O pedido de casamento

No dia seguinte, Hayato acordou antes da Ayla e ficou observando a moça, por cerca de alguns minutos, ela acordou e ele continuou admirando-a.

Ayla: Bom dia.

Dizia a moça, com um sorriso no rosto e uma voz de sono.

Hayato: Você conseguiu dormir?

Perguntou ,ainda admirado com a beleza da Ayla.

Ayla: Nessa cama? Eu dormi como um bebê.

Respondia,muito contente.

Ambos se olharam e riram um para o outro, qualquer aproximação seria motivo de surto para Ayla. Hayato se aproxima, quando alguém bate na porta e ele dá permissão para que entrem…

Paula: Senhor Hayato, não vai descer pra tomar café? O senhor Arthur saiu bem cedo e só vai

retornar amanhã a tarde.

Paula se assusta quando vê Ayla ali no mesmo quarto do Hayato e com uma cara de sono.

Deduziu que a moça tinha acabado de acordar.

Hayato: Traga o nosso café da manhã aqui, por favor.

Dizia Hayato, se aproximando da Ayla e a abraçando, pois a moça demonstrava medo.

Paula olhou assustada, não entendendo muito da situação e de acordo com o pensamento do Hayato, ele não devia explicações para ninguém. Dadas as circunstâncias, nada foi esclarecido. Observando calada por cerca de 5 segundos, aquilo já irritava Hayato e ela sentiu-se na obrigação de fazer uma

pergunta, o qual deixou o jovem inquieto.

Paula: Vocês estão casados?

Perguntava, com a cabeça baixa como se sentisse vergonha da pergunta, mas por dentro estava amando a situação que depois fofocaria tudo para o seu patrão Arthur.

Hayato que nunca simpatizou com ela, já revirava os olhos antes de responder qualquer coisa que fosse.

Hayato: Não, não estamos casados. E o que isso tem a ver com o café da manhã que acabei de

pedir que nos trouxesse?

Dizia o jovem, com a voz um pouco irritada e a Ayla continuava com as interrogações. Para ela, não tinha sentido a pergunta da Paula e nunca imaginaria que tinha ligação com eles estarem no mesmo quarto.

Paula abaixava a cabeça dando 2 passos para trás, "Envergonhada".

Paula: Com licença,senhor. Eu irei trazer agora mesmo.

Dizia, fingindo simpatia mas se mordendo por dentro. Não ficava contente que o Hayato tivesse se misturado com alguém como a Ayla, que segundo todos eles não era alguém com quem Hayato devesse manter nenhum tipo de relacionamento.

Depois daquela bela manhã, com Ayla quase 100% recuperada, resolveram sair à tarde e ficar no jardim, onde Ayla gostava de estar. Pulava, corria, dava gargalhadas e conversava com o Hayato. O jovem que já havia passado a manhã toda pensando em como seria sua vida ali, resolveu chamar Ayla para uma conversa super séria, se é que o entenderia.

Hayato: Meu amor? Senta aqui.

Dizia, puxando a Ayla para o chão.

Ayla: Eu acho tão bonito quando você me chama assim.

Dizia, sorrindo pra ele. Enquanto ele devolvia com um sorriso enorme pra ela.

Hayato: Agora eu preciso te falar uma coisa séria, então só me escuta. OK? Você sabe o que é um casamento, certo? Você sabe que as pessoas fazem isso quando se amam, certo? Então, eu te pergunto agora sobre os seus sentimentos por mim. Você me ama, Ayla? Seria capaz de se casar comigo?

Perguntava o jovem, preocupado com o que a Ayla fosse entender.

Ayla: Eu te amo, Hayato. E eu quero muito me casar com você, você é tão bonito!

Respondia a moça, com uma voz doce e tocando no rosto do Hayato, enquanto sorria pra ele.

Hayato: Então, o que você acha de nos casarmos hoje mesmo? Somente com a presença de um padre para que possamos receber a benção. A sua religião permite que chamemos um padre para a nossa união?

Hayato estava ansioso pela resposta da sua amada, que já temia antes mesmo que ela abrisse a boca para falar qualquer palavra.

Ayla sorria confusa, não sabia de fato o que falaria e se abriu completamente para o jovem.

Ayla: Eu quero me casar, mas… E seu pai? Ele não vai aceitar isso, melhor você me esquecer, Hayato.

Respondia a moça, com medo e um ar de tristeza no final da sua frase.

Hayato: Não se preocupe, eu vou te proteger e te darei tudo que você precisar, não se sinta com

medo. Eu apenas quero que nos casemos o mais rápido possível, mas não para que você se sinta pressionada com isso, quero que você se sinta confortável e amada por mim.

Ayla acreditava e amava o Hayato, sabia perfeitamente que ele era uma boa pessoa.

Hayato: Eu quero que possamos nos unir rapidamente, para que ninguém possa nos separar e que eu possa te chamar de minha esposa, ninguém vai me tirar esse direito.

Hayato deu um beijo rápido em Ayla e olhou nos seus olhos.

Hayato: Deixa o meu pai pra lá, ele não é um monstro que irá destruir a nossa vida, não irá disparar contra nós por uma união. Diga, sim? Quando ele souber já estaremos casados.

Dizia Hayato, com medo e se aproximando da moça. As mãos de Ayla suavam e Hayato se sentia desesperado, enquanto tocava nas mãos da moça, o que fazia Ayla tomar a sua decisão e sabia que a sua palavra final valeria tudo, pois Hayato jamais iria discordar ou forçá-la fazer algo.

Com o coração na mão e uma sensação que dominava todo o seu corpo, já tinha o sim em seus lábios, não pensou muito o que seria dali pra frente. Ansiava pela sua felicidade…

Ayla: Sim, meu amor. Me caso com você e seja o que Deus quiser.

Respondia a moça, com uma voz baixa e um pouco trêmula, logo Hayato a consolou com um abraço. Se sentia segura ao lado dele, protegida e sabia que ninguém lhe faria mal algum…

Naquele momento não pensavam no Arthur, sobre o que ele iria achar daquilo tudo. A Ayla

já não tinha mais medo e o Hayato não conhecia mais o ódio. Deitados na grama, observaram um belo arco-íris, parecia que tinha sido desenhado para celebrar a felicidade dos dois.

Hayato: Vamos atrás do padre agora mesmo.

Ayla: Eu vou assim?

Ayla olhou para suas roupas...

Hayato: Eu comprei um vestido branco, acho que dá pra você se casar. E também comprei outras roupas para você.

Dizia Hayato, se levantando e estendendo sua mão para Ayla levantar também. A moça se apoiava e logo caía em seus braços, parecia impossível se separar ou deixar o abraço do jovem.

Ayla vestiu o vestido e correu com Hayato. Aquela cena de Ayla correndo e sorrindo, era o que Hayato queria gravar em sua memória para sempre...

Como loucos, saíram correndo em busca do padre, até quando acharam e fizeram a união, sem que o pai do Hayato soubesse. Não estavam preocupados, sabiam que o Arthur iria voltar no dia seguinte, mas nada os preocupava. A cada minuto que passava, o jovem tinha total consciência de que aquilo tudo era uma loucura, sabia perfeitamente que não

estava mais no seu juízo perfeito…

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