A discussão

Hayato estava tão bravo com aquelas coisas que estavam acontecendo, então quando ele chegou, ele foi até o escritório, falar com o pai...

Hayato entrou sem bater...

Hayato: Eu gostaria muito de saber qual é o seu problema!

Arthur fingiu surpresa e encarou o filho...

Arthur: Pode se sentar.

Hayato: Eu não quero me sentar pra conversar com você, papai.

Arthur deu meio sorriso.

Arthur: O que eu fiz agora?

Hayato deu um sorriso amargo.

Hayato: Papai, como consegue? Cadê o Adriano? Ele já chegou, né?

Arthur arregalou os olhos e ficou de pé.

Arthur: Espera, como...

Hayato interrompeu o pai...

Hayato: Você mandou o Adriano matar a Ayla e o Enzo! Como pode fazer essas coisas?

Hayato olhou bem para o pai, e respirou fundo... Arthur ficou sem palavras.

Hayato: Ele estava tentando abusar da Ayla, e sabe o pior disso tudo? Ela não estava entendendo absolutamente nada, papai.

Hayato lembrou da Ayla, e ficou emocionado...

Arthur: Meu filho...

Hayato gargalhou.

Arthur se aproximou de Hayato e o mesmo ficou parado, esperando que o pai chegasse perto dele.

Hayato: Era a Ayla... Uma garota humilde, mas muito boa e muito pura.

Hayato se lamentou e falou encarando para o pai.

Arthur começou a perder a paciência...

Arthur: Essa garota é uma ladra!

Gritou.

Hayato: Não, não é! Estou apaixonado por Ayla.

Tomado pela raiva, Arthur arregala os olhos e se aproxima mais de Hayato. O jovem, corajosamente encara e enfrenta o pai.

Arthur: Como é? O que você falou, seu moleque?

Hayato: Eu estou apaixonado por Ayla e eu vou me casar com ela.

Arthur gargalhou, se afastou do filho e se escorou na mesa do escritório, ficou encarando o filho e debochando do mesmo.

Arthur: Você poderia trabalhar em um circo, meu filho. Você é bom nisso.

Continuou rindo.

Hayato: Que pena que não é uma piada. Eu realmente vou me casar com ela.

Arthur desmanchou o sorriso e ficou bravo.

Arthur: Não, você não pode fazer isso comigo.

Hayato sorriu.

Hayato: Fazer o que com você, papai? Eu não vou fazer nada com você, apenas comigo. Porque vou ser um homem feliz.

Arthur voltou a se aproximar do filho...

Arthur: Você acha que vai ser feliz ao lado daquela imunda?

Hayato: Cuidado com o que você fala, Senhor Arthur.

Ele deu meio sorriso.

Arthur: Você acha que sua vida está realizada, né? Só porque conheceu uma qualquer...

Hayato: Não, papai. Ayla não é uma qualquer. Você jamais irá conhecer alguém como ela.

Arthur gargalhou.

Arthur: Que bom! Eu fico imensamente feliz em saber que jamais irei conhecer uma ladra imunda.

Hayato: Eu tenho vergonha de você.

Hayato deu um sorriso amargo e baixou a cabeça.

Arthur: Ela não deve nem tomar banho... Como vai ser a primeira noite de vocês? Vai ser como se você estivesse tendo relações com um animal selvagem.

Arthur voltou a gargalhar, dessa vez sem parar...

Aquilo irritou Hayato

Hayato: Dá pra parar? Você me dá nojo.

Arthur: Filho, você não se sente culpado? Ela é como um verdadeiro animal.

Hayato viu que não dava pra ter um diálogo com o pai, então resolveu sair daquele lugar.

Hayato foi para o quarto, tomou um banho e pensou em Ayla...

Hayato: Eu vou lá hoje... Vou levar o jantar dela. Eu deveria contar o que eu sinto?

Hayato sussurrou, enquanto pensava em Ayla.

O dia passou, Hayato comeu sozinho, não conseguia se sentar na mesma mesa que o pai, para fazerem uma refeição juntos e fingir que nada tinha acontecido.

Hayato cavalgou um pouco por ali, encontrou uma moça que também estava cavalgando...

— Você é dono dessas fazendas?

Perguntou, a moça.

Hayato ficou confuso, nunca tinha visto aquela mulher por ali antes.

Sem descerem dos cavalos, se comunicaram ali mesmo.

Hayato: Sim. Sou dono de boa parte daqui, porque?

A moça o olhou sedutor...

— Você é um gato... Você é casado?

Hayato ficou confuso, ela queria saber sobre as terras, ou sobre eles?

Hayato: O que quer?

— Você, talvez?

Hayato: Eu já amo alguém.

— Não pode amar outra porque já ama uma?

Hayato: Não, senhorita. Eu vou amar apenas uma mulher pelo resto da minha vida.

A moça o olhou impressionada.

Olhou para os lados e voltou a encarar Hayato.

— Me sinto nervosa e entediada, pensei que poderia conseguir um homem de verdade por aqui, mas aparentemente não tem.

Falou, decepcionada, saindo dali posteriormente.

Hayato: Que doida...

Sussurrou...

Ele passeou um pouco mais e em seguida, foi em casa pegar o jantar da Ayla, pois já estava ficando tarde...

Ele estava decidido que teria que confessar os seus sentimentos para Ayla. Então, antes de sair para ver a Ayla, ele quis passar no escritório do Arthur... Não porque ele tinha obrigação de informar sobre a vida dele, mas ele queria deixar bem claro que ia acertar as coisas com Ayla, e que ia pedir ela em namoro, para que Arthur, de uma vez por todas deixasse a moça em paz...

Como de costume, entrou sem bater no escritório do pai...

Quando abriu, se surpreendeu...

A moça que ele havia visto mais cedo e o Arthur estavam se beijando...

Eles viraram surpresos e Arthur olhou confuso para o filho, enquanto a mulher sorria...

Hayato: Papai?

Arthur: Você não pode entrar sem bater, Hayato. E se estivéssemos fazendo algo mais sério?

Hayato: No escritório? O que vocês são? Não... Prefiro não saber. Com licença.

Hayato saiu rapidamente daquele lugar...

Pegou seu cavalo e foi para a casa da Ayla...

Ele chamou e Ayla o atendeu...

Ayla: Boa noite, Hayato.

Ela sorriu.