XII

Dia da Noite de Lua Cheia!

- Porque Léo está estranho faz uns dias? – Perguntou Elisangela a Rebeka.

- A noite de Lua está chegando. – Disse Rita atraindo a atenção das jovens. – Lobos como ele que não tem controle ficam agitados e estranhos nesses dias, é igual uma mulher quando está entrando o período de menstruação, primeiro vem as cólicas e depois...o resto já sabem.

- Então esses dias de agitação seriam as cólicas, e a noite de lua é quando o sangue desce? – Perguntou Elisangela e Rita assentiu. O Marrok chegou no local e todos os olharam.

- Meu amor? – Perguntou Rita e ele a olhou.

- Preciso falar uma coisa com vocês minhas jovens! – O olhar dele passou Rebeka e Elisangela, Mirela que chegou em seguida carregando os bebes nos braços, Rita a ajudou pegando Melanie e Mirela a agradeceu.

- O senhor que falar conosco? – Perguntou Rebeka e o lobo assentiu.

- Isso principalmente com você!

- Comigo?

- Sim.

- Mas porquê?

- O menino me contou as ordens que ele tem de proteger vocês, mas como você é a primeira e vejo a ligação que tem com ele é melhor que esteja preparada, mais que as demais.

- Rebeka e tem uma ligação com Léo? – Perguntou Elisangela curiosa.

- Não é isso que está pensando. – Respondeu ela rápido.

- Eu sei bobinha só estou brincando. – Respondeu a jovem e logo começou a rir.

- Então... – O Marrok chamou novamente a atenção para si. – Vou ajudar o menino a controlar o seu lobo, mas já deixo claro uma coisa...não vai gostar do que eu irei fazer!

- Vai machucar ele? – Perguntou Rebeka.

-Terei que fazer isso também.

- Que horror. - Agora quem falava era Mirela.

- Minha jovem Mirela. – Rita tomou a atenção para si. – Nas noites de lua um lobo só pode ser controlado de duas maneiras. A primeira é com uma Ômega, a segunda é através da dor! Como não temos uma Ômega então...só nos resta a segunda opção.

- Infelizmente ela tem razão Mih. – Disse Rebeka. – Viu como ele fica nas noites de lua...o Léo some por uma noite então...só nos resta essa opção mesmo.

- Obrigado por entender e saiba que não é pessoal, não dessa vez pelo menos.

- Sim eu entendo.

- Muito bem vamos começar.

                                ***

A noite chegou e todos estavam reunidos na praça aonde Léo foi espancado dias as atrás. Aquele ocorrido para o jovem lobo pareceu ter acontecido a anos e não a dias a atrás. Léo estava muito agitado, todos puderam perceber. Ele mal falava e não conseguia parar quieto. Ele estava usando apenas uma bermuda jeans marrom, o Marrok apareceu junto com sua esposa Rita e mais alguns lobos todos homens e as mulheres de seus falecidos filhos, ele percebeu por último que Rebeka e as meninas haviam chegado e outro fato chamou a atenção dele Mirela não estava carregando os gêmeos, ela percebeu a dúvida de Léo e o respondeu:

- Eles estão com algumas lobas. – Disse ela e o lobo respirou aliviado. – A senhora Rita pediu para algumas lobas tomarem conta deles enquanto eles dormem.

- Entendi Mih entendi.

- Pronto garoto? – Disse o Marrok e ele assentiu.

- Sim pode me amarrar!

- Amarrar? – Perguntou o Marrok curioso.

- Sim você não vai me amarrar?

- Não eu não vou amarra-lo eu apenas irei te prender aqui!

- Como é que é? – Léo e as meninas ficaram curiosos com a pergunta do Marrok.

- Você vai ver! – Ele virou o rosto e a olhou para a sua esposa. – Quando quiser meu amor.

- Agora mesmo!

Rita se aproximou do marido, ela estava usando um longo vestido verde, com braceletes de ouro e duas pedras preciosas, no início Léo não conseguiu identificar quais eram as pedras, mas depois ele percebeu que eram rubis. Ele pode perceber também que Rita estava carregando um pequeno pote de barro com o rosto de um lobo pintado.

- Vamos prender os dois aqui! – Levando a mão dentro do pote ela logo a retirou e em suas mãos uma grande fuligem podia ser vista, Léo logo percebeu que não era uma fuligem e sim eram cinzas, alguma coisa foi queimada e suas cinzas foram colocadas naquele pote. Por causa da imagem do lobo pintada sobre ele Léo pensou que poderia ser as cinzas de algum lobo que morreu e seu corpo foi cremado. Poderia ser uma comparação estranha, mas como ele ainda não conhecia muito bem os lobos de floresta não ficara surpreso e se realmente fossem as cinzas de um lobo morto.

Rita começou a jogar as cinzas pelo chão, ela começou a andar e espalhava as cinzas criando um rastro, ao terminar ela havia feito um círculo envolvendo os lobos e se afastou.

- Pronto, agora é com você meu amor.

- Obrigado meu amor.

- Então... – Léo chamou a atenção deles. – Como é que isso vai me parar? Há magia certo?

- Sim e não.

- Como assim?

- Tente sair do círculo.

- Ok então. – Léo se afastou e quando estava para se aproximar se aproximar do círculo uma cena chamou a atenção das meninas. – Aahhh – Léo soltou um grito de dor, seu nariz sangrava e seu rosto estava inchado.

- Mas o que aconteceu com ele? – Perguntou Elisangela.

- Ele bateu de cara com barreira! – Respondeu Rita.

- Barreira?

- Sim.

- Então você usou magia?

- Não eu não usei magia, não posso mais fazer isso.

- Mas você disse que tinham feitiços simples que não precisavam de magia só alguns ingredientes.

- Sim é verdade, mas isso não é um feitiço que eu aprendi, e sim é umas das maneiras primitivas de expulsar um lobo.

- Maneira primitiva de expulsar um lobo?

- Sim, são cinzas das montanhas, cinzas de um vulcão na verdade, os vulcões eram conhecidos como montanhas de fogo, então as cinzas de tudo que foram queimados pelo magma são capazes de repelir um lobo, assim como vampiros não podem entrar na casa de um humano sem serem convidados, eles precisam de autorização para entrar, porque uma barreira os impedem de fazer isso. Assim que funciona as cinzas da montanha, elas criam uma barreira e prendem o lobo dentro dela.

- Então Léo bateu de cara na barreira certo?

- Isso mesmo.

- Entendi...vocês planejam me prender. – Disse o lobo ainda com as mãos no rosto.- Então você vai fazer como eu faço nas noites de lua? Me prender e não me deixar sair e nem matar ninguém?

- Quase isso.

- Quase?

- A diferença é que você só prende o seu lobo, eu vou prender o seu lobo e ensinar ele quem manda ou seja... – Ele se aproximou ficando mais perto de Léo. – Vou domar o seu lobo no inicio para que você o dome depois e ganhe o controle.

- E como fará isso?

- Simples... – Ele levou a mão no bolso e Léo olhou curioso para ver o que ele iria retirar, o Marrok retirou a mão do bolso e a apertava com força, Léo não conseguiu ver o que tinha na mão do lobo e isso aumentou ainda mais a sua curiosidade. – Primeiro você vai tirar um cochilo!

Ao terminar de dizer essas palavras o Marrok com um movimento rápido socou o rosto de Léo o surpreendendo, com o impacto do soco a cabeça de Léo foi para trás violentamente e bateu contra a barreira, o corpo do jovem lobo caiu no chão ficando inconsciente, despreocupadamente o Marrok se afastou se aproximando da barreira e sentou-se no chão.

- Ok! – Disse ele com calma. – Agora é só esperar o lobo dele acordar.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!