O vento gelado soprava contra o rosto de Henry enquanto ele se aproximava do farol. A marca no mapa não saía de sua cabeça, e a cada passo, sentia o peso da escolha que estava prestes a fazer. O farol estava deserto há anos, mas algo naquela noite parecia diferente. As janelas quebradas e a estrutura desgastada pelo tempo davam ao local um ar de abandono, mas Henry tinha a sensação de que estava sendo observado. O farol, que antes parecia um monumento à história, agora parecia ser uma presença viva, esperando por ele.
Ao alcançar a porta principal, Henry respirou fundo e empurrou com força. A porta rangeu alto, ecoando pelo interior escuro. O cheiro de mofo e maresia encheu o ar, e a escuridão dentro do farol parecia engolir a luz que entrava pelas frestas das janelas. Com uma lanterna na mão, Henry começou a explorar o lugar. Os degraus de pedra levavam para cima, mas sua atenção foi imediatamente atraída para o porão. Uma escada estreita e antiga descia até as profundezas, onde a escuridão parecia ainda mais densa e opressiva.
Com o coração acelerado, Henry desceu, cada passo ecoando ao seu redor. O som de seus pés reverberava, dando a impressão de que ele não estava sozinho. A sensação de estar sendo seguido se intensificava a cada degrau, mas ele continuava. O porão do farol estava úmido, e a lanterna mal iluminava o caminho à frente. Era como se as sombras ao redor tentassem devorar a pouca luz que ele tinha. Ao chegar ao fundo da escada, Henry avistou uma porta de madeira parcialmente aberta. A partir dali, o ar ficou ainda mais pesado, e a sensação de perigo iminente fez seus pelos se arrepiarem.
Ao empurrar a porta, uma sala antiga se revelou. Velhos móveis cobertos de poeira estavam espalhados, e no centro da sala, uma mesa de pedra com inscrições que ele não conseguia entender. Sobre a mesa, um pequeno baú enferrujado chamou sua atenção. Com as mãos trêmulas, ele abriu o baú, revelando um conjunto de chaves antigas e um pedaço de papel amarrotado. No papel, uma única palavra estava escrita: "Começou."
Nesse momento, um som vindo de trás o fez virar rapidamente. Algo estava se movendo no escuro, um ruído de passos arrastados. Henry sentiu o coração acelerar mais do que nunca. O medo crescia, e a lanterna começou a piscar. Ele sabia que não estava sozinho. Alguma coisa estava lá com ele, e o terror tomou conta de seu corpo. Sem perder mais tempo, ele agarrou as chaves e correu em direção à escada. Ao subir os degraus apressadamente, ouvia o som de algo se aproximando cada vez mais rápido.
Assim que alcançou o topo da escada, Henry trancou a porta do porão atrás de si, respirando pesadamente. O silêncio tomou conta do ambiente, mas ele sabia que a ameaça ainda estava lá embaixo, esperando. Com as chaves na mão, Henry saiu correndo do farol, sentindo que algo o perseguia, mas não ousou olhar para trás. Ele sabia que sua investigação no farol estava apenas começando, e o que quer que estivesse no porão, não seria o fim do mistério, mas o início de algo muito maior e mais sombrio.
Henry correu até que as suas pernas não suportassem mais. A escuridão da noite parecia se estender infinitamente à sua volta, e o medo que ele sentia agora não era apenas pelo que ele encontrou, mas pelo que ainda estava por vir. Algo havia sido despertado naquela noite. E ele estava certo de que o verdadeiro horror ainda não havia começado.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 29
Comments