregnado com um cheiro de incenso antigo e de algo que não conseguia identificar, mas que carregava um peso de mistério e antiguidade.

Ao levantar cuidadosamente o pano de veludo vermelho, Henry revelou um pergaminho antigo repousando sobre o altar. O pergaminho estava em um estado frágil, com as bordas desgastadas e as inscrições quase apagadas pelo tempo. Com mãos trêmulas, ele desenrolou o pergaminho e começou a examinar as palavras escritas em uma língua arcaica, repleta de símbolos e caracteres que Henry mal conseguia compreender.

O pergaminho parecia conter uma narrativa complexa sobre a história do farol e os rituais associados a ele. As palavras falavam de um antigo culto que havia construído o farol para selar uma entidade poderosa e maligna. O culto realizava rituais em santuários secretos para garantir que a entidade permanecesse confinada e que o equilíbrio do mundo fosse mantido. O pergaminho detalhava os ingredientes e procedimentos necessários para realizar um ritual de contenção e proteção.

Enquanto Henry estudava o pergaminho, a atmosfera ao seu redor começou a mudar de forma inquietante. O silêncio profundo do santuário foi interrompido por sons baixos e sinistros que pareciam vir de todas as direções. Era como se o próprio santuário estivesse se despertando, respondendo à presença de Henry e ao estudo do pergaminho. O som de uma gota d'água caindo de um teto distante ecoava pela sala, ampliando a sensação de desolação e abandono.

A luz que emanava do altar começou a pulsar com mais intensidade, e o ar se tornou denso e opressor. Henry percebeu que algo estava mudando no ambiente, e uma sensação crescente de desconforto tomou conta dele. Sentiu uma pressão invisível, como se o próprio santuário estivesse tentando empurrá-lo para fora, ou talvez tentasse proteger o segredo que ele estava prestes a descobrir.

Henry sabia que precisava decifrar o pergaminho antes que fosse tarde demais. O medo e a urgência eram palpáveis. Ele dedicou mais tempo e esforço à tarefa, tentando entender a antiga linguagem e encontrar o significado oculto nas palavras e símbolos. Cada novo entendimento parecia abrir uma porta para mais mistérios e perigos.

Enquanto trabalhava, as paredes do santuário começaram a se transformar. As estátuas antigas que adornavam o ambiente pareciam ganhar vida, seus olhos se iluminando com uma luz sinistra e suas expressões se tornando mais ameaçadoras. O som dos sussurros baixos tornou-se mais alto e mais incoerente, como se vozes do passado estivessem tentando comunicar algo a Henry.

A sensação de urgência aumentava a cada momento. O santuário parecia estar se tornando uma prisão, com portas e passagens se fechando e o ambiente se tornando mais sombrio. Henry sabia que precisava encontrar uma saída e reunir as informações necessárias antes que a atmosfera opressiva o consumisse completamente.

Ele continuou a trabalhar, com o coração acelerado e a mente focada na tarefa em mãos. Cada descoberta e cada peça de informação que ele obtinha parecia trazer-o mais perto da verdade. Finalmente, Henry conseguiu decifrar a parte crucial do pergaminho, que revelava a localização de um item poderoso necessário para completar o ritual de contenção.

Com essa nova informação, Henry preparou-se para deixar o santuário, sabendo que ainda havia muito a fazer e que o verdadeiro desafio estava apenas começando. A sensação de que estava à beira de algo importante e perigoso o motivava a continuar sua jornada, enfrentando os desafios e perigos que vinham a seguir.

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