Após o ataque dos caçadores Léo e as meninas conseguiram ver melhor os estragos. Casas estavam destruídas, buracos podiam ser vistos pelas estradas que antes pareciam um tapete. Alguns lobos e animais estavam feridos, eles foram informados que ninguém havia morrido, nem mesmo os animais o que deixou a todos aliviados.
- Isso... – Disse Rebeka chamando a atenção de todos. – Me faz lembrar um pouco o que aconteceu na noite quem Jonathan morreu...
Léo se aproximou e passou o braço em volta do seu corpo a reconfortando, Rebeka agradeceu a Léo e todos continuaram andando. Por onde passavam alguns lobos olhavam atentamente para o grupo principalmente para Léo.
- Eles não param de nos olhar. – Disse Mirela para todos.
- É por minha causa. – Respondeu Léo.
- Sua causa? – Perguntou Elisangela e o lobo assentiu.
- Eles ainda não confiam em mim...não atacam por ordens do Marrok.
- Entendo...
Eles continuaram andando e no meio do caminho se encontraram com Rita, a loba estava usando um longo vestido preto com pulseiras e colares de ouro. Ao ver os jovens a loba sorrio e com a voz calma começou a falar.
- Chegaram em boa hora.
- Pelo jeito você já se recuperou completamente. – Disse Léo e a mulher assentiu.
- Eu me recupero mais rápido do os outros lobos meu jovem.
- Estou vendo isso.
- Me sigam tem uma coisa que eu quero mostrar a vocês e principalmente a você meu jovem Léo.
- Para mim?
- Sim apenas me sigam!
Todos assentiram e começaram a seguir a loba, durante o caminho eles avistaram outras casas que estavam destruídas, alguns lobos eram vistos no caminho, quando viram Rita os lobos cumprimentavam a Beta, quando o seu olhar chegava em Léo os lobos voltavam a olhar atentamente para o jovem lobo. Após alguns minutos andando Rita levou os jovens para uma região um pouco longe da cidade, eles continuaram andando por mais alguns minutos e logo avistaram uma enorme caverna.
- Chegamos. – Disse ela e todos olhavam atentamente para a caverna.
- Aqui? – Perguntou Mirela curiosa e a loba assentiu.
- Sim aqui, vamos entrem.
Ao terminar de falar a loba adentrou na caverna e todos a seguiram, no início não viram nada de mais, a caverna era bem iluminada todos perceberam, tochas queimavam na parede e logo Léo avistou uma coisa que chamou a sua atenção.
- É lindo, não é? – Perguntou a loba e o jovem assentiu.
Nas paredes da caverna a imagem de um grande lobo podia ser vista, o lobo tinha os pelos brancos, seus olhos eram verdes e em seu pescoço um colar podia ser visto, o pingente do colar a imagem de um lobo em cristal podia ser visto e isso chamou mais ainda a atenção de Léo.
- Esse... colar eu já vi ele...
- Isso mesmo. – Disse Rita. – É o mesmo colar que o meu marido usa, ele é passado a cada geração de Marrok.
- A cada geração? – Perguntou Mirela.
- Sim minha jovem toda vez que um Marrok é escolhido ele tem herda esse colar, o meu marido é o quinto Marrok desse pais.
- O quinto. – Perguntou Léo surpreso.
- Porque está surpreso Léo? – Perguntou Rebeka.
- Bom pelo pouco que eu sei sobre os lobos de floresta, o Marrok praticamente é difícil de ser substituído. Entre os Lobos Urbanos isso é normal, porque eles sempre estão querendo mais poder então...é normal um alfa desafiar um Marrok algo que entre os lobos de floresta não existe.
- Está dizendo que entre os lobos de floresta não há luta para o posto de alfa?
- Não há mesmo. – Disse Rita chamando a atenção. – Essa lei foi criada pelos Lycan que assim como o seu pai eram violentos e queriam resolver tudo em uma luta. Os filhos de Lupa que somos todos nós resolvemos abolir isso, e conseguimos, mas quando alguns lobos migraram para as aldeias os lobos urbanos resolveram voltar com esse velho habito, tudo para não ficarem entediados.
- Espera um momento. – Agora era Léo quem chamou a atenção. – Está dizendo que essa regra foi criada para tirar o tédio?
- Isso mesmo jovem Léo, o fato de nós os chamarmos de cães domesticados é por isso. Quando os lobos migraram para as aldeias eles sempre controlavam o seu lobo interior. Eles queriam viver como humanos e por isso continham o seu lobo interior, mas logo descobriram que isso foi um erro. Um lobo é livre e não cão doméstico, é por isso que as raças são diferentes o cão selvagem e o cão doméstico. Já entre os lobos não é bem assim, todos somos iguais embora tenhamos criados esses rótulos para nos diferenciar somos todos iguais e você já deve ter percebido isso, não é?
- Eu...eu...
- Ainda não percebeu pelo jeito.
- E como eu iria perceber isso?
- Não sente nada diferente em você?
- Só estou mais calmo apenas isso.
- Tem certeza?
- Sim! Eu não sinto nada de diferente em mim fora isso.
- Vire lobo!
- Agora?
- Sim agora.
- Está bem. – Suspirando Léo em segundos se transformou na frente de todas, ele agora era um lobo marrom, com as pontas das orelhas, parte do focinho, das patas e a ponta da calda eram brancas, com olhos amarelos e as pupilas negras. O lobo se sentia agora diferente. Léo se sentia mais forte, mais ágil e os seus sentidos estavam a mil por hora.
- Está sentindo a diferente agora? – Perguntou Rita e lobo uivou.
- O seu corpo demorou para sentir a diferença, agora pode sentir tudo. – Novamente o lobo uivou e Rita sorrio. – Claro que pode testar vai lá corra!
O lobo balançou a cabeça e começou a correr deixando o local.
- Hã senhora Rita. – Perguntou Elisangela meio sem jeito.
- Sim?
- A senhora estava falando com Léo enquanto ele era lobo?
- Sim eu estava por que?
- É que...que... – Elisangela não conseguia completar a frase.
- Há sim...acha que estou louca?
- Não, não é isso é só que...
- Acha estranho eu falar com ele quando ele está naquela forma?
- Bom...sim...
- É normal você pensar assim, mas veja bem, mesmo em sua forma de lobos ele pode nos ouvir perfeitamente e pode se comunicar também, mas vocês não podem entender o que ele diz só apenas nós lobos conseguimos isso.
- Um momento. – Agora quem falava era Rebeka. – Léo me disse que ele não consegue entender outro lobo quando ele está forma humana só na forma de lobo!
- Poder ele pode Rebeka, mas ele não sabe como fazer isso, aliás os lobos como ele não sabem como fazer isso.
- Porque não?
- Muitos conhecimentos dos lobos urbanos se perderam com os anos, o amor os fez esquecer de muitas coisas. Eles estão tentando agora reaprender tudo, mas iram demorar muito para voltarem a aprender tudo o que esqueceram. Por outro lado, nós os lobos de floresta ainda temos esse conhecimento que é passado de geração a geração.
- A senhora sabe muito sobre lobos, não é?
- Claro que sei, sempre fui fascinada por lobos desde que era uma bruxa.
- Espera um momento...você era uma bruxa?
- Sim eu era, mas deixei de ser assim que me tornei loba.
- A mãe de Jonathan e Léo também era uma bruxa, Léo me contou isso.
- Então ele é filho de bruxa? Aliás não de uma bruxa e sim de uma loba, já que ele é o filho mais novo.
- Não de uma bruxa mesmo. – Ao dizer essas palavras Rita olhou curiosa para Rebeka. – Léo me disse que a mãe dele morreu quando deu à luz a ele, mas ela ainda era uma bruxa.
- Mas isso é impossível...a não ser que...
- A não ser o que?
- Você sabe o nome dela? Da mãe dele?
- Ai! Léo tinha me dito, mas eu me esqueci do nome dela.
- O nome da minha mãe... – Léo voltou ficando nas sombras e com isso assustou as meninas.
- Léo quase nos matou do coração!
- Desculpe Re.
- Mas porque está escondido.
- Estou sem roupa.
- Não precisa ter vergonha jovem Léo. – Disse Rita.
- Tem mulheres ai e elas não são lobas.
- Ainda tem vergonha de ficar nu na frente delas?
- Sim eu tenho.
- Haha...tudo bem, mas poderia me dizer o nome de sua mãe?
- O nome dela era Madalena. – Ao dizer o nome Rita olhou surpresa para Léo. – O que foi?
- Como disse que era o nome de sua mãe?
- Madalena!
- Madalena?
- Sim.
- Madalena do que?
- Madalena Pazzoni. – Ao escutar o sobrenome Pazzoni Rita quase caiu, Léo saiu das sombras não ligando para o fato de estar nu e segurou a mulher nos braços a impedido de cair. As meninas olhavam preocupadas para Rita e Léo voltou a falar.- O que foi? O que a senhora tem?
- Madalena...Pazzoni... esse era...era o nome da sua mãe?
- Sim era...
-Era? Então quer dizer que ela está mesmo morta?
- Infelizmente sim...ela morreu dando à luz a mim. A senhora conhecia a minha mãe?
- E como conhecia...- Respirando fundo a loba fechou os olhos e uma lágrima escorreu por sua face.
- O nome de solteira de sua mãe...era Madalena Magh? - Agora era Léo quem estava surpreso.
- A senhora realmente conhecia bem a minha mãe...
- E como conhecia...afinal eu a vi nascer...
- A viu nascer? – Léo estava mais surpreso.
-Eu sou a primogênita da "Ordem de Bruxos as Filhas da Noite". – Léo ficou de queixo caído ao escutar aquela revelação. – Meu nome é Rita Magh, e tinha duas irmãs gêmeas Calisto e Madalena Magh ou seja...se você é filho de Madalena então...
- A senhora é a minha tia!
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Comments
Maria Nice Grudgen
Eita
2024-11-08
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