Capítulo. 19

Ela vê que estou sozinho e fica puta. "Você não a trouxe?"

Por que ela faz isso consigo mesma? “Não, mãe. Eu disse que não era.”

“Eu esperava que você mudasse de ideia. Quero conhecer a mulher que chamou a atenção do meu filho. É pedir muito?”

“Não, mãe, não é.” Eu não deveria, mas dou falsas esperanças a ela porque seria a coisa certa a dizer se Paige fosse minha namorada de verdade. “Talvez eu a leve da próxima vez.”

Os olhos dela brilham com a minha proposta. “Teremos seu jantar de aniversário no mês que vem. Você pode trazê-la então.”

“Vou discutir isso com ela e veremos”, minto.

Ela fica satisfeita com a resposta e finalmente me deixa entrar em casa.

Estamos sentados à mesa de jantar quando ela toca no assunto novamente. "Quero ouvir sobre sua namorada."

Todos ao redor da mesa me encaram enquanto esperam que eu responda. Vejo que serei forçado a mentir. Tentarei ser o mais vago possível. "Ela é americana."

Vejo o rosto da minha mãe cair. “Ela não mora na Austrália?”

“Não. Ela está aqui em uma visita prolongada com uma amiga.”

“Então ela não vai voltar para os Estados Unidos tão cedo?”

“Não por um tempo.”

Isso faz minha mãe sorrir novamente. “Isso é bom. O que ela faz?”

“Ela é uma musicista — uma muito boa. Foi assim que nos conhecemos… Eu a ouvi cantar em um clube em Wagga Wagga.”

Evito contar a eles o nome de Paige, mas a ilusão parece real por um momento, e eu gosto disso. Tenho prazer na felicidade que vejo em seus rostos, mas então a culpa se instala. Tudo o que conto a eles sobre ela é a verdade envolta em um manto de mentiras.

...Laurelyn Prescott...

Addison saiu com Zac, e estou desconfortável porque vejo uma mudança em Ben assim que entramos no apartamento. Ele está ao meu lado toda vez que me viro, roçando em mim sempre que pode, sentado ao meu lado no sofá. Ele está me perseguindo de uma maneira muito mais agressiva, e eu não gosto disso.

Eu minto e digo que preciso ir à loja comprar absorventes para me afastar dele. Ele insiste em me levar, mas eu recuso dizendo que a caminhada vai ajudar com as cólicas. Que asneira. Eu sou uma péssima mentirosa, mas acho que a conversa sobre absorventes e cólicas menstruais o impede de insistir.

Estou andando pela farmácia a algumas quadras do apartamento quando Bret começa a cantar na minha bolsa. Estou parada na frente de um espelho no corredor de maquiagem quando olho para cima e vejo o sorriso bobo no meu rosto enquanto atendo. Eu nem percebi que estava sorrindo. "Olá, homem das cavernas."

“Ei, garota americana. Como está indo lá em Wagga Wagga?”

Ele pode perguntar como está indo, mas o que ele realmente quer dizer é como está indo com Ben, e não tem como eu ir por aí. "Está tudo bem. Você está se divertindo com a família?"

“Na verdade não. Eu estaria me divertindo muito mais se estivesse com você.” Não há argumentos aqui.

“Nós vamos nos divertir muito quando você voltar.” E qual era o plano depois das férias? Ele continuaria dirigindo até a cidade para me pegar?

“O que você está fazendo para passar o tempo sem mim?”

Eu rio porque é tão ridículo. “Estou passeando por uma farmácia.”

“E você estaria fazendo isso por quê?” Ele não me dá tempo de responder. “Aquele pequeno bastardo fez alguma coisa com você?”

Eu sei que a pior coisa que posso fazer é contar a ele sobre o comportamento de Ben, então minto. “Eu estava entediado e queria sair um pouco, mas é uma noite ruim para ficar entediado. Não tem muita coisa aberta na véspera de Natal.”

“Não é seguro você andar sozinho pelas ruas depois de escurecer.”

Merda. Ele parece bravo. “Estou a apenas algumas quadras do apartamento.”

“Não me importa se você está do outro lado da rua. Quero que você pegue um táxi de volta.”

"De verdade eu estou bem."

“Diz a garota logo antes de ser pega por algum psicopata maluco. Eu vou ficar bem chateada com você se você for sequestrada e assassinada, então, por favor, pegue um táxi de volta. Entendeu?”

Sorrio com a preocupação dele com a minha segurança, mesmo que ele seja um pouco autoritário. "Eu vou, se isso fizer você se sentir melhor."

“Sim, isso vai me fazer sentir muito melhor. Você mudou de ideia sobre ir para a casa do seu amigo no Natal?”

“Não, mas isso não significa que estou sem planos. Vou assistir a uma maratona de filmes de Natal e beber muito gemada. Sou filha única, então estou acostumado a me entreter, a mim mesmo e a mim. Não é realmente um grande problema.”

Ele está quieto e não tenho certeza se ele está comprando minha história. Espero que não seja a coisa da pena de novo. Não consigo suportar isso. "Não é grande coisa, hein?"

“Não, não é,” minto. É um grande negócio. Quem quer ficar sozinho no Natal?

"Se você diz."

“Acredito que acabei de fazer isso.”

“Só queria dar uma olhada por um minuto antes de ser amarrado. Meu irmão pediu minha ajuda para montar os brinquedos. Yay.”

Ele parece irritado, mas acho que seria divertido. “Ok. Bem, divirta-se construindo casas de bonecas. Feliz Natal, homem das cavernas.”

“Feliz Natal, garota americana.”

Addison e Ben estão fora na casa de Zac há horas, então somos só eu, Jimmy Stewart e uma caixa meio vazia de gemada. É possível que eu tenha misturado com um bourbon bem fino e decorado com uma pitada de canela. O Natal já começou.

Ouço Bret cantando e fico surpreso porque Lachlan não mencionou ter me ligado hoje. Eu esperava que ele estivesse muito ocupado com a família. "Ei, homem das cavernas. Que surpresa agradável."

“Bem, espero que você ainda pense assim daqui a alguns minutos.”

Oh, merda. "Tem alguma coisa errada?" As palavras não saem da minha boca quando a porta vibra. "Espere um segundo. Alguém está tocando a campainha."

Estranho. Quem está aqui no dia de Natal? Aperto o botão do interfone. "Sim?"

"Sou eu."

É uma voz de homem, mas este é o apartamento de Ben. Como eu vou saber quem ele é? "Sinto muito. Ben não está em casa."

“Sou eu, Lachlan.”

Bem, merda. Eu falo com o telefone ou com o interfone? “Lachlan! O que você está fazendo aqui?”

“Você realmente quer ter essa conversa comigo lá embaixo?”

“Claro que não. Desculpe. Estou no apartamento 311.” Aperto o botão para deixá-lo entrar no prédio e fico na porta esperando.

Merda, estou uma bagunça. Estou usando calças de corrida com algo idiota escrito na bunda e uma camiseta igualmente idiota. Nem tenho certeza se minhas roupas não têm manchas ou buracos. Meu cabelo está preso em um coque bagunçado no topo da minha cabeça e estou usando meus óculos. Eles estão na moda, mas eu ainda prefiro usar minhas lentes de contato para Lachlan. Tarde demais agora.

Ele vem virando a esquina do elevador vestido com jeans escuro stonewashed e uma camisa branca de botões. Ele é tão bonito quanto eu já o vi e eu quero me enfiar em um buraco fundo, fundo, para que ele não possa me ver assim.

Eu sorrio porque não consigo vê-lo e não sorrir. “O que você está fazendo aqui?”

“É Natal. Eu não queria que você ficasse sozinho. E eu queria te ver.”

"E sua família?"

“Minha mãe ficou bem irritada comigo quando eu disse a ela que você estava sozinha hoje. Ela insistiu que eu fosse e passasse a noite com você.”

Ah. Fico desanimada quando percebo que essa é a insistência da mãe dele.

Dou de ombros e olho para meus pés descalços. “Desculpe. Eu não estava esperando você, então pareço um inferno.”

Ele estica o braço e agarra a bainha da minha camisa, dando um pequeno puxão. "Você está sempre linda. E eu adoro os óculos."

Estou atordoada pelo seu simples toque. Ele tem esse tipo de poder sobre mim.

Demora um momento, mas finalmente caio em si e o convido a entrar. “Desculpe. Entre.”

Ele ronda pela porta e eu o sinto em meus calcanhares enquanto a fecho. Ele me agarra por trás. Eu vim a aceitar isso como coisa dele, mas eu gosto.

Ele usa os quadris para me prender contra a porta. Suas mãos estão pressionadas em cada lado da minha cabeça, me prendendo dentro de sua gaiola de braços musculosos. Como meu cabelo está preso em um coque bagunçado, ele tem acesso fácil a todo o meu pescoço, mas percebo que sinto falta do deslizamento de sua mão empurrando meu cabelo sobre meu ombro. Ele se inclina para frente e começa a beijar a parte de trás do meu pescoço, e eu desapareço.

Eu sei o que ele está fazendo. Ele quer a emoção de me foder no território do rival. Isso significa que ele venceu e eu estou bem com ele me levando como prêmio.

Ele leva as mãos aos meus quadris e me conduz até o sofá, mas não nos sentamos. Ele me conduz até o braço até que ele me atinja na parte superior das coxas. Ouço o som do zíper dele atrás de mim e então o rasgar de um embrulho de papel alumínio.

Alguns segundos depois, ele empurra minhas calças e calcinhas até os joelhos. Merda, não lembro qual calcinha estou usando. Espero que não seja uma das minhas antigas.

Sinto a mão dele na parte inferior das minhas costas e ele me empurra sobre o braço do sofá. Ele desliza a mão pela minha espinha até os ombros. Eu deveria estar mortificada por estar curvada com as calças até os joelhos, mas não estou, e o pensamento se dissipa completamente quando ele desliza dois dedos dentro de mim. Eu balanço para trás contra sua mão mágica porque não consigo ficar parada. É uma sensação boa demais.

“Você está sempre tão molhada e ansiosa.” Eu amo as coisas que ele me diz quando estamos assim. Eu imploro para ele dizer outra coisa e ele lê minha mente. “Diga-me o que você quer.”

"Você." Consigo sussurrar, mas não sou tão boa nisso quanto ele.

Ele tira os dedos e eu sinto sua ponta dura deslizando para cima e para baixo. "Diga-me onde você me quer."

“Dentro de mim.” Sai um pouco mais alto, mas ainda pouco mais que um sussurro.

"Quando?" Ele ainda está me provocando, mas usa um pouco mais de pressão.

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