Na manhã seguinte, Anna acordou com uma sensação estranha, como se algo estivesse fora do lugar. Ao sair do quarto, encontrou Sofia já à sua espera, com um sorriso que não escondia a preocupação em seus olhos.
"Bom dia, Anna", Sofia saudou, mas havia uma tensão em sua voz que Anna percebeu de imediato.
"Bom dia", respondeu Anna, tentando decifrar o que poderia estar errado. "Está tudo bem?"
Sofia hesitou por um momento, como se estivesse escolhendo cuidadosamente suas palavras. "Lucca teve que sair cedo. Algo urgente surgiu, mas ele pediu para eu ficar ao seu lado enquanto ele resolve a situação."
Anna sentiu um aperto no peito. "Algo aconteceu?"
"Não se preocupe", disse Sofia, tentando tranquilizá-la. "Lucca tem tudo sob controle. Mas é melhor que você fique comigo hoje."
Enquanto caminhavam pelos jardins, Sofia tentou manter a conversa leve, mas Anna podia sentir a tensão aumentando. Finalmente, não pôde mais segurar sua curiosidade. "Sofia, o que realmente está acontecendo? Não precisa me proteger da verdade."
Sofia parou de andar e virou-se para Anna, seus olhos verdes cheios de preocupação. "Eu queria evitar que você se preocupasse, mas parece que não posso esconder nada de você. Houve uma tentativa de invasão esta noite."
Anna ofegou, o sangue gelando em suas veias. "Uma invasão? Por quem?"
Sofia segurou a mão dela, tentando acalmá-la. "Ainda não sabemos exatamente, mas é provável que seja alguém ligado ao inimigo de Lucca. Eles tentaram se aproximar da mansão, mas nossos homens os interceptaram a tempo."
Anna sentiu as pernas fraquejarem, e Sofia a ajudou a se sentar em um dos bancos de pedra no jardim. "Eu... eu não sabia que estava tão em perigo."
"Você não está mais em perigo do que qualquer um de nós", Sofia disse suavemente. "Mas é claro que isso preocupa Lucca. Ele é muito protetor, especialmente com quem ama."
As palavras de Sofia ecoaram na mente de Anna. "Ama?" Ela olhou para Sofia, tentando entender o que ela queria dizer. "O que você quer dizer com isso?"
Sofia deu um sorriso misterioso. "Meu irmão é um homem difícil, mas eu nunca o vi tão preocupado com alguém como ele está com você. Mesmo que ele não admita, está claro para mim que ele sente algo profundo por você."
Anna desviou o olhar, tentando processar o que havia acabado de ouvir. "Eu... não sei o que pensar."
"Não precisa pensar nisso agora", disse Sofia, apertando a mão de Anna. "Só precisa saber que ele fará qualquer coisa para mantê-la segura."
Anna assentiu, mas a preocupação ainda pairava em seu coração. Lucca podia estar disposto a protegê-la, mas por que ela? Por que alguém como ele, acostumado a um mundo tão brutal, se importaria com uma mulher simples como ela?
Nesse momento, um dos capangas de Lucca se aproximou apressadamente. "Senhora Sofia, temos notícias de Lucca."
Sofia levantou-se imediatamente, com Anna seguindo logo atrás. "O que aconteceu?"
"O senhor Lucca conseguiu impedir um ataque, mas há indícios de que foi apenas o começo. Ele quer que ambas voltem para a casa imediatamente."
Anna sentiu um calafrio percorrer sua espinha. "Então o perigo ainda não passou."
O capanga assentiu. "Não, senhora. O inimigo parece mais determinado do que nunca."
Sofia olhou para Anna, sua expressão séria. "Vamos, Anna. Precisamos estar em segurança."
Elas começaram a voltar para a mansão, mas Anna não conseguia tirar da cabeça a expressão de preocupação no rosto de Sofia. O que quer que estivesse acontecendo, parecia muito mais sério do que ela imaginava.
Ao entrarem na casa, Anna foi conduzida por Sofia para uma sala privada, onde o capanga lhes entregou um telefone. "Lucca quer falar com você", disse ele, entregando o aparelho para Anna.
Ela pegou o telefone com mãos trêmulas, levando-o ao ouvido. "Lucca?"
"Anna", a voz dele veio forte, mas havia um tom de urgência que ela nunca havia ouvido antes. "Você está bem?"
"Sim", respondeu ela, tentando manter a calma. "Mas estou preocupada. Sofia me contou sobre a invasão."
"Houve uma tentativa, mas estamos lidando com isso", ele disse, sua voz grave. "O importante agora é que você fique dentro da casa. Eu não quero que você saia até que eu volte, entendeu?"
Anna sentiu um nó na garganta. "Eu entendo, Lucca. Mas... você está bem? Está seguro?"
Houve uma pausa do outro lado da linha, e ela quase podia sentir o conflito dentro dele. "Não se preocupe comigo. Apenas confie em mim, Anna. Eu vou resolver isso. E quando eu voltar, nós vamos conversar."
"Conversar?" Ela repetiu, seu coração batendo mais rápido. "Sobre o quê?"
"Sobre nós", ele disse, a voz carregada de uma intensidade que a fez tremer. "Mas agora, preciso ir. Fique em segurança, por favor."
Antes que ela pudesse responder, a linha ficou muda. Anna permaneceu ali, segurando o telefone, sentindo uma mistura de medo e algo mais profundo, algo que não queria admitir para si mesma. Lucca não era apenas um protetor; ele era alguém que estava começando a significar muito mais para ela.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Adilson Pereira
Conversar? sobre o que? OMG ☺😆
2024-10-05
1
Nêssa nenem Kim jeon
omg.. gente to pirando.. amo isso..
2024-10-03
1
Marilena Yuriko Nishiyama
Lucca quer conversar com a Anna 🤔 depois que retornar para a mansão,será que ele a pedirá em casamento ou pedirá a ela fazer treinamento de tiro e defesa pessoal,se bem que ela está precisando,já que irá conviver dentro de uma máfia
2024-09-08
4