Capítulo. 14

“Fui coagido por um homem das cavernas”, eu rio. Minha risada é cortada pela minha inspiração brusca quando ele passa a mão pela minha blusa até meu mamilo nu. Ele o rola entre os dedos e eu o sinto endurecer com seu toque novamente.

Ele chupa meu lóbulo da orelha e é um lembrete de como era ter sua boca entre minhas pernas. Ele sussurra contra meu ouvido. "Mas você não vai retirar isso, vai?"

Ele está me coagindo de novo, mas de uma forma diferente. Ele não percebe, mas é desnecessário. Paige Beckett já pertence a ele.

Penso em quão divertida a persuasão dele pode ser se eu disser que me retrato. Não me importo com a maneira como ele me obriga, mas decido que é melhor não forçar a sorte, já que ele me avisou que consegue o que quer. Ele alega usar meios razoáveis, mas não acho que isso seja verdade depois do que ele acabou de fazer comigo para conseguir um simples sim. "Não, não vou retirar o que disse."

“Bom. Era isso que eu esperava que você dissesse.” Sua boca deixa meu pescoço e ele se levanta para ficar de pé. Seu toque desaparece muito cedo e eu reprimo um gemido. Ele pega minhas mãos nas dele e me ajuda a sair da mesa.

Fico parada sem nada da cintura para baixo na frente dele, e me sinto vulnerável, mesmo sabendo que essa não será a última vez que estarei nua com esse homem. O pensamento me faz querer fazer minha dança feliz, mas decido guardar para mais tarde, quando estiver sozinha.

Ele pega minha calcinha e shorts do chão de pedra e os segura para eu calçar, como um adulto vestindo uma criança. Eu me equilibro segurando seus ombros, e ele se inclina para frente e inala profundamente antes de dar um beijo em meu monte liso. Ele me faz querer cair de volta na mesa para ter uma segunda rodada, mas eu resisto porque sei que ele tem outros planos para mim.

Ele puxa minha calcinha e shorts para cima, e estou assustada com o quão bem eu conheço esse lugar que não devo ir. Esse homem será perigoso para o meu coração se eu permitir. Ele vai me usar se eu deixar. Eu sei disso sem dúvida e me lembro de uma lição bem aprendida não muito tempo atrás. Nunca confunda sexo com amor.

Agora, estamos em preto e branco, mas eu juro que no segundo em que se tornar um tom nebuloso de cinza aço frio, eu vou sair. Não há dúvidas sobre isso.

Ele beija minha boca enquanto fecho meu short. Eu me pergunto se ele faz isso porque está curioso para ver minha reação — se eu o beijarei de volta depois que ele tiver sua boca entre minhas pernas. Eu o beijo com força e ele sorri.

“Venha dar uma volta comigo.” Ele aperta minha mão e me guia pelo labirinto de salas em direção à saída da caverna. Estou um pouco decepcionado por ir embora e espero que ele me traga de volta aqui em breve. Gosto bastante de seus modos de homem das cavernas.

Caminhamos entre duas fileiras de treliças cobertas de videiras que se estendem até onde os olhos podem ver. Ele está quieto, mas simplesmente caminhar ao lado dele é tranquilo. Minha mente não está girando em busca do nosso próximo tópico de conversa — por algum motivo, não falar é ok. Simplesmente estar ao lado dele é o suficiente para me manter contente e é quando percebo o que está acontecendo. Ele está certo sobre esse relacionamento. Nós nos sentimos relaxados um com o outro porque não há pretensões.

Eu sou dele pelos próximos três meses e estou preparada para o que isso significa. Está claro que ele tem limites, e ele me disse o que espera de mim. Estou empolgada com minha epifania repentina e paro no meio do caminho. “Esse relacionamento... eu entendo agora. Eu entendo por que funciona.”

Ele sorri, mas ainda me pede uma explicação. “Diga-me o que você ganha.”

Acho que ele quer me ouvir dizer as palavras, e estou bem com isso. “Porque não temos pretensões e expectativas claras, não me sinto pressionada a ser nada além de mim. Não tenho preocupações sobre o que hoje, amanhã ou mês que vem significam para nós porque eu já sei.”

“Algumas coisas.” Sorrio quando penso na lingerie. Eu não sabia se ela teria alguma utilidade quando decidi estourar meu orçamento comprando-a, mas agora tenho certeza de que terá, e mal posso esperar.

“Não estou na cidade há muito tempo, mas Wagga Wagga não parece ter muitos lugares bons para fazer compras.”

Ele está certo. As opções de compras não são ótimas. Estou acostumado com Nashville. É o lar de todas as maiores estrelas country, então os lugares para fazer compras são infinitos. “É um pouco limitado quando comparado ao que estou acostumado.”

Ele está acariciando minha perna enquanto fala sobre Wagga Wagga, mas eu me distraio por um minuto porque estou lembrando do que ele fez comigo na caverna. Eu o ouço dizendo algo sobre Sydney e me forço a voltar à conversa bem a tempo de ouvir seu convite. "Tenho ingressos para Madama Butterfly em fevereiro em Sydney. Você vai comigo e me deixa te levar para fazer compras?"

Ele está me pedindo para fazer planos com ele para daqui a dois meses, e percebo que esse relacionamento me dá a habilidade de aceitar sua oferta sem me preocupar com o que vai acontecer entre agora e então. "Claro, isso parece divertido."

Ele provavelmente pensa que eu gosto de ópera porque sou músico, mas ele estaria errado. Eu não sou fã, mas não digo isso a ele porque ele parece feliz em me levar.

Terminamos nossas cervejas e tomamos mais duas enquanto falamos sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Ele me conta mais sobre sua vida, mas ele está cauteloso e eu me pergunto se ele está me contando meias verdades.

Ouço “Jolene” de Dolly Parton tocando dentro da minha bolsa. É o toque da minha mãe e não tenho certeza se é sensato falar com ela depois de tomar algumas cervejas, mas decido que provavelmente devo atender, já que só falei com ela uma vez desde que cheguei na Austrália.

Pego minha bolsa e peço desculpas a Lachlan. “Desculpe. É minha mãe ligando, então provavelmente eu deveria atender.”

“Não se desculpe.”

Pego meu telefone cantante e me lembro do que Lachlan me enviou. Nenhum de nós tocou no assunto ainda. Não tenho certeza se é apropriado agradecê-lo por isso ou não. É uma situação estranha. Não agradecê-lo parece rude, então vou pensar nisso mais tarde. Agora, tenho que falar com Jolie Prescott.

"Ei mãe."

“Ei, garotinha. Não tenho notícias suas há alguns dias. Estou preocupada.”

“Mãe, você não precisa se preocupar. Está tudo bem.”

“Bem, como eu vou saber dessas coisas se você não me contatar?”

“Você está certo e eu sinto muito. Eu já deveria ter ligado.”

“Você está se divertindo na terra lá embaixo?”

Hum, sim. Muito. Eu me deleito com a fonte da minha diversão hoje e ele levanta sua garrafa de cerveja vazia e balança as sobrancelhas. Ele está me perguntando se eu quero outra, e eu aceno. Ele pega minha garrafa vazia e eu admiro a vista incrível enquanto ele se afasta. Ele estava de terno nas outras vezes que estivemos juntos, então esta é a primeira oportunidade que tenho de ver como sua bunda fica ótima em jeans.

“Estou me divertindo muito, mãe. A Austrália está ótima até agora.”

Ela me atualiza sobre as coisas que perdi em Nashville esta semana e então a ouço exalar um longo suspiro. É quando sei que há um motivo por trás de sua ligação. "Você pensou mais sobre o que discutimos antes de você ir embora?"

Não acredito que ela me ligou para tocar no assunto novamente. Ela não vai aceitar um não como resposta. "Não, eu já disse, não vou fazer isso e não vou mudar de ideia. Por favor, pare de perguntar."

Não me entenda mal. Minha mãe é uma boa mulher, mas ela está se aproximando do ponto de obsessão com minha carreira e isso é exaustivo. "Seu pai lhe deve, Laurelyn."

“Mãe, eu devo a mim mesma fazer isso sozinha. Quando eu olhar para trás daqui a alguns anos, quero ter orgulho do que conquistei.”

Ele alcança meu rosto e acaricia minhas bochechas com os polegares. Ele está radiante enquanto observa meus olhos. "Você entendeu o círculo completo agora — o que eu quero e preciso de você."

Vejo o quanto ele está encantado e percebo algo. Agradar esse homem me traz prazer. O senso comum me diz que eu deveria ficar assustada com isso, mas, por algum motivo, não estou.

Voltamos para a caverna depois da nossa caminhada e ele nos leva de volta para casa. Penso nas coisas que ele planejou para esta noite. Sei que ele tem algo em mente porque esse homem não voa pelo assento das calças. Ele já fez isso o suficiente para ser calculista, cada movimento seu premeditado.

Chegamos em casa e ele me deixa na porta enquanto estaciona o quadriciclo. Levo a cesta de piquenique até o balcão para descarregá-la e coloco os pratos e utensílios sujos na máquina de lavar louça. Em qualquer outro momento, suspeito que Lachlan deixaria a bagunça para a Sra. Porcelli. Como ela não está aqui, faço disso meu trabalho.

Quando ele entra na cozinha, estou colocando os últimos pratos na máquina de lavar louça. “Você não precisa fazer isso.”

“Eu sei, mas agora está feito e não precisamos nos preocupar com isso.”

Ele abre a geladeira e tira duas garrafas de cerveja. Ele torce as tampas e empurra uma para mim através do balcão. É uma surpresa inesperada, mas acho que é presunçoso da minha parte pensar que ele só bebe vinho. "Tome uma gelada comigo."

Beber vinho dá muito trabalho. Beber cerveja é mais a minha praia. Pego a garrafa âmbar e tomo um gole sem segurá-la contra a luz ou cheirá-la. Não a agito na boca para julgar seu gosto residual. Simplesmente bebo e aproveito porque é tudo o que você precisa fazer.

Eu dou uma olhada no rótulo e vejo que é uma marca australiana. Eu gosto e desce suavemente. "Nada como uma cerveja gelada."

Ele pega minha mão livre e a puxa. "Venha para a sala comigo para que possamos conversar e relaxar." Eu o sigo e nos sentamos lado a lado no sofá. Ele está perto o suficiente para que sua perna esbarre na minha e eu me sinto como uma adolescente de novo. O simples toque me emociona além da conta. "Sinto muito por ter abandonado você ontem."

“Está tudo bem. Eu entendo que não foi sua escolha.”

Ele descansa sua mão livre na minha coxa nua e começa a trabalhar meu músculo como um massagista profissional. "O que você acabou fazendo?"

“Addison e eu fomos às compras, o que provavelmente foi a coisa errada a fazer, considerando que o Natal é em três dias.”

"Você comprou algo?"

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