capítulo 8

CAFFE. — 21;00

A neve já havia parado de cair e o sol que havia se escondido por longos dias atrás das nuvens, apareceu.

Vai completar mais duas semanas daqui a dois dias. Devo ir a Londres para a comemoração de umas das empresas da família Martini.

Após esses últimos dias pensei no que iria fazer, então resolvi conversar com Dominic, sobre a minha gravidez. Não posso esconder algo importante, então resolvi contar. Vou tentar conversar com ele sobre esse assunto.

Meus pais não devem saber sobre isso, já que seria uma desonra para a família. Sempre houve uma tradição na minha família, onde uma mulher deve casar virgem para assim dar bons filhos herdeiros. Caso o meu pai descubra que estou grávida, haverá duas opções para mim; casar com Dominic ou aborta a criança.

Maldita hora que bebi e cometi tal ato. Caso não me case com Dominic, o meu pai vai fazer de tudo para me abortar e se Dominic não querer assumir a criança, irei fugir do país. Porém se eu não quiser que nenhum dos dois saiba sobre, eu devo armar algum plano para sair do país por 2 anos no máximo.

Não há outra maneira de proteger essa pequena criança que está crescendo no meu ventre. Logo completara um mês e a barriguinha já está aparecendo.

— Chefe? — Ayla chama a minha atenção e eu saio dos pensamentos.

— Sim?

— Aquele cliente de sempre, está a olhando faz um tempinho. Ele parece querer algo... Estou com medo. — Diz num tom assustado.

— Deixe-me pergunta a ele. — Saio andando até a mesa do cliente misterioso que sempre me olha estranhamente.

Dou alguns passos até a sua mesa e fico de frente para ele, para perguntar o motivo de tantos olhares assustadores. O Caffe está com algumas pessoas, já que está tarde da noite.

— Olá Sr...? Será que posso lhe perguntar algo? — Falo educadamente e o homem me olha como se fosse me matar a qualquer momento.

— Humm… Claro. — Fala num tom frio.

— Porque o senhor me olha tanto? E, porque vem apenas quando estou aqui? — vou direto ao ponto e ele se levanta, ficando de frente para mim. Ayla fica em alerta, assim como Saymom, o outro funcionário do Caffe.

— Haha... Simples. Para fazer isso — Ele pega uma faca na cintura e tenta me ferir com ela. O homem misterioso tenta acertar a minha barriga, para dar um fim a minha vida. Os clientes que estão presentes se desesperam de medo.

Por sorte desvio do ataque e por simples reflexos de sobrevivência agarro a mão do homem e tomo a faca dele, o prendendo rapidamente com as mãos, após jogar a faca longe.

— Chame a polícia! — Falo alto, segurando o homem com força.

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Mansão dos Darcy. — 30 Minutos após o ataque.

O meu pai ficou sabendo através do motorista, que sempre vem me buscar. Ele ficou furioso ao saber tal ato do homem misterioso.

Não sei o que exatamente aconteceu, mas o meu pai conseguiu pegar o homem da polícia e leva-lo para a sala da justiça dos gângsteres; ele vai interrogar o indivíduo e descobrir quem está por trás disso.

Agora estou na sala tomando uma xícara de chá, claro que antes perguntei a médica se podia toma-lo, mas sem os meus pais suspeitarem.

— Que bom, que não aconteceu nada com Você, minha filha — A minha mãe segura na minha mão com delicadeza.

— Sim... Ainda bem que aprendi algumas técnicas de defesa — Ponho a minha xícara de chá no centro de vidro.

— Não se preocupe filha, vou resolver isso pessoalmente e irei me certificar de que nenhum lixo humano tente algo tão cedo. — o meu pai fala ao se sentar no sofá.

— Hum.. — Fico imersa aos pensamentos.

— Filha, por que não dorme aqui hoje? Faz tempo que não ficamos juntos como uma família. — A minha mãe fala com entusiasmo.

— Claro mãe.. — Forço um sorriso.

— A propósito filha.… Estou te achando um pouco mais cheinha — a minha mãe me olha de cima a baixo com um olhar suspeito e o meu pai também.

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