Ao sair da caverna Léo ficou surpreso com o que estava vendo, fogo, casas e lugares destruídos e os lobos e animais desesperados.
- EVACUEM A CIDADE! – Gritava o Marrok. – Levem as pessoas e os animais para um local seguro!
Uma criança caiu a frente de Léo, era um menino que estava usando uma calça moletom vermelha, ele estava descalço e sujo com a poeira, Léo o pegou no colo e começou a correr passando pelo Marrok que avistou o lobo correndo com a criança.
- Mamãe! – Apontou a criança para o lado e Léo olhou. A mãe da criança era uma mulher alta, pele branca, cabelos longos e pretos, olhos castanhos escuros e lábios carnudos. Ela era Magra e estava usando shorts jeans com uma camiseta azul escuro, ela pegou a criança do colo de Léo e o agradeceu. – Não foi nada, vá para um local seguro agora!
A mulher assentiu e voltou a correr, logo outra explosão pode ser ouvida e Léo correu para direita.
***
Após alguns minutos as meninas conseguiram sair da caverna e estavam horrorizadas com o que viam.
- Meu Deus! – Disse Mirela surpresa.
- É quase igual à noite em que eu conheci a família de Jonathan! – Completou Rebeka.
- Cuidado! – Elisangela pulou sobre as amigas as fazendo voltaram para a caverna, logo uma explosão ocorreu perto delas e uma grande nuvem de poeira pode ser vista. – Estão todas bem?
- Sim Eli estamos! – Respondeu Rebeka.
- Obrigada Eli! – Disse Mirela e a mulher sorri.
- Não foi na... - Ela logo se interrompeu e virou-se, as meninas seguiram o seu gesto e logo uma pessoa estava a frente delas. Ele usava roupas Militares de cor cinza e com capacete da mesma cor, coturnos, luvas e uma máscara de cor preta que cobria todo o seu rosto deixando apenas os seus olhos verdes visíveis. Ele estava com uma pistola na mão e olhou atentamente para as meninas. – O que quer?
- Só matar vocês aberrações!
- Nós não somos lobos! – Respondeu Elisangela.
- Mas andam com essas aberrações! Então são aberrações como eles! Uma vergonha pra humanidade!
Após dizer essas palavras Elisangela com um movimento desarmou o rapaz, em sincronia com uma das mãos ela para no cano da arma desviando para o lado e ao mesmo tempo bateu no pulso do rapaz fazendo seu braço ir para o outro lado, ele percebeu o ato tarde demais. Ela logo pegou a arma e a virou apontando para o rosto do rapaz que levantou as mãos se rendendo.
- Somos aberrações? – Retirando a arma do rosto do rapaz ela logo o socou em seu rosto o fazendo ir para trás, ela logo retirou o cartucho da arma e com um movimento rápido atingiu a arma no queixo do rapaz fazendo o seu rosto virar para o lado e o fazendo cair desacordado. – Aberração é você seu idiota!
- Eli... – Disse Mirela surpresa.
- Você é... – Tentou completar Rebeka.
- Nada demais gente, defesa pessoal básica!
***
Léo continuava ajudando as pessoas a fugirem para um local seguro, uma mãe com três crianças ficaram presas nos escombros de uma casa e Léo as ajudou, ele realmente estava diferente, não apenas os seus sentidos estavam mais apurados, mas ele percebeu que sua força havia dobrado e isso o ajudou a retirar aquela mãe junto com os seus filhos do local rapidamente.
Rita assim como Léo e seu marido ajudava a evacuar a cidade, ela estava auxiliando uma das lobas que estava grávida, ela estava no final oitavo mês e logo iria dar a luz. Mesmo sendo uma loba a jovem tinha dificuldade em andar e Rita a auxiliava, logo as duas pararam de andar ao sentirem algo e olharam para o lado. Quatro homens com uniformes similares ao do rapaz que Elisangela havia abatido apareceram no ângulo de visão das mulheres, eles estavam com metralhadoras apontadas para as mulheres e um sorriso era visível em seus olhos!
- Ganhamos na loteria! – Disse um dos rapazes e logo os demais começaram a sorrir. – Hora de morrer aberrações!
Logo algo passou sobre eles atraindo sua atenção eles se preparavam para atacar, mas logo no segundo seguinte suas armas haviam sido retiradas de suas mãos, o que deixou os rapazes mais apreensivos, logo eles levaram as mãos na cintura e perceberam o restante de suas armas também haviam sido confiscados e agora o terror era visível no rosto dos rapazes.
- Estão procurando por isso? – Eles viraram o rosto na direção da voz, não só eles, mas as mulheres e logo Rita começou a sorrir. – Olha só o que eu vou fazer com isso machões!
- Obrigada Léo! – Disse Rita feliz.
- Não foi nada tia! – Com um movimento rápido Léo atirou as armas para o alto e os caçadores as seguiram com o olhar, Léo se aproximou e logo socou o rosto de cada um deles os fazendo voarem para longe. – Pronto, agora vamos lá tia eu levo ela!
- Tudo bem meu sobrinho. – Logo Léo segurou a loba no colo e ela o agradeceu. – E Rebeka e as meninas?
Léo parou de andar ao escutar o nome deles e virando olhou surpreso para a sua tia.
- Ah não...
- Para onde você foi com o meu marido?
- Para a caverna onde eu descobri que éramos parentes!
- Fica próxima ao abrigo vamos lá!
- Ok tia vamos!
***
Após não ouvirem mais o baralho das explosões as meninas resolveram andar pelo local, Elisangela estava com a arma do caçador e andava na frente atenta a tudo a sua volta, suas amigas a seguiam totalmente alerta.
- Será que acabou? – Perguntou Rebeka.
- Eu espero que sim Re! – Respondeu Mirela.
Elas continuavam andando e logo ouviram um barulho, as meninas ficaram nas costas de Elisangela que apontou a arma na direção do som.
- Sou eu senhoritas! – Ao escutarem a voz do Marrok as meninas respiraram aliviadas. – Eu estava fazendo uma busca e logo senti o cheiro de vocês, pelo jeito vocês são as únicas que ficaram por aqui!
- E o Léo? – Perguntou Rebeka.
- Ele estava bem, da última vez que o vi estava ajudando uma das famílias a saírem os escombros.
- Que bom!
- Eu vou leva-las aos abrigos de emergência e depois vou com os meus filhos impedir os invasores!
- Mas a invasão já não acabou? – Perguntou Elisangela e o Marrok negou.
- Conseguimos afasta-los um pouco, mas eles ainda estão atacando!
- Eu desarmei um e o deixei caído!
- Tudo bem, um dos meus filhos o colocará para fora!
- Eli! – Disse Léo atraindo a atenção de todos. – Vocês estão bem!
- Léo! – Disse ela aliviada. – Nós estamos sim!
- Re, você está bem? – Ela assentiu e o abraçou forte. – Que bom fico feliz sabendo disso.
- Léo... - Agora quem falava era Mirela. – Os meus filhos...
Léo se afastou de Rebeka e assentindo ele voltou a falar.
- Eles estão bem! Assim que o ataque começou a minha tia disse que eles foram um dos primeiros a irem para os abrigos, e ela continuou ajudando os demais.
- Que bom! – Disse Mirela aliviada.
- Sua tia está bem? – Perguntou o Marrok e Léo assentiu.
- Eu a ajudei, ela estava levando uma mulher grávida ao abrigo, ela disse que ficava perto daqui por isso vim ver elas logo em seguida!
- Ótimo! Então leve elas ao abrigo!
- Pode deixar! Vamos meninas!
Elas assentiram e começaram a seguir Léo, o Marrok partiu para outra direção se preparando para se juntar a todos na Luta.
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