Capítulo 19: O Último Refúgio

Parte 1

Os eventos na Casa Blackwood deixaram marcas profundas em todos. Embora o portal tivesse sido fechado, a equipe sentia que o mal que haviam enfrentado ainda deixava rastros na cidade. Naquele momento, não podiam deixar de se perguntar se a luta realmente havia terminado. O clima estava pesado, e a cidade, embora aparentemente tranquila, parecia esconder um segredo sombrio à espera de ser revelado.

Reeve, Laura, Claire e Mark se reuniram no centro da cidade, ao lado de uma antiga igreja que sempre havia sido um símbolo de proteção. Ali, decidiram discutir seus próximos passos. Laura foi a primeira a falar, sua voz carregada de incerteza.

"Fechamos o portal, mas não podemos ignorar o fato de que ainda há algo errado. Sinto que não é o fim. Que não conseguimos erradicar completamente essa força."

Reeve concordou, com um olhar preocupado. "É como se o mal tivesse se retirado, mas não vencido. Precisamos estar preparados para o que quer que aconteça a seguir."

Parte 2

Enquanto discutiam, um grito perturbador ecoou pelas ruas desertas. Era um som de puro desespero, algo que gelava os ossos. A equipe correu em direção ao som, apenas para encontrar uma cena horrível: um corpo, mutilado de maneira grotesca, estava jogado no chão, como se tivesse sido rasgado de dentro para fora. Perto dali, uma figura sombria observava de longe, antes de desaparecer nas sombras.

Mark se ajoelhou ao lado do corpo, tentando entender o que poderia ter feito aquilo. "Isso... isso não é humano. Algo está de volta... ou algo novo foi despertado."

Claire, tentando manter a calma, disse: "Precisamos descobrir o que está causando isso. Não podemos deixar que mais vidas sejam perdidas."

Parte 3

A igreja parecia ser o único lugar seguro na cidade naquele momento. Reeve sugeriu que se refugiassem ali, enquanto tentavam entender o que estava acontecendo. Ao entrarem no local sagrado, perceberam que as velas ao redor do altar tremeluziam de forma incomum, como se uma presença invisível estivesse mexendo com o ambiente.

Laura, sentindo um arrepio, comentou: "Este lugar deveria ser um refúgio, mas algo aqui está... errado. Como se mesmo aqui dentro não estivéssemos completamente protegidos."

Reeve, segurando uma cruz que havia encontrado, respondeu: "Precisamos confiar que ainda existe algum poder aqui que possa nos ajudar a lutar contra isso."

Parte 4

Enquanto se instalavam na igreja, Mark começou a ter visões perturbadoras. Ele via a cidade envolta em chamas, seus amigos sendo caçados por uma força invisível, e ele mesmo sendo consumido por uma escuridão inescapável. Ele tentou ignorar as visões, mas elas se tornavam cada vez mais intensas e reais.

Reeve notou o sofrimento de Mark e perguntou: "O que está acontecendo? Você parece... perdido."

Mark, com os olhos vidrados, respondeu: "É como se eu estivesse vendo o futuro... um futuro onde todos nós morremos. Não sei se consigo suportar isso."

Claire se aproximou de Mark, segurando sua mão. "Você não está sozinho. Vamos enfrentar isso juntos. Seja o que for que está nos atacando, vamos lutar até o fim."

Parte 5

A noite avançava, e a igreja começava a se transformar em uma prisão de medo e paranoia. As janelas rangiam como se algo do lado de fora tentasse entrar, e as sombras nas paredes pareciam se contorcer com uma vida própria. Reeve tentou manter a moral alta, mas o medo nos olhos de seus amigos era evidente.

Laura, olhando pela janela, viu algo que a deixou sem fôlego. No cemitério ao lado da igreja, as tumbas pareciam estar se abrindo, e figuras encapuzadas emergiam, como se os mortos estivessem se levantando de suas sepulturas.

"Precisamos sair daqui," Laura disse, quase em um sussurro. "Algo horrível está prestes a acontecer."

Parte 6

O que aconteceu em seguida foi um ataque coordenado. As figuras encapuzadas, que pareciam não ser nem vivas nem mortas, avançaram em direção à igreja, quebrando as janelas e derrubando as portas. A equipe se armou com qualquer coisa que pudesse encontrar, cruzes, candelabros, pedaços de madeira, mas parecia que as criaturas eram imunes ao ataque físico.

Reeve, com a cruz erguida, gritou: "Fiquem juntos! Não deixem que nos separem!"

As criaturas começaram a circundá-los, como predadores cercando suas presas. A luz dentro da igreja começou a falhar, e tudo o que puderam ouvir foi o som de seus próprios corações batendo forte.

Parte 7

Quando tudo parecia perdido, uma figura apareceu na entrada da igreja. Era um homem idoso, com vestes sacerdotais, carregando um grande livro de orações. Ele ergueu a mão e recitou palavras em uma língua antiga, que ressoavam por toda a igreja como uma onda de poder.

As criaturas recuaram, como se a presença do homem as tivesse enfraquecido. Com um movimento rápido, ele lançou um pó branco em direção às criaturas, que se desintegraram em cinzas diante de seus olhos.

Mark, sem fôlego, perguntou: "Quem... quem é você?"

O homem olhou para eles com olhos cansados, mas determinados. "Sou o guardião deste lugar. E vocês despertaram algo que nunca deveria ter sido perturbado."

Parte 8

O guardião explicou que a força que eles enfrentavam era um antigo mal, um ser que existia desde antes da fundação da cidade, adormecido sob as fundações da igreja. O portal que fecharam havia enfraquecido a barreira entre o mundo dos vivos e dos mortos, permitindo que essa entidade começasse a se manifestar novamente.

"Vocês devem deixá-la descansar," disse o guardião. "Mas para fazer isso, precisam sacrificar algo de grande valor. O preço será alto."

Laura olhou para o guardião com uma expressão séria. "O que precisamos sacrificar?"

Ele não respondeu diretamente, mas o olhar em seus olhos dizia tudo. Não era uma questão de 'o que', mas de 'quem'.

Parte 9

A equipe se reuniu novamente, agora ciente de que uma última escolha precisava ser feita. O guardião havia deixado claro que o mal só seria completamente banido se um sacrifício fosse feito. Mas quem estava disposto a se sacrificar pelo bem dos outros?

Reeve foi o primeiro a falar. "Se for para salvar vocês e a cidade, estou disposto a fazer isso. Eu vivi minha vida inteira lutando contra o mal. Talvez seja esse o meu destino."

Laura segurou a mão de Reeve, lágrimas nos olhos. "Você não pode fazer isso sozinho. Nós começamos essa luta juntos, e vamos terminar juntos."

Mark, ainda perturbado pelas visões, disse em voz baixa: "Talvez eu deva ser o sacrifício. Fui eu quem trouxe isso à tona... quem trouxe todos vocês para isso."

Claire balançou a cabeça. "Não. Todos nós fizemos escolhas que nos trouxeram até aqui. Mas ainda há uma chance de vencermos sem perder ninguém."

Parte 10

Antes que pudessem tomar uma decisão, a igreja foi tomada por um tremor violento, como se algo abaixo da terra estivesse tentando romper para a superfície. O guardião olhou para eles com uma expressão de urgência. "O tempo acabou. Vocês precisam escolher agora, ou todos serão perdidos."

O grupo se encarou, cientes de que o próximo passo seria decisivo. Com o coração pesado, sabiam que não havia escolha fácil. Alguém teria que fazer o sacrifício final. E com essa decisão pendendo sobre suas cabeças, eles se prepararam para enfrentar o último e mais aterrorizante confronto de suas vidas.

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