capítulo 9

Comecei a suar frio, mas ainda assim permaneci calma. Os meus pais ainda me olham profundamente e detalhadamente.

— Oh! Por que esses últimos dias quebrei a dieta, então devo estar mais cheia. — Dou um sorriso para disfarçar.

— Ah sim! Mas deve se cuidar filha, como pensa em encontrar alguém desse jeito? — A minha mãe acaricia a minha mão.

Odeio a ideia de que ela ou o pai pensam sobre me casar por interesse, ou a pulso. As vezes fico prestes a explodir, mas caso tente algo não será fácil sobreviver sozinha, mas chegou a hora de mudar tudo isso.

— Ok mãe, irei me cuidar mais.

— Acho bom, ou se não o Sr. Martini não vai gostar de você, se estiver cheia de defeitos no corpo. Eu estou apostando alto nesse casamento. — Fala acendendo um charuto.

— Pai, eu não vou me casar com aquele homem. — Respondo sem pensar em nada e ele me olha incrédulo.

— Eudora, você deve se casar com Dominic Martini para que o nosso poder cresça ainda mais. O pai dele e eu já decidimos isso, e voltar atrás não é uma opção. Sem contar que você já passou da hora de casar e ter filhos para suceder o meu poder. Então trate de me obedecer! — Responde num tom autoritário e rude.

— Eu já disse que não irei me casar. Não me importo se ficar velha e solteira. Não vou mudar de ideia por que o sr. Quer! — Digo num tom firme.

— Não sei se você percebeu, mas tudo o que tem é graças aos meus cuidados. Você deveria ser mais grata e me obedecer, caso contrário como vai viver? Eu não sei o que se passa na sua cabeça, mas você é filha de um gangster e sem mim ou a sua mãe, não será nada! Você deve se casar e ter filhos, para assim ter um futuro promissor.— Fala num tom sério.

O meu pai realmente sabe como machucar uma pessoa com palavras, se fosse a um tempo atrás eu com certeza choraria, mas devo ser forte.

— Haha! Eu me recuso a isso. — Digo sarcasticamente.

Ao ver que não vou ceder, o meu pai faz uma proposta para mim. O olho fixamente e espero as suas palavras desafiadoras.

— Ok, Eudora. Vou lhe dar uma chance, caso consiga irei lhe dar uma boa quantia em dinheiro, para viver pelo resto da vida e uma casa em qualquer lugar. Mas você deve me mostrar que consegue viver sozinha e não depender dos seus pais para nada.

— Ok, eu aceito! Vou mostrar ao senhor que consigo viver sozinha sem depender de ninguém.

— Tem mais uma coisa, você deve sair da sua cafeteria e procurar um emprego sem ajudar de ninguém. Você tem um mês para conseguir isso, ah! E claro, você deve sair do apartamento em duas semanas. Caso consiga tudo isso sem ajuda, a deixarei em paz e não a forçarei casar. — Fala com um sorriso assustador.

— Ok pai, mas o senhor não deve trapacear e após eu conseguir quero que o senhor me conceda um pedido. — Falo calmamente.

— Ok como desejar. Mas você deve fazer tudo isso após a comemoração da empresa. O senhor Alan Martini está contando com a sua presença, então não devo voltar com a minha palavra.

— Claro, como desejar pai. — Me levanto do sofá. Estou um pouco cansada do trabalho e dos acontecimentos de hoje.

A minha mãe que havia estado em silêncio, resolve falar algumas palavras, após eu estar de costas pronta para ir para o meu quarto. Irei dormir aqui hoje..

— Filha você tem certeza que vai desafia o seu pai? — Pergunta e eu sinto os olhares dos dois, que queimam as minhas costas como se estivesse jogando fogo.

— Sim, eu tenho certeza disso mãe! Não vou voltar atrás. Foi assim que o pai me ensinou, um gângster não deve voltar atrás, a não ser que haja um excessão. — Assim que respondo, dou passos leves e precisos, fazendo os meus saltos baterem com firmeza no chão.

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Parando para pensar nunca desafiei o meu pai, nem sequer uma vez. Eu sempre fui obediente e medrosa, aponto de deixar coisas importantes de lado.

Hoje foi diferente, eu o desafiei e vou fazer de tudo para conseguir algo novo. Irei proteger algo importante pela primeira vez na vida e não vou medir esforços para conseguir tudo o que quero, mas para isso preciso tentar conversar com Dominic Martini... Caso ele não queira saber da criança, irei fazer de tudo para cuidar dele sozinho.

— Não é verdade pequena criança, que cresce no meu ventre? — Acaricio a minha barriga com total delicadeza e pensar que quase tive a ideia de abortar.

Essa criança vai ser a minha força para superar os obstáculos e vencer a guerra.

Bem vamos ver o que irei fazer primeiro... Vou mandar Ayla cuidar do caffe e vou procurar um emprego sem que o meu pai tente descobrir. Eu sei muito bem, que ele fará de tudo para ganhar esse jogo e isso inclui trapacear.

Vinci Darcy, sabe muito bem do que a sua filha é capaz. Haha! Ele vai fazer de tudo para me ganhar, porém mal sabe ele a quase gângster que criou. Apesar de não gostar de ser chamada assim, sou obrigada a saber onde fui criada e como devo sobreviver as armadilhas de um.

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