XVII

Uma hora depois Léo desceu as escadas e as meninas ficaram surpresas com o que viam, Léo estava usando uma camiseta preta que defina o seu corpo com uma bermuda jeans preta e estava descalço, em seus ouvido era possível ver uma cera que os tampava, em suas narinas algodões eram visto e seus olhos estavam vendados.

- Aconteceu alguma coisa com Léo? – Perguntou Mirela surpresa.

- Não minha jovem Mirela isso é apenas algumas medidas, Léo está muito sensível!

- Sensível demais! – Respondeu ele.

- Léo você pode me ouvir?

-Claro que posso Mih, ainda está alto a sua voz, mas é suportável.

- Alta a minha voz?

- Sim!

- Mas eu não estou falando alto Léo.

- Mesmo você falando em um tom normal ele consegue ouvir como se você gritasse em sua orelha!

- Minha nossa!

- Por isso agora eu tenho que aprender a controlar isso!

- E vai conseguir!

- E Lilian?

- Sim? – Respondeu a loba que o olhava atentamente.

- Perdão por antes eu... Eu...

- Está tudo bem! – Respondeu ela rapidamente e ficando sem jeito.

Lembrar daquele ocorrido deixou Rebeka com mais ciúmes.

- Re! Ta tudo bem? - Perguntou Léo surpreendendo a jovem.

- Está tudo bem sim Léo porque não estaria? – Respondeu ela tentando controlar a sua voz.

- É que eu pensei que não estava bem... Devo ter me enganado desculpe!

- Tudo bem, e eu estava preocupada com você.

- Vou ficar bem e não te preocupar mais, só preciso controlar isso!

- E eu vou ajuda-lo com isso! – Disse o Marrok atraindo a atenção de todos.

- Obrigado!

- Mas antes você precisa se alimentar! – Disse Rita e Léo assentiu. – Lilian leve ele até a sala e o sirva!

- Sim mamãe!

Rebeka ficou em silêncio e logo se lembrou que a loba informou que Léo havia ficado excitado ao sentir o cheiro dela, aquelas palavras ecoavam em sua mente e Rebeka não conseguia afastar esse pensamento, ainda mais com Rita pedindo para que ela levasse Léo até a cozinha. Elisangela olhou atentamente para a amiga e logo um sorriso apareceu em sua face.

Léo foi levado até a sala e lá estava uma grande mesa e sobre a mesa uma variedade de comida era visível frutas, carnes, bolos, água, suco. O estomago de Léo roncou alto e sorrindo Rita disse que toda aquela comida era para Léo. Mesmo ele não conseguindo ver, seu olfato ainda estava apurado e o jovem lobo agradeceu pela comida e logo começou a comer.

                                                                                                  ***

Meia hora depois Léo havia comido toda aquela comida, o que deixou as meninas de queixo caído, Rita e as lobas começaram a rir e Léo mostrava estar confuso.

- O que aconteceu?

- Suas amigas Léo. – Respondeu Rita. – A cara delas é hilária.

- Nunca vi alguém comer tanto! – Respondeu Elisangela e suas amigas assentiram.

- É normal ele gastou muita energia na noite de lua cheia e também dormiu por duas semanas, é normal ele estar faminto desse jeito!

- Agora venha comigo Léo, vamos começar a controlar os seus sentidos! – Disse o Marrok e Léo logo ficou de pé.

- Podemos ir junto? – Perguntou Mirela.

- Até uma parte do caminho sim, mas o restante não. – Respondeu o Marrok e ela assentiu.

                                       ***

Logo eles estavam na caverna novamente, local onde Léo descobriu que Rita era sua tia. Ao entrarem Léo foi ordenado a se soltar das meninas e a retirar os itens, logo Léo olhou surpreso para o Marrok que sorria.

- Não é nenhuma mágica! Pelo menos não minha ou de minha esposa.

- Então que mágica é?

- A natureza Léo!

- Natureza?

- Sim! O seu lobo só precisa estar em contato com a natureza, os lobos urbanos como você são iguais aos humanos. Os humanos que vivem na correria e estresse da cidade muitos quando vão para o campo se sentem mais revigorados, ligados com a natureza o mesmo é com os lobos muitas coisas não tudo, mas a maioria é resolvida apenas com o contato com a natureza, por isso você se sente bem aqui.

- Entendo... Então tudo o que tenho que fazer agora é ficar aqui correto?

- Não apenas isso, mas aproveite e exercite os seus sentidos para quando você voltar à dor esteja menor.

- Eu apenas não consegui lidar ainda com a minha audição. – Disse ele com calma. – Meus demais sentidos até o olfato eu consigo controlar, mas audição ainda não.

- Então começaremos por esse sentido!

O Marrok começou a andar e logo Léo e as meninas o seguiram após alguns minutos ele saíram da caverna e estavam agora em uma grande cachoeira igual a cachoeira de luz.

- Uauuu! – Disseram as meninas admiradas.

- Aqui é o a cachoeira Luz da Lua!

- Luz da Lua? – Perguntou Rebeka!

- Sim, assim como a outra cachoeira onde foram encontrados a luz do sol faz a água parecer ser completamente luz, aqui ocorre o mesmo fenômeno, mas no caso a noite e principalmente em uma lua cheia.

- Entendo! – E Rebeka entendia mesmo.

- Léo pule na água e fique lá até não ouvir mais nada e depois foque em controlar o sua audição.

- Ok!

O lobo pulou na água e logo mergulhou, Léo ficou encantando com o que via havia uma variedade de peixes, existiam muitos peixes que ele nem mesmo ele conhecia, logo Léo pode sentir outra coisa. As águas faziam o seu corpo ficar mais relaxado, e isso deixava Léo mais tranquilo.

Ele continuou mergulhando e logo ele percebeu que não podia ouvir mais nada, estava um silêncio maravilhoso e confortante, Léo em muito tempo em sua vida pode sentir paz, livre e principalmente feliz, ficar naquele lugar deixava Léo mais há vontade e no final Léo fechou os seus olhos.

                                    ***

- Já tem um tempo que ele está lá embaixo! – Disse Mirela e todos assentiram.

- Duas horas para ser mais exato! – Respondeu o Marrok.

- E se ele tiver desmaiado ou...

- Ele está bem, essa cachoeira é especial, por conta do fenômeno com a luz da lua aqui o nosso lobo relaxa intensamente, Léo não morrerá com isso e ele tivesse problemas eu saberia os peixes ficam agitados e quando isso acontece é porque tem algo errado!

- Entendo.

Após dizer essas palavras no segundo seguinte Léo submergiu e estava sorrindo.

- Nossa... Isso é incrível eu me sinto completamen... – Léo logo parou de falar e começou a olhar em volta surpreso.

- Léo o que foi? – Perguntou Rebeka.

- Esse cheiro...

- Cheiro?

- Na verdade... Esses cheiros!

- Do que está falando Léo?

- Marrok... Tem pessoas se aproximando daqui!

- Pessoas?

- Eu já memorizei todos os cheiros dos habitantes da aldeia e também os animais, mas tem outros cheiros realmente se aproximando e são...

- São?

- Cheiros de humanos!

- Humanos?

Logo uma grande explosão pode ser ouvida de longe e isso assustou a todos, um segundo e terceiro som de explosões puderam ser ouvidos e logo Léo saiu das águas.

- O que é isso? – Perguntou Elisangela.

- CAÇADORES! – Responderam Léo e o Marrok em uníssono.

-RITA! – O Marrok começou a correr.

Logo Léo e as meninas começaram a correr seguindo o lobo, mas por suas habilidades eles logo sumiram de sua visão e elas continuaram correndo.

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