A Proposta

A Proposta

Capítulo 1

...Olá, tudo bem com vocês? Espero que sim! Esse é o meu primeiro livro e espero que gostem! Ainda estou escrevendo, mas postarei diariamente, então comentem bastante para eu saber se estão a gostar ou não....

...Aceito críticas construtivas!...

...Boa leitura 🤗...

...____**_____**_____**____...

Caminho lentamente enquanto tento arrumar a alça da bolsa que insiste em escorregar do meu ombro, claro que isso seria uma tarefa fácil se os meus braços não estivessem ocupados. Enquanto na minha mão direita seguro a mãozinha pequena de Ryan o meu braço esquerdo está ocupado a carregar o meu caçula que ainda está sonolento e na mesma mão carrego as mochilas de John e Ryan, então essa simples tarefa de não deixar a minha bolsa cair se tornou muito difícil. Se a bolsa não estivesse tão pesada eu não me importaria que ela escorregasse até o meu braço, mas não, hoje ela estava extremamente pesada, pois como vou direto do trabalho para a faculdade preciso levar tudo que irei usar nas aulas da noite. Chegando na escola de John e Ryan os deixo com as professoras e saio praticamente correndo para pegar o ônibus, pois já estou atrasada.

 — Moça sabe que horas passa o próximo ônibus? — Pergunto para a moça que sempre pega o ônibus comigo

— Tem um, as 7h40 — Responde simpática — Me atrasei hoje também, o próximo deve vir lotado já.

— Nem me fale, já penso que o das 7h20, passa cheio de mais, o próximo deve ter pessoas penduradas ate no teto. — Falo imaginando a cena.

Logo chega o ônibus e está realmente lotado, dá um desânimo de ficar no meio de tanta gente assim, ninguém merece além de ter que ir trabalhar ainda enfrentar uma lotação dessas.

Levo vinte minutos para chegar ao ponto em que desço e mais cinco até o meu trabalho, chego toda suada e ofegante já que vim a correr por conta do atraso e sim quase caí algumas vezes nesse percurso todo, uma, na descida do ônibus onde a pessoa que estava atrás de mim praticamente empurrou-me para fora, sai e quase beijei o chão, na esquina da escola tropeçando em meus próprios pés quase tive a segunda queda e a terceira vez foi agora chegando na sala em que dou aula, estava a correr e na tentativa de parar antes de entrar na sala freio os meus pés de uma vez, mas estava em alta velocidade então fui a escorregar até cair de bunda no chão e escorregar mais um pouco até parar de vez, na frente dos meus alunos.

Depois de muita risada por parte dos meus alunos claro e uma bronca da diretora que se encontrava na minha sala de aula pelo simples motivo de eu estar muito atrasada a aula seguiu normal, ainda com algumas risadinhas por parte dos alunos pelo meu tombo lindo. No final da aula fui a sala da diretora para conversamos, afinal não conversamos tudo ainda, palavras dela hoje de manhã depois da minha entrada magnífica.

Bato na porta e entro – Oi Mary, tudo bem? acabei de liberar o último aluno.

— Oi Katherine que bom que veio, precisamos conversar. - Mary fala em tom sério e eu já sei que vou levar mais uma chamada de atenção - Kath o que foi isso hoje ? pelo amor de Deus, além de chegar meia hora atrasada ainda chega correndo e caindo daquele jeito!

- Mary me desculpa eu sinto muito mesmo, mas é que meu pai não pode levar os meninos para a aula hoje e você sabe que a creche só abre as 7h30 não tinha como eu deixar eles antes! — Falei quase chorando por que já não aguentava mais ter que sempre explicar a mesma coisa. - Eu vim o mais rápido que pude, e quanto ao tombo foi por que estava correndo para chegar.

- Eu sei Kath que você tem seus filhos, mas todos temos problemas e ainda assim temos que honrar com nossos compromissos, imagina só eu tinha tanta coisa para fazer e tive que ficar na sala de aula por que a professora que contratei chega atrasada todos os dias.

- Não é todos os dias Mary, é só quando meu pai não pode levar eles.

- Só essa semana foram 4 dias, ou seja, um dia Katherine, um único dia no horário!

— Sinto muito Mary, vou ver se consigo pagar alguém para levar eles, assim não chego mais atrasada ok?— Falo desanimada por que sei que não tenho condições de pagar, mas preciso acalmar a fera por enquanto até eu dar um jeito nessa situação.

— Assim espero, agora pode ir e até segunda-feira. — Assim Mary despacha-me da sala dela e eu dou graças a Deus por que preciso buscar John e Ryan, almoçar e correr para o meu segundo emprego.

Estou a chegar na casa da minha vizinha onde John e Ryan estão, bom deixe-me explicar. Normalmente o meu pai leva os meus filhos para a escola, então as 11h30 meu pai busca eles na creche e eles almoçam juntos, e as 13h30 John e Ryan vão para a casa da babá e ficam até às 18h que é o horário que minha mãe pega eles, então eles ficam com ela até eu chegar da faculdade. Deu para perceber que eu só vejo os meus filhos de noite não é, infelizmente esse é o preço que tenho que pagar pelo menos por agora, por que depois que eu me formar espero conseguir um emprego que me permita passar mais tempo com os meu filhos.

Mas voltando ao assunto como o meu pai essa semana não tem conseguido fazer os horários dele então eu que levo eles para a creche (motivo do meu atraso no trabalho) e tive que pedir para a vizinha buscar na creche porque eu não conseguiria, e por isso estou indo buscar eles para almoçarem e depois levar na casa da babá para ficarem a tarde, o que me faz pensar agora como eu sou lesada! Peguei todos os meus materiais de manhã sendo que voltaria para casa meio-dia!

Chegando a casa da vizinha já vejo meus meninos na porta me esperando

— Mamãe! mamãe! mamãe! Que saudade! — Os dois correm em minha direção gritando e me abraçam.

— Oi! meus amores, mamãe também estava com saudade. Oi Kelly tudo bem? Obrigada por ficar com eles até eu chegar! Espero que não tenham-te incomodado muito.

— Imagina Kath, eles são muito queridos, por mim, poderiam almoçar aqui sem problema nenhum, você sabe que não me importo.

— Obrigada Kelly, eu sei, mas não quero abusar da sua ajuda e, além disso eu queria ver eles, quando chego da faculdade eles estão a dormir já.

— Entendo você, mas sempre que precisar é só me chamar está bem?

— Tá bom, muito obrigada e um ótimo almoço. - Despeço-me da vizinha e vou para casa almoçar com os meus pequenos.

— Mamãe, hoje eu pintei uma árvore, um jardim e uma casa sabia? — Ryan fala todo an—mado

— Sério meu amor? Que legal! E o que mais fez hoje? — Pergunto de forma carinhosa enquanto sirvo a comida para eles — E você John fez o que hoje na escola?

— Só isso mamãe. Ah eu brinquei no parquinho também e cai só balanço, mas não me machuquei e nem chorei — Ryan termina de contar.

— Eu tomei suco de laranja, brinquei no parquinho e, — John coloca o dedinho no queixo enquanto pensa o que vai falar- Ah! fomos na óta — Termina de falar e eu tento decifrar o que é óta.

— Óta filho, o que é isso?

— Ai mãe é na ó ta, ó-t-a! — Ele repete a palavra de vagar como se eu não tivesse entendido e eu caio na risada por que não faço ideia do que é — Sabe mãe, tem um monte de salada na óta.

— Ah!! Horta? Você foi na horta filho?

— Isso mamãe, ó ta — Ele fala mais calmo agora porque eu entendi o que era óta.

- Legal bebê da mãe, agora terminem o almoço que a mamãe precisa levar vocês na babá.

Após deixar os meninos na babá, saio correndo para pegar o ônibus e agradeço mentalmente pelo mesmo estar atrasado uns minutos também, assim não chego tão atrasada no meu segundo emprego do dia.

Devem ter percebido que eu tenho dois empregos! De manhã trabalho na escola Cantinho Doces, é uma escola particular, sou professora, do pré-escolar, os meus alunos são uns amores de crianças. Consegui esse emprego através de uma ex-professora minha pela qual eu tenho um carinho enorme. No período da tarde sou professora também, mas não tenho uma sala fixa por que eu cubro a hora atividade doa professores, então diariamente troco de sala. Consegui esse emprego através de um seletivo da câmara municipal ano passado que era meu último ano do magistério. O salário não é lá aquelas coisas e nem o da escola particular por isso tenho dois empregos, e de noite tenho a faculdade, estou a cursar o primeiro ano de Educação Física, consegui uma bolsa de 50% então eu só pago metade da mensalidade o que é de grande ajuda.

*******

Já são seis e vinte e estou a caminho da faculdade, sai da escola correndo para não perder o ónibus, hoje não posso me atrasar… Muito, por que atrasada já estou. Minha faculdade a princípio é para dar aulas de Balé que é a minha paixão, fiz aulas desde muito nova, mas aos 15 anos eu larguei, porque? Bem Enzo é o porque, meu ex-marido, mas isso é história para outra hora, agora estou a correr para entrar na primeira aula.

Aah!!- Solto um grito caindo no chão — Aí, meu Deus a minha bolsa- Choramingo quando vejo a mesma no meio de uma poça de água e areia.

— Mas que droga! — Ouço a pessoa que esbarrou em mim, esbravejar enquanto levanta de onde caiu- Você está bem? — Ele pergunta sem se quer me olhar, mas nem espera a minha resposta — Droga! Estou atrasado — Fala enquanto corre para dentro da faculdade me deixando com cara de idiota no chão toda suja. Era só o que me faltava mesmo, olho para a hora e já sei que nem adianta mais correr, já perdi o primeiro tempo.

Mais populares

Comments

Eluiza Dresseno

Eluiza Dresseno

Essa história até parece uma história de comédia

2024-07-24

1

Patricia Medeiros

Patricia Medeiros

mulher idiota só presta pra cair

2024-07-23

1

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!