Os dias passaram de forma agradável já que eu tinha a companhia da doce Amélia. Mais encontros foram marcados e eu não conseguia aceitar nenhuma das moças que vinham almoçar comigo. Por mais excepcionais que fossem, eu não conseguia tirar a Smith da cabeça.
Já tive quinze dos vinte encontros que estavam marcados, dentre eles apenas duas mulheres me chamaram atenção, uma tocava piano lindamente e vivia de pintura e a outra era uma bailarina muito conceituada, mas logo eu perdi o encanto com as regras que elas queriam colocar. Amélia vivia se divertindo e depois zombava da minha cara imitando as mulheres que davam em cima de mim na maior cara dura.
Hoje é sexta-feira, Amélia preparou uma lasanha enorme de carne e convidou o John e a Jenny para jantar com nós dois.
Eu estava escorado no corrimão da escada observando ela arrumar a mesa quando senti meu telefone vibrar no bolso da calça jeans.
“Estou indo para a mansão, vou te apresentar minha namorada.”
Cheguei perto da Amélia e mostrei a mensagem do Éric.
— Vou preparar dois lugares a mais então. — ela disse indo para a cozinha.
Fiquei olhando ela entrar corredor a fora. Com sua linda jardineira jeans que deixava todo o corpo torneado…
Sacudi minha cabeça quando Jenny e John se aproximaram e sentaram à mesa.
— Espero que Amélia cozinhe tão bem quanto trabalha. — Jenny fala sorridente olhando os pratos e talheres da mesa.
— Só quero comer e ir pra casa, estou morto de cansaço… — John ajeitou o terno após se endireitar na cadeira.
Ouvi a campainha tocar e logo depois a porta sendo aberta me dando a visão do Éric de mãos dadas com uma mulher.
[...]
Depois que jantamos, continuamos na mesa. Estávamos tomando sorvete como sobremesa e eu ainda estava pensando como que o Éric acabou namorando a colega de apartamento de Amélia, a cidade não é tão grande quanto eu imaginava.
Jenny e John apenas conversavam sobre a mansão e Amélia e Megan estavam focadas nas histórias do aventureiro Éric. Eu estava apenas focado no meu sorvete.
— Você realmente tem tantas tatuagens assim? — Amélia perguntou para Éric.
— Tenho! Todas de momentos especiais, inclusive eu já implorei para que o Anthony fizesse uma comigo mas, ele não curte muito tatuagem.
— Como não curto? Amélia tem uma tatuagem linda de borboleta. — eu disse colocando um pouco mais de sorvete no meu pote.
— Sério, Amélia? — Jenny a olhou curiosa.
Bruscamente, Megan levantou e bateu as mãos na mesa. Todos a olharam sem entender.
Quando me dei conta do que eu havia dito, procurei os olhos de Amélia. Seu rosto estava mais vermelho que de costume.
— Engraçado, essa tatuagem dela fica em um lugar bem íntimo… Sr Ramsey. — Megan disse cruzando os braços.
Mais que porra.
Éric desatou a rir.
— Cansei por hoje! — Amélia falou e subiu as escadas o mais rápido que pode.
— É, acho que já vamos também… — observei Megan sair andando com Éric logo atrás.
Assim que me despedi de John e Jenny, retirei as coisas da mesa e subi as escadas. Quando cheguei em frente ao quarto de Amélia a ouvi conversando com alguém, e parecia estar brava. Dei privacidade a ela e entrei no meu quarto.
— Que merda foi aquela, Anthony? — perguntei a mim mesmo olhando no espelho que havia ao lado da cama. — Preciso tirar ela da cabeça…
Acabei dormindo com raiva por ter falado aquilo sem pensar.
...AMÉLIA...
Depois da vergonha que Anthony me fez passar, eu nem ficar o fim de semana na mansão, só arrumei umas coisas e vim dormir no meu apartamento. Fiquei sozinha já que Megan estava dormindo mais na casa do Éric do que aqui.
Já era sábado à noite, eu estava extremamente entediada então, decidi me arrumar e ir em alguma balada no centro da cidade. Não estava frio, coloquei um vestido branco solto e apenas fiz um rabo de cavalo no cabelo. Calcei um salto preto, fiz uma maquiagem e me olhei no espelho.
— É, até que ficou bom. — dei uma conferida dentro da minha bolsa e saí de casa.
A balada estava lotada, demorei para achar um lugar no bar para me sentar e quando achei, logo um homem se aproximou e me deu a cantada mais barata que existe.
— É sério que perguntou se meu pai é pintor? — perguntei encarando o homem loiro que se sentou ao meu lado.
— Não custava tentar, não é mesmo? — ele sorriu e eu me arrepiei. — Prazer, me chamo Henrique.
Ele estendeu a mão e me cumprimentou alisando até demais a minha.
— Amélia…
— Lindo nome! Você está acompanhada? — ele perguntou olhando ao redor.
— Ah, não… Vim sozinha! — eu encarei um pouco mais e ele parece muito familiar. — Olha, nós já nos conhecemos antes?
— Eu com certeza lembraria de você.
Tudo pra ele é um flerte?
— O curto papo foi bom, mas vou precisar sair agora… Pode me passar seu contato? Queria te ver novamente mas, fora desse barulho todo.
Eu o olhei por alguns segundos. Ele é um gato, físico bonito, cabelo está em um curto topete e os olhos azuis piscina. Não vi problema em passar meu número. Apenas pedi o celular dele e anotei, e ele fez o mesmo no meu.
Logo depois que ele saiu pude beber sozinha e como sempre eu exagerei na bebida. Consegui sair da balada, pegar um táxi e voltar para casa em segurança.
Quando entrei vi que ainda estava sozinha.
Odeio solidão.
Abri a geladeira e peguei a primeira garrafa de bebida que achei.
Me sentei no sofá e encarei a televisão. Coloquei “Home - bts” para tocar e me lembrei de Anthony.
Aqueles olhos escuros que claramente tentavam a todo custo não me olhar o tempo todo.
Eu definitivamente não consigo não pensar nele, a forma com que viramos “amigos” foi genuinamente bonita. A princípio, em Paris, ele demonstrou estar muito atraído por mim e eu me segurei para não falar que sentia o mesmo mas, como ele iria acreditar? Nem eu mesma acredito em mim… Eu nunca namorei alguém, não sei como é ser tocada por alguém.
Lembrar dele e de como ele se esforça pra sorrir quando eu estou por perto faz meu coração acelerar e a ansiedade tomar conta de mim.
Já estava me sentindo muito tonta e a solidão invadia o meu peito, me fazendo ligar para Anthony na mesma hora.
— Smith? — ouvi a voz dele rouca e sonolenta. — São uma da manhã, aconteceu algo?
— Sim, aconteceu! — entre soluços eu falo apontando para o nada. — Você!
— Eu?
— Quem te disse que poderia contar da minha tatuagem?
Ele riu.
— Você está bêbada, amanhã conversamos.
— Não desligue! Eu não te dei permissão para reparar no meu pijama. Não te dei permissão para sonhar comigo e muito menos para sentir atração por mim. — comecei a chorar feito criança. — Você me fez pensar em você e isso não pode acontecer, Anthony!
Por vários segundos ouvi apenas uma respiração pesada. Imaginei que ele estava passando as mãos pelo cabelo.
— Smith, por favor… Não fale essas coisas pra mim.
— Você me disse o que pensava de mim, tocou meu cabelo e pediu pra eu não deixar ninguém mais fazer isso. O que queria que eu fizesse? Se você não fosse tão gostoso eu não teria nenhum tipo de problema, seu idiota!
— Amanhã conversamos.
E ele desligou. Joguei o celular ao meu lado no sofá e apenas continuei curtindo a minha solidão.
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Josemeiri Barroso
q falou da tatu foi o Antony0, n Megan.
2024-10-30
2
Dindi
A amiga dela, a Megan, teve uma atitude ridícula!!! Não deveria ter falado onde era a tatuagem da Amélia. Ela expôs a amiga. Não gostei! 😡
2024-10-13
4
ARMINDA
🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣 AMÉLIA SE ENTREGOU . MESMO BEBADA ANTONY JA SABE COMO AMÉLIA SENTE EM RELAÇÃO A ELE.
2024-10-10
4